quarta-feira, 13 de junho de 2007

Redução de danos ou inversão de valores?


O Brasil vem assistindo ao apoio quase explícito a uma política estranhamente denominada de “redução de danos”. O atual governo –da esfera municipal à federal- vem dando suporte a entidades que distribuem cartilhas mostrando como ‘cheirar’ cocaína ou usar drogas com menos ‘riscos’. Em cidades do interior de Santa Catarina, a prefeitura provê cachimbos para menores fumarem ‘crack’ nas ruas, alegando que, com isso, se ‘reduzem riscos’. Já no interior de São Paulo ou Minas Gerais, tornou-se corriqueiro ministrar educação sexual em escolas públicas, ensinando crianças de 10 a 12 anos a usarem camisinha e a saberem, nesta idade, como é ‘gostoso transar’.

Agora, a mais nova política de “redução de danos” envolve diretamente mulheres: uma ONG do interior de São Paulo, que se diz “cansada de esperar pela decisão do Congresso”, assume que irá orientar mulheres a interromper a gravidez, disseminando o uso do medicamento misoprostol, utilizado para afecções gástricas, mas também conhecido como um poderoso abortivo. É importante observar que, em todos os casos citados, se estão violando Leis: apologia ao uso de drogas é crime; bem como o incentivo à prática do aborto.

A justificativa é sempre a mesma: trata-se de optar pelo ‘mal menor’. Ensinar a ‘cheirar’ cocaína com tal ou qual instrumento, é menos prejudicial do que ‘cheirar’ com o que houver à mão. Com relação ao aborto, há pelo menos 20 anos se brande a cifra de que anualmente ocorrem 3 milhões de interrupções clandestinas de gestação, sem que qualquer pesquisa séria tenha sido feita por órgãos oficiais (o que seria impossível pela ilegalidade da situação) ou mesmo por alguma ONG com credibilidade na área da saúde. Também o argumento não muda há anos: quando indesejavelmente grávidas, as mulheres ricas ou de classe média procuram clínicas particulares, e as pobres usam agulhas de tricô ou tomam chás abortivos que, muitas vezes, as matarão. Legalizar o aborto, portanto, seria dar igualdade de condições a ricas e pobres. Com relação ao ensino de sexo para crianças, aplica-se o seguinte raciocínio: com a Aids e as DSTs generalizadas, o melhor mesmo é ensinar logo a praticar ‘sexo seguro’.

Percebe-se a falácia destes raciocínios quando se observa que governo e (algumas) ONGs escolhem a última das opções e sempre começam pelo final. Ao invés de tentar ‘reduzir danos’, deveriam ser adotadas políticas de prevenção generalizadas, que pudessem combater o mal pela raiz. Com relação
ao uso de drogas, campanhas maciças mostrando publicamente tudo de nefasto que as envolve deveriam ser veiculadas: desde o camponês explorado e escravizado em países como a Colômbia, passando pelos menores cooptados pelo tráfico em morros e favelas. Não apenas o traficante deveria ser penalizado, mas também o consumidor, que é quem alimenta de dinheiro o mercado da droga e que atua como traficante no seio de seu próprio grupo. É importante que o usuário de drogas, seja pobre ou, como se diz, ‘filhinho de papai’, saiba que é co-responsável pela atual onda de violência. Que receba compreensão e amor para recuperar-se; mas que entenda, também, seu papel na grande cadeia da morte ao usar qualquer droga ilegal.

Quanto ao aborto, ao invés de manter a situação no impasse em que se encontra –isto é, não se libera e também não se lhe coíbe-, métodos contraceptivos deveriam ser difundidos a homens e mulheres em idade e condições reprodutivas, incluindo-se aí vasectomia e esterilização feminina, para quem assim o desejar. Pela Lei brasileira, o aborto só é permitido em situações de anencefalia, estupro e risco de morte da mãe. Se, com ampla divulgação de meios contraceptivos e educação maciça ainda assim uma mulher engravidasse, ela deveria ter apoio do Estado não para eliminar o que, conscientemente, concebeu, mas sim para gerá-lo. Qualquer outra atitude é violar a Lei e cometer um crime. Não é possível que a sociedade seja permanentemente leniente com quem conhece seus direitos e deveres e, ou abusa de uns, ou renega os outros.

