sexta-feira, 25 de maio de 2007
Uma história sufi*
Jesus e os céticos
Certo dia, Jesus, o filho de Maria, caminhava pelo deserto próximo de Jerusalém com um grupo de pessoas nas quais a cobiça ainda estava muito arraigada.
Rogaram a Jesus que lhes revelasse o Nome Secreto com o qual ele revivia os mortos. E ele respondeu:
-Se lhes disser, abusarão dele.
-Estamos prontos e preparados para receber tal conhecimento. Além do mais, irá reforçar nossa fé- foi a resposta dos que acompanhavam Jesus.
-Não sabem o que estão pedindo - replicou Jesus. Mesmo assim, lhes disse qual era a Palavra.
Pouco depois, aquelas pessoas seguiam por um lugar deserto quando se depararam com um monte de ossos descarnados.
-Testemos a Palavra -disseram uns aos outros. E assim fizeram.
Mal a palavra foi pronunciada, os ossos se recobriram de carne e se transformaram novamente numa voraz besta selvagem que os destroçou.
Os que forem dotados de razão compreenderão. Aqueles que a possuem em dose reduzida, poderão, mesmo assim, instruir-se por meio deste relato.
*Jesus e os céticos
Esta narrativa não é de origem cristã, mas islâmica, religião na qual Jesus -que também é conhecido como Issa- é considerado o Verbo Divino e um profeta (mas não filho de Deus). Foi extraída do "Masnavi", obra máxima do grande poeta e santo Jalaludin Rumi, maior escritor em língua persa de todos os tempos. O objetivo de tais contos, dentro da tradição sufi, é atuar na consciência mais profunda de seus leitores ou ouvintes, servindo para quebrar paradigmas e conduzir ao despertar. Ainda segundo esta mesma tradição, cada narrativa é entendida ou interpretada de acordo com o nível em que a pessoa que a lê ou ouve está.
Sufismo é o misticismo ou esoterismo islâmico. A base de seus ensinamentos está no zikr (lembrança contínua de Deus) e no desapego às coisas do mundo.
Para melhor conhecimento do que é sufismo, pode-se recomendar as seguintes obras -todas em português, com edições atuais:
"Iniciação ao Islã e Sufismo" - de Matheus Soares de Azevedo, editora Nova Era
"Mística Islâmica" - por Matheus Soares de Azevedo, editora Vozes
"Alquimia da Felicidade" - por Al-Gazhalli, editora Sagra
Sites
Em português: www.jerrahi.org.br e www.sufismo.org.br
Em inglês: www.jerrahi.org.br
Videos relacionados
Cerimônia sufi (zikr) Ordem Halveti Jerrahi
Cerimônia sufi na Chechênia
quarta-feira, 23 de maio de 2007
Um balanço de 20 anos de Desenvolvimento Sustentável
Como estava o planeta há 20 anos, quanto a meio ambiente e desenvolvimento econômico? Foi para descobrir como andava a relação entre ser humano e a Natureza que a ONU, através de sua Comissão Mundial sobre Meio Ambiente, encomendou em 1987 o relatório “Nosso Futuro Comum”, hoje mais conhecido como Informe Bruntland.
O relatório é considerado um marco das ações humanas na área por propor políticas globais para o meio ambiente, assim como por definir o conceito de desenvolvimento sustentável: “Desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações em satisfazer suas próprias necessidades.”
Três áreas-chave foram então identificadas como fundamentais para o desenvolvimento sustentável:
a) Crescimento econômico, visando integrar todas as nações;
b) Preservação do meio ambiente, de forma a atender as necessidades atuais, reduzir o consumo de matérias-primas, estancar as fontes de poluição e garantir um habitat natural para as gerações futuras;
c) Desenvolvimento social, com respeito à diversidade cultural, religiosa, racial e respectivos direitos de todos os povos.