Sobre o ensino de práticas sexuais a crianças em escolas, é crime em dobro: primeiro por violar a Lei; depois por expor menores a toda sorte de danos psíquicos. Antecipar a idade sexual das crianças não ajudará a prevenir a Aids ou as DSTs, ao contrário, as deixará ao seu alcance ainda mais rápido, pelo estímulo à promiscuidade. Se preservativos devessem ser mostrados a crianças ou pré-adolescentes, deveriam sê-lo não como algo ‘gostoso’, mas sim dentro de um debate que envolvesse indivíduos que estão em processo de transformação e crescimento.

Sem entrar no debate religioso, mas apenas mantendo o foco nas Leis estabelecidas no Brasil, pode-se fazer muito para melhorar as coisas. Mas, da forma como vem sendo adotada, a tal política de redução de danos fica desmascarada como o que realmente é: uma verdadeira inversão de valores.
Video

88 comentários:

Anônimo disse...

Amigas e amigos,

o video postado requer que aqueles que quiserem assisti-lo se cadastrem no Youtube, pois é considerado impróprio para menor de 18 anos.

Os procedimentos para inscrever-se no Youtube são simples.

Por outro lado, embora haja abundância de imagens sobre aborto no Youtube, o video em questão traduz, em imagens, um pouco do que quisemos passar aqui, para aprofundar algumas reflexões que o texto pretende gerar.

Abraços fraternos

Anônimo disse...

comentário anterior: "impróprio para menor de 18 anos", leia-se "impróprio para menores de 18 anos"

Anônimo disse...

Minha opinião sobre consumidores de drogas é radical: devem ser considerados criminosos tanto quanto os traficantes e,por isso,ficarem sujeitos à punições severas. Enquanto os consumidores tiverem na cabeça a idéia de que ser "usuário" não é crime e não dá em nada,nunca o tráfico irá reduzir-se e por consequencia a violencia tbm não. De nada adianta o estado gastar bilhões em aparatos para reprimir o tráfico,sendo que sempre tem muita gente querendo consumir,é prender um traficante para aparecer outro,ou seja,impossível de acabar. Se o drogadinho tiver em mente que se ele for pego com 1 grama de cocaína poderá pegar anos de prisão,vai pensar 10 vezes antes de sair comprando e isso deveria valer pra todo tipo de droga,até o "baseadinho" tão popular em qualquer colégio do Brasil.

Anônimo disse...

Jakob
Existe, do ponto de vista de saúde pública, uma incorreção no texto (que não sei se é seu...). Chamam-se de redução de danos as políticas públicas direcionadas ao público JÁ adicto. Ninguém diz: "Ser drogado é bacana, e eu ainda vou te ensinar como te fazer menos mal...."
Existem em tramitação, com a participação de diversas entidades diferentes em todo mundo, políticas públicas de PREVENÇÃO ao uso de álcool e drogas lícitas e ilícitas. Isso não é redução de danos.
A OMS mostra que as drogas sempre estiveram presentes no mundo, e talvez ausentes apenas em Shangri-lá. Portanto é dever dos órgãos de saúde pública não fechar os olhos para o que acontece com milhões de pessoas no mundo, apenas por questões morais/religiosas. Eles também se preocupam muito com políticas de prevenção, mas não será a OMS a ensinar nossos filhos a transar com responsabilidade, a não usar drogas e etc.
Mas a saúde pública NÃO pode fechar os olhos ao que JÁ está aí.

Quanto ao aborto, questão também complicada, porque os argumentos de quem defende a proibição são os mesmos também desde sempre...Então o fruto de um estupro é menos vida? Complicado.

Anônimo disse...

Jakob

Não sei se há inversão de valores ou se esses valores nunca existiram, pelo menos não predominam em nossa sociedade, concordo com o ponto de vista da Tereza, algo deve ser feito para minimizar, não podemos fazer como a igreja Católica que simplesmente diz que não pode haver sexo antes do casamento ou proibe o uso da camisinha, como se todos fossem virtuosos, estes, acredito, são minoria antes e agora.
Não sou favorável ao aborto mas também não quero que mulheres pobres utilizem agulhas de tricot para fazer abortos, acredito que qualquer que seja o ponto de vista, teremos problemas, realmente esta situação é complexa.

Walid
A repressão contra o usuário não contribui em diminuir o uso de drogas, prefiro seguir a linha radical oposto, liberar o uso destas a fim de acabar com o poder dos traficantes e de todo o aparato repressivo, permitir a venda em locais determinados e públicos onde haja, além da venda, um aconselhamento permanente, através de palestras que o usuário teria que assistir antes de adquirir seu baseadinho, por exemplo.

Abraços

Anônimo disse...