E hoje, como está a Terra? O Informe Bruntland definiu uma estratégia de ‘ataque’ a alguns pontos que deveriam ser trabalhados de forma a se atingir o desenvolvimento sustentável. Eles podem ser vistos na sequência, com os respectivos resultados nos dias atuais (em itálico):
Limitação do crescimento populacional – nos países desenvolvidos, o crescimento populacional estancou, mas na África e América do Sul, não há mostras de declínio;
Garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) a longo prazo – cerca de 1 bilhão de pessoas vivem hoje sem água potável, e a expectativa é que até 2025, mais 1 bilhão de pessoas se somem a estas; nunca se consumiu tanta energia e não há expectativa com relação a sua queda, uma vez que a globalização só aumentou o ritmo mundial de produção e consumo;
Ppreservação da biodiversidade e dos ecossistemas –todos os ecossistemas planetários se encontram ameaçados de extinção ou por algum tipo de devastação, sejam florestas (como as tropicais) e ambientes marinhos;
Diminuição do consumo energético e desenvolvimento de tecnologias com uso de fontes energéticas renováveis – não houve redução no consumo de energia; ao contrário, ela cresce vertiginosamente em todo o planeta, para atender países como China, Índia, Rússia e EUA. A boa notícia é que o mundo dispõe de novas tecnologias para produção de energia de forma localizada e em escala, como biocombustíveis, energias solar e eólica, biomassa e hidrogênio. Falta, no entanto, o ‘start’ em um planejamento global para seu uso;
Aumento da produção industrial nos países não-industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas – Desde 1994, com a criação das Normas ISO 14001, as empresas européias –e muitas brasileiras- vêm procurando adequar-se a práticas menos agressivas e ordenadas de produção em relação ao meio ambiente. Mas ainda há muito a fazer;
Controle da urbanização desordenada e integração entre campo e cidades menores – Pouco se fez neste sentido. A tendência migratória persiste e um novo informe da ONU dá como certo que, até 2025, 85% da população mundial deva concentrar-se em grandes cidades;
Atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia) – Os países desenvolvidos já atendem este quesito, mas na quase totalidade das nações em desenvolvimento, os déficits persistem nestas áreas;
Adoção da estratégia de desenvolvimento sustentável pelas organizações de desenvolvimento (órgãos e instituições internacionais de financiamento) – Organismos como Banco Mundial e FMI foram, nestes 20 anos, pródigos em políticas incapazes de alavancar o desenvolvimento sustentável das nações mais pobres, com geração de emprego e renda. A maior novidade foi o surgimento do chamado Terceiro Setor (ONGs), que passaram a ocupar o vácuo entre o Estado e a sociedade civil;
Proteção dos ecossistemas supra-nacionais como a Antártica, oceanos etc., pela comunidade internacional – Nada de efetivo foi feito neste sentido.
Banimento das guerras – Não só não aconteceu, como a maior potência do planeta desmoralizou a ONU, ao invadir sob pretexto mentiroso o Iraque, gerando ainda mais caos e horror no Oriente Médio;
Implantação de um programa de desenvolvimento sustentável pela Organização das Nações Unidas (ONU) – O programa existe, mas vem sendo tripudiado pelas grandes potências, principalmente os EUA.
Passados 20 anos do Informe Bruntland –e depois dos recentes relatórios sobre aquecimento global do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas)-, não há muito o que comemorar.
Dicas para ajudar a salvar o mundo e preservar o meio ambiente
Ambiente Brasil
Greenpeace
Instituto IDHEA
O relatório é considerado um marco das ações humanas na área por propor políticas globais para o meio ambiente, assim como por definir o conceito de desenvolvimento sustentável: “Desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações em satisfazer suas próprias necessidades.”
Três áreas-chave foram então identificadas como fundamentais para o desenvolvimento sustentável:
a) Crescimento econômico, visando integrar todas as nações;
b) Preservação do meio ambiente, de forma a atender as necessidades atuais, reduzir o consumo de matérias-primas, estancar as fontes de poluição e garantir um habitat natural para as gerações futuras;
c) Desenvolvimento social, com respeito à diversidade cultural, religiosa, racial e respectivos direitos de todos os povos.
E hoje, como está a Terra? O Informe Bruntland definiu uma estratégia de ‘ataque’ a alguns pontos que deveriam ser trabalhados de forma a se atingir o desenvolvimento sustentável. Eles podem ser vistos na sequência, com os respectivos resultados nos dias atuais (em itálico):
Limitação do crescimento populacional – nos países desenvolvidos, o crescimento populacional estancou, mas na África e América do Sul, não há mostras de declínio;
Garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) a longo prazo – cerca de 1 bilhão de pessoas vivem hoje sem água potável, e a expectativa é que até 2025, mais 1 bilhão de pessoas se somem a estas; nunca se consumiu tanta energia e não há expectativa com relação a sua queda, uma vez que a globalização só aumentou o ritmo mundial de produção e consumo;
Ppreservação da biodiversidade e dos ecossistemas –todos os ecossistemas planetários se encontram ameaçados de extinção ou por algum tipo de devastação, sejam florestas (como as tropicais) e ambientes marinhos;
Diminuição do consumo energético e desenvolvimento de tecnologias com uso de fontes energéticas renováveis – não houve redução no consumo de energia; ao contrário, ela cresce vertiginosamente em todo o planeta, para atender países como China, Índia, Rússia e EUA. A boa notícia é que o mundo dispõe de novas tecnologias para produção de energia de forma localizada e em escala, como biocombustíveis, energias solar e eólica, biomassa e hidrogênio. Falta, no entanto, o ‘start’ em um planejamento global para seu uso;
Aumento da produção industrial nos países não-industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas – Desde 1994, com a criação das Normas ISO 14001, as empresas européias –e muitas brasileiras- vêm procurando adequar-se a práticas menos agressivas e ordenadas de produção em relação ao meio ambiente. Mas ainda há muito a fazer;
Controle da urbanização desordenada e integração entre campo e cidades menores – Pouco se fez neste sentido. A tendência migratória persiste e um novo informe da ONU dá como certo que, até 2025, 85% da população mundial deva concentrar-se em grandes cidades;
Atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia) – Os países desenvolvidos já atendem este quesito, mas na quase totalidade das nações em desenvolvimento, os déficits persistem nestas áreas;
Adoção da estratégia de desenvolvimento sustentável pelas organizações de desenvolvimento (órgãos e instituições internacionais de financiamento) – Organismos como Banco Mundial e FMI foram, nestes 20 anos, pródigos em políticas incapazes de alavancar o desenvolvimento sustentável das nações mais pobres, com geração de emprego e renda. A maior novidade foi o surgimento do chamado Terceiro Setor (ONGs), que passaram a ocupar o vácuo entre o Estado e a sociedade civil;
Proteção dos ecossistemas supra-nacionais como a Antártica, oceanos etc., pela comunidade internacional – Nada de efetivo foi feito neste sentido.
Banimento das guerras – Não só não aconteceu, como a maior potência do planeta desmoralizou a ONU, ao invadir sob pretexto mentiroso o Iraque, gerando ainda mais caos e horror no Oriente Médio;
Implantação de um programa de desenvolvimento sustentável pela Organização das Nações Unidas (ONU) – O programa existe, mas vem sendo tripudiado pelas grandes potências, principalmente os EUA.
Passados 20 anos do Informe Bruntland –e depois dos recentes relatórios sobre aquecimento global do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas)-, não há muito o que comemorar.
Dicas para ajudar a salvar o mundo e preservar o meio ambiente
Ambiente Brasil
Greenpeace
Instituto IDHEA
Vegetarianismo em alta
Estudos recentes indicam que quanto maior o QI (quociente de inteligência) do indivíduo, maior sua propensão a tornar-se vegetariano no futuro ou na fase adulta. A pesquisa foi realizada pela Universidade de Southampton, na Inglaterra, e mostrou que vegetarianos na faixa dos 30 anos haviam apresentado, em média, cinco pontos acima em seus testes de QI quando tinham 10 anos do que os não-vegetarianos.