Olá, Walid,

creio que o uso de drogas ilegais -toda e qualquer-, deve ter algum tipo de penalidade. Tais penalidades poderiam ser progressivas, indo desde a prestação de serviços à comunidade até a prisão para usuários de drogas pesadas e reincidentes. O que não pode é o poder público se manter passivo e inerte, diante do avanço das drogas, deixando impune um dos dois elos da cadeia, que é o consumidor.

Olá, Tereza e Rogério,

A expressão "Redução de danos" vem sendo utilizado no Brasil em diversas áreas, não apenas àquelas vinculadas à saúde, mas também à educação, sempre que se quer mostrar a incompetência do governo em assumir posturas pró-ativas para combater mazelas sociais. Tenho conhecimento de perto de algumas destas realidades. E infelizmente, a realidade não se restringe a minimizar problemas de consumo entre quem já está viciado.

Não se questiona, também, a existência ou não das drogas. Em todas as culturas, elas existiam. Na Grécia antiga, no Oráculo de Delfos, as pitonisas (sacerdotisas do templo), utilizavam drogas para conectar-se com outros planos e trazer mensagens aos seres humanos. Idem índios e centenas de culturas autóctones -recomendo o excepcional livro "Os Índios e as plantas alucinógenas", de Sangirardi Jr, obra de erudição e pesquisa, com conhecimento profundo de antropologia e farmacopéia.

A questão é outra, Tereza: em outras culturas, o uso de drogas era ritualístico; na nossa, é usada como elemento de exacerbação do ego e seus resultados estão aí, à mostra.

De toda forma, vale a pena observar que o post coloca exclusivamente a questão de se trabalhar e resolver tais problemas dentro do que a Lei manda. Apenas isso. A Lei vem sendo descumprida no Brasil pelo próprio governo, quando este deveria ser o pirmeiro a zelar por ela. Se você observar com atenção, em nenhum momento o post entra em considerações de ordem religiosa, mas tão somente nos de caráter ético, de conformidade com uma sociedade laica e secular. Simplesmente se está infringindo a Lei. Este é o ponto. Mais: os folhetos que foram distribuídos na Parada Gay, e que geraram revolta em grande parte da população, não eram dirigidos apenas a 'adictos'. O conteúdo foi divulgado por toda a imprensa.

Sobre o aborto, o post também é claro, e a argumentação é estritamente dentro do que a Lei determina. Veja: "Pela Lei brasileira, o aborto só é permitido em situações de anencefalia, estupro e risco de morte da mãe."

Ou seja, isto é o que a Lei determina.

Na continuação do post, existe um comentário que serve, sim, como proposta objetiva para que o governo assuma seu papel de gestor de recursos e de senhor da máquina estatal, que deve, também, zelar pelos cidadãos:

"Se, com ampla divulgação de meios contraceptivos e educação maciça ainda assim uma mulher engravidasse, ela deveria ter apoio do Estado não para eliminar o que, conscientemente, concebeu, mas sim para gerá-lo. Qualquer outra atitude é violar a Lei e cometer um crime."

Ou seja: chegou a hora de o governo assumir seu caráter laico e não pender nem para o lado religioso, nem das entidades pró-aborto, e disseminar o conhecimento da contracepção entre maiores de 18 anos. Este É o ponto, Tereza. Se depois disso, com todo esse conhecimento e métodos à disposição, uma mulher engravida porque teve uma relação sexual (por sua livre e espontânea vontade), engravida e depois 'se arrepende', sinto muito, sou inteiramente favorável que ela e seu parceiro assumas a responsabilidade pelos seus atos ou que, caso cometam uma ilegalidade (como o aborto fora das situações previstas por Lei), paguem a pena por isso.

Com relação a sexualidade na infância, tenho visto coisas revoltantes, para quem é pai (como eu) e que acredita, sobretudo, em educação e humanismo. Vale reler o post, e ver que frisamos o cumprimento da Lei: é ilegal estimular o sexo entre crianças, e jovens de 10 anos são crianças. Este, novamente, É o ponto. Ou será que uma criança de 10 anos deve realmente aprender que usar camisinha e transar 'é gostoso'?

Isso, Rogério, não tem nada que ver com Igreja Católica ou falar de sexo antes do casamento.

Abraços fraternos

Anônimo disse...

Bom dia a todos!

Sobre as drogas, o governador do Rio de Janeiro vem fazendo lobby para "flexibilizar" a legislação. Resta saber, num hipotético cenário de drogas como a maconha liberada, o que acontecerá a longo prazo. É perigoso uma Sousa Cruz da vida, que já possui influência e poder enormes, tornar-se mais forte ainda e com pesada propaganda expandir ainda mais o consumo e, conseqüentemente, os vícios.