Os cientistas responsáveis pela pesquisa acreditam que a descoberta pode explicar porque pessoas de QI mais alto são mais saudáveis, associando a dieta vegetariana com índices baixos de obesidade e doenças cardíacas. "A descoberta de que crianças mais inteligentes têm uma tendência maior a se tornar vegetarianas no futuro, em conjunto com evidência de benefícios potenciais de uma dieta vegetariana, pode explicar porque um QI maior na infância é relacionado com um risco reduzido de doenças cardíacas na vida adulta", disse Catherine Gale, da equipe de pesquisadores.
Por sua vez, Frankie Phillips, da British Dietetic Association (Associação Dietética Britânica), questiona: "É como a história do ovo e da galinha. As pessoas viram vegetarianas porque têm QI alto ou por que são mais atentas a questões ligadas à saúde?"
Vegetarianismo em alta 2
Outra pesquisa mostra que, atualmente, 4 milhões de pessoas já são vegetarianas na Inglaterra, numa população total de 49 milhões de habitantes (pouco mais de 8% do total) e que as conversões não param de crescer. Os motivos principais da adesão dos britânicos ao novo estilo de vida são: o crescimento do movimento ecológico e ambientalista no país; repulsa à crueldade contra animais (estima-se em 250 mil o número de pessoas que não usem nada derivado de produtos animais no país); causas religiosas; saúde e divulgação de pesquisas médicas favoráveis a este tipo de alimentação; doenças transmitidas pela carne (como mal da ‘vaca louca’ e gripe aviária).
Vegetarianismo em alta 3
De olho nos crescentes mercados vegetariano e islâmico, a rede de fast-food McDonald’s sinalizou à Vegetarian Society inglesa que deverá incluir em seu cardápio alimentos típicos de dietas vegetarianas. No continente europeu, sanduíches vegetarianos da rede já são comuns e aprovados por militantes do vegetarianismo, como a roqueira e ‘Pretender’ Chrissie Hynde. O McDonald’s também anunciou, na Inglaterra, que deverá lançar uma linha de alimentos ‘halal’, produzidos de acordo com preceitos islâmicos.
Além de estratégia para conquista de novos mercados, a introdução de alimentos mais saudáveis é uma ação para combater a imagem já bastante arranhada da rede, após a veiculação de filmes como “Supersize Me” (no Brasil, “A Dieta do Palhaço”), que mostra os males da junkie-food, e de campanhas como as do Greenpeace, que associa o desmatamento de 6% das florestas tropicais do planeta para formação de pastagens com vistas a alimentar o gado que será abatido e irá se transformar nos famosos hambúrgueres da cadeia.
Serviço
Vegetarianismo e estudos
TAPS - www.taps.org.br/Paginas/Index.html
Mundo Veg - www.vegetarianismo.com.br/sitio
Culinária vegetariana
www.editorainteligente.com.br/
Em inglês
www.planetveggie.com
Os cientistas responsáveis pela pesquisa acreditam que a descoberta pode explicar porque pessoas de QI mais alto são mais saudáveis, associando a dieta vegetariana com índices baixos de obesidade e doenças cardíacas. "A descoberta de que crianças mais inteligentes têm uma tendência maior a se tornar vegetarianas no futuro, em conjunto com evidência de benefícios potenciais de uma dieta vegetariana, pode explicar porque um QI maior na infância é relacionado com um risco reduzido de doenças cardíacas na vida adulta", disse Catherine Gale, da equipe de pesquisadores.
Por sua vez, Frankie Phillips, da British Dietetic Association (Associação Dietética Britânica), questiona: "É como a história do ovo e da galinha. As pessoas viram vegetarianas porque têm QI alto ou por que são mais atentas a questões ligadas à saúde?"
Vegetarianismo em alta 2
Outra pesquisa mostra que, atualmente, 4 milhões de pessoas já são vegetarianas na Inglaterra, numa população total de 49 milhões de habitantes (pouco mais de 8% do total) e que as conversões não param de crescer. Os motivos principais da adesão dos britânicos ao novo estilo de vida são: o crescimento do movimento ecológico e ambientalista no país; repulsa à crueldade contra animais (estima-se em 250 mil o número de pessoas que não usem nada derivado de produtos animais no país); causas religiosas; saúde e divulgação de pesquisas médicas favoráveis a este tipo de alimentação; doenças transmitidas pela carne (como mal da ‘vaca louca’ e gripe aviária).
Vegetarianismo em alta 3
De olho nos crescentes mercados vegetariano e islâmico, a rede de fast-food McDonald’s sinalizou à Vegetarian Society inglesa que deverá incluir em seu cardápio alimentos típicos de dietas vegetarianas. No continente europeu, sanduíches vegetarianos da rede já são comuns e aprovados por militantes do vegetarianismo, como a roqueira e ‘Pretender’ Chrissie Hynde. O McDonald’s também anunciou, na Inglaterra, que deverá lançar uma linha de alimentos ‘halal’, produzidos de acordo com preceitos islâmicos.
Além de estratégia para conquista de novos mercados, a introdução de alimentos mais saudáveis é uma ação para combater a imagem já bastante arranhada da rede, após a veiculação de filmes como “Supersize Me” (no Brasil, “A Dieta do Palhaço”), que mostra os males da junkie-food, e de campanhas como as do Greenpeace, que associa o desmatamento de 6% das florestas tropicais do planeta para formação de pastagens com vistas a alimentar o gado que será abatido e irá se transformar nos famosos hambúrgueres da cadeia.
Serviço
Vegetarianismo e estudos
TAPS - www.taps.org.br/Paginas/Index.html
Mundo Veg - www.vegetarianismo.com.br/sitio
Culinária vegetariana
www.editorainteligente.com.br/
Em inglês
www.planetveggie.com
segunda-feira, 21 de maio de 2007
Guernica, os 70 anos de um experimento macabro
26 de abril de 1937. Há 70 anos, uma pequena vila no interior da Espanha era bombardeada, naquele que seria o primeiro experimento de ataque ‘cirúrgico’ de uma população: Guernica.
O pequeno povoado –cujo número total de habitantes à época, bem como de mortos, ainda hoje é controverso- foi usado pela aviação nazista, que apoiava o levante do general Francisco Franco contra a República espanhola, como balão de ensaio de sua capacidade de destruição em uma área específica e ‘controlada’. O número de mortos ao longo dos anos chegou a ser subestimado em 400 pelos fascistas-franquistas e superestimado em 15 mil pelos republicanos. Sabe-se, atualmente, que girou em torno de 2,5 mil pessoas.
Além de ser palco da primeira demonstração das forças de Hitler, Guernica foi imortalizada pelo quadro homônimo de Pablo Picasso. Passados 70 anos, contudo, a “lição” do bombardeio cirúrgico nazi-franquista permanece e é cada vez mais posta em prática pelas grandes potências ou nações altamente militarizadas, que afirmam que, com isso, “evitam maiores danos à população civil”. O video a seguir, batizado na Internet de ‘Guernica dos anos 2000’, com fundo musical do grupo "Cramberries", mostra claramente que não há luta ‘limpa’ quando se trata de guerra.
O pequeno povoado –cujo número total de habitantes à época, bem como de mortos, ainda hoje é controverso- foi usado pela aviação nazista, que apoiava o levante do general Francisco Franco contra a República espanhola, como balão de ensaio de sua capacidade de destruição em uma área específica e ‘controlada’. O número de mortos ao longo dos anos chegou a ser subestimado em 400 pelos fascistas-franquistas e superestimado em 15 mil pelos republicanos. Sabe-se, atualmente, que girou em torno de 2,5 mil pessoas.
Além de ser palco da primeira demonstração das forças de Hitler, Guernica foi imortalizada pelo quadro homônimo de Pablo Picasso. Passados 70 anos, contudo, a “lição” do bombardeio cirúrgico nazi-franquista permanece e é cada vez mais posta em prática pelas grandes potências ou nações altamente militarizadas, que afirmam que, com isso, “evitam maiores danos à população civil”. O video a seguir, batizado na Internet de ‘Guernica dos anos 2000’, com fundo musical do grupo "Cramberries", mostra claramente que não há luta ‘limpa’ quando se trata de guerra.
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