Quanto ao álcool e ao tabaco (e mesmo aos narcóticos), está mais do que aparente que nenhuma campanha de prevenção tem sido veiculada na mídia nos últimos tempos.

O que vem ocorrendo, na verdade, é uma intensificação de apelos relacionados a sucesso sexual e profissional nos comerciais de cerveja. E devemos lembrar ainda que uma única empresa (Ambev) detém, com suas variadas marcas, mais de 80% do mercado e responde por boa parte de toda a publicidade vinculada na televisão.

Considerando que para muitos a entrada no mundo das drogas mais pesadas começa com o consumo "inocente" de cigarro e bebidas (muitas vezes na adolescência), fica preocupante constatar que nada vem sendo (ou virá a ser) feito para frear um pouco isso. Os lobbystas já devem estar nas entranhas do Congresso Nacional.

Anônimo disse...

Amigas e amigos,

Gostaria de lembrar um aspecto que não deveria passar despercebido: o que se cobra é que o Estado, ao invés de tentar ser 'politicamente correto', não permita a impunidade. Nas entrelinhas do post, está oculto o maior câncer da sociedade brasileira na atualidade: a impunidade.

Rogério,

a Holanda, país mais avançado na liberação ao uso das drogas, está começando a retroagir, tamanha a quantidade de problemas que eles não estão conseguindo resolver. O comércio de maconha em bares e restaurantes está voltando a ser proibido. Depois de quase 30 anos de experiência.

Apenas um adendo à discussão: se o uso de drogas for realmente liberado, o cultivo delas seria amplo principalmente em países em desenvolvimento, com amplas áreas agricultáveis, como o Brasil, para fornecer aos consumidores mais abonados, do Primeiro Mundo. O que você acha que aconteceria? Lembrando que tráfico de drogas e armas é o que, hoje, rende mais dinheiro no mundo, junto com petróleo.

Áreas inteiras usadas para produção de alimentos seriam destinadas para cultivo de drogas; a violência -que faz parte da cultura da droga- se estenderia para valer em verdadeiras guerras pela produção e distribuição do 'produto'. Já há estudos a este respeito, e infelizmente, no meu caso em particular, embora propugne sempre pelo livre-arbítrio, não vejo como isso possa ser defensável.

De toda forma, antes da discussão 'liberar ou não liberar', para mim vem a discussão EDUCAR. Divulgar e mostrar que drogas (e bebidas alcoólicas) são mesmo um mal. Exatamente como já aconteceu e acontece com o cigarro. Tanto bebidas como drogas deveriam ficar restritas à esfera privada. É um problema de cada um, de adultos. Mas se divulgar publicamente; se dirigir bêbado ou drogado; ou se andar bêbado ou drogado em lugares públicos, deve ser punido. O que, aliás, acontece em países como os EUA. Só o que se pede é o básico: cumprimento à Lei.

Abraços fraternos

Anônimo disse...

Amigas e amigos,

vou reproduzir aqui uma correspondência enviada por mim ao prefeito do RJ, César Maia, em resposta a um post que, em fevereiro, recebi do blog dele. Omito o e-mail dele, pois é privado. É inteiramente pertinente ao assunto em questão.

Abraços fraterno a todos!

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----- Original Message -----
From: Jakob Ibrahim
To: XXXXXXXXX@XXX.com
Sent: Friday, February 09, 2007 12:14 PM
Subject: ESTATUTO DO MENOR


Prefeito César Maia,

recebi seus textos e, no geral, me parecem corretos. No entanto, será que basta apenas modificar o estatuto do menor, enquanto uma série de outros absurdos ocorrem, estimulando a marginalidade entre os jovens?

Exs.: hoje, os Conselhos de Psicologia (CFPs e CRPs) incentivam a chamada política de RD (redução de danos), recomendando a distribuição de cachimbos de crack para que menores de rua "sofram" menos danos. Por que não dão logo a droga e a acendem, também? Isso é "redução de danos" ou incentivo ao dano?

O governo Federal propõe agora distribuir preservativos nas escolas, em todo o país, inclusive nos banheiros (sic). Deveriam também colocar camas nas salas de aulas e transformar os professores -hoje inteiramente sem autoridade e amedrontados- em alcoviteiros. Para que serve a educação sexual? Para que serve -ou deveria servir- a família? Então este é o papel do tal Estado laico? Deixar que a bandalheira se instale exatamente na camada mais instável e, diria até, mais perigosa da sociedade (haja vista os números da gigantesca mortalidade), os jovens?

Adianta apenas mudar o estatuto do menor, enquanto a mentalidade politicamente correta continua a erodir os já quase destruídos fundamentos da sociedade?

Por que não exercer controle efetivo sobre bares, danceterias, etc., punindo os proprietários por venda de bebidas alcoólicas a menores e por permissão passiva do tráfico de drogas?

Por que não penalizar de verdade não apenas traficantes de drogas, mas também usuáruos. Usou droga, qualquer que seja, deve ser punido. Na primeira infração, trabalhos sociais e de reinserção. Criem-se hortas e trabalhos agrícolas nas áreas verdes ou não utilizaveis nas grandes cidades, e ponha-se estes menores para trabalhar aí, plantando para comer e aprendendo cidadania. Chega de depósitos de gente, como as mafiosas Febens.

No caso de reincidência, penas mais fortes. E sem direito a habeas corpus e todas estas maravilhas do Direito moderno, às quais principalmente os filhinhos de papai terão acesso. Estes, principalmente, devem ter penas mais pesadas que as de menores de rua.

Criança fora da escola? Quem deve ser punido são os pais.

Policiamento: os policiais que trabalham junto a escolas devem passar por reciclagens contínuas, de forma a serem vistos como membros da "família" da escola. Devem ser valorizados em sua vida pessoal, salário, habitação, etc., de forma a que não caiam na tentação do suborno e da corrupção, e para que se aperfeiçoem psicologicamente, aprendendo a lidar com os jovens e a orientá-los a não cairem no vício ou no crime. VALORIZAÇÃO MORAL DA POLÍCIA.

Sr. Prefeito, sou um paulistano triste com o Estado atual do Brasil. Tanto é que eu e minha família (ex-mulher e filhos) abandonamos São Paulo, indo para o interior de Minas Gerais.

Um bom dia.

Jakob M. Ibrahim

Anônimo disse...

Prezado Rogério,

nao acho que a liberação das drogas seja uma saída viável,o custo social seria imenso e aleám da famigerada "cachaça",que tantra desgraça traz ao nosso povo,teríamos tbm outras coisas piores.Insisto que a oferta só se reduz com o fim da demanda.
Um abraço!

Anônimo disse...

Jakob

Não, é absurdo falar algo assim para uma criança, é um crime.
Deve haver maneiras mais sensatas de realizar este trabalho ao qual o estado não pode se furtar.

Compreendo seu raciocínio e concordo com ele, estão tentando remendar os problemas, e além disso a costura é mal feita, se pegarmos o caso do ensino público, a política adotada de não repetência em São Paulo, é um remendo para evitar a evasão escolar enquanto que o problema é mais profundo.
No caso do aborto, o caso também é complicado, o ideal seria que as pessoas fossem responsáveis, sou favorável a isso também, porém, infelizmente não é o que acontece, sempre haverá pessoas que querem abortar, e todos subterfúgios possíveis, clinicas clandestinas, remédios e outros métodos perigosos para a mulher, serão utilizados. Sempre foi ilegal a prática, porém as pessoas correm este risco, sinceramente não sei o que é pior, a proibição total, que não funciona, ou a permissão que atenta contra a vida.

No caso das drogas continuo achando favorável que seja liberada a produção e o consumo, o tráfico atualmente é rendosos devido ao risco, se fosse liberado seria possível o viciado plantar no quintal de casa, e a cultura comercial seria semelhante à qualquer hortaliça, o preço baixo não compensaria ao crime. O Estado não pode proibir o cidadão de fazer mal a si mesmo, é uma decidão pessoal e que deve ser respeitada, não faz sentido colocar na cadeia um usuário que o mais das vezes não é criminoso, e sim equivocado.
A Holanda não tem idéia dos problemas causados pelo tráfico de drogas no Brasil, proibir é tapar o sol com a peneira, qualquer um consegue comprar drogas, em qualquer lugar.
A contenção deste mal deve ser realizada através da sociedade da conscientização dos cidadãos, a única maneira eficiente, dentro da família, porém nem todos tem esta sorte, O estado poderia ajudar com políticas de prevenção e educação, mas sabemos ser difícil este tipo de ação, podendo redundar em casos aberrantes os quais foram citados na postagem original.

Em relação ao alcool, uma das droga mais perigosas, vicia e mata, causando malefícios sociais tremendos, a propaganda deveria ser proibida, inclusive da cerveja, conforme citou o Renato, cujo uso é glamourizado, não só nas propagandas como na sociedade em geral. Acho inclusive que deveria haver a propaganda denunciando os males que o alcool causa, como vem sendo feito com o cigarro, que outrora também possuia uma certa aura, está, felizmente tornando-se aos olhos da sociedade o vilão que sempre foi.

Sob o ponto de vista ético seria ideal que o estado não interferisse nas ações da sociedade, que esta tivesse responsabilidade, porém o comportamento da sociedade está longe de ser ideal, este é um ponto fundamental para a resolução dos maiores problemas da humanidade; saber qual a ética a ser seguida, as opiniões são divergentes, mesmo entre pessoas que tem acesso á cultura, como transmitir este conhecimento para os cidadãos e, o mais difícil, como fazer que voluntariamente atuem éticamente.

abração amigo

Anônimo disse...

Grande Walid

Concordo com você, é um mal a mais, já não chega a cachaça, porém acredito que o estado não pode reprimir a demanda com ações punitivas, colocar pessoas, que no geral não são bandidos, na cadeia seria pior. Antes o usuário era criminalizado e muitos utilizavam e utilizam drogas, acredito o problema ser social e é a sociedade que deve resolver o problema, não o estado, este deve limitar-se a realizar ações públicas preventivas, educativas de maneira séria.

Abração

Anônimo disse...

Walid,


Eu concordo que o consumo de álcool (principalmente devido ao preço acessível da cachaça) além de destruir famílias, é a causa por trás de diversos acidentes de trânsito.

Porém, não sei se proibir totalmente algo que está tão arraigado e já está legalizado vá adiantar muito.

Acho que o ideal são campanhas de orientação e mesmo restrição mais forte à publicidade. Estavam tentando fazer isso recentemente no Congresso, mas a Ambev foi mais forte e conseguiu se safar de uma série de restrições à propaganda de cerveja.

OS EUA tentaram nos anos 30 implantar a "Lei Seca". Foi um prato cheio para que a Máfia (liderada por Al Capone) chegasse a altos lucros com o contrabando. Isso é um exemplo do que o Rogério disse: o lucro está diretamente ligado ao risco que se corre.


Uma boa tarde a todos!

Anônimo disse...

Rogério,

justamente por serem tão delicadas estas questões é que acho que o mais importante é fazer cumprir a Lei. Hoje, temos uma Lei sobre o aborto e ela não é cumprida. Todos fogem a ela. A Igreja Católica é uma das maiores inimigas de um diálogo realmente produtivo. Sou inteiramente contrário ao aborto, exceto nas circunstâncias em que a Lei, hoje, o permite. Agora, ser contra a divulgação de métodos anticoncepcionais e a disseminação maciça de seu uso, me parece igualmente ilegal ou quase criminoso. Não estamos num país de fundamentos religiosos, mas numa sociedade aberta, onde o livre-arbítrio é a mola-mestra. Portanto, informar, formar, educar é o fundamental para impedir que a lei do mais forte e da publicidade imperem. Mas este governo covarde que aí está, tripudia sobre tudo isso. Não trabalha com prevenção de verdade, não educa, e finge que não desagrada a Igreja. Ao mesmo tempo, dá apoio informal a ONGs criminosas como esta do interior de São Paulo.

O Estado deve parar de investir no 'mal menor' e usar recursos materiais e financeiros para assumir a prevenção e a iniciativa contra drogas, abortos clandestinos e a favor de uma educação sexual não-permissiva. Orientar sem palhaçadas, com seriedade. Fora ONGs picaretas e Igreja retrógrada!

Sobre o uso das drogas, Rogério, só a maconha se planta no fundo do quintal. Cocaína, não. Ela tem que ser processada em laboratórios de refino. Idem ecstasy e tantas drogas por aí.

Acredito em educação, em primeiro lugar. Sou totalmente contrário ao uso de drogas, mas não acho correto impor isso aos outros. Mas o Estado, que detém o poder de políticas públicas, deve se posicionar a favor do cidadão, doa a quem doer: à Igreja, aos fundamentalistas e aos pró-abortos. O papel do Estado é fazer cumprir as Leis.

Há um aspecto pouco falado sobre as drogas, Rogério, que prefiro não mencionar aqui: as consequências (funestas) da droga com relação à trajetória espiritual do ser humano. Se quiser, depois lhe envio um email a respeito.

Todo livre-arbítrio significa também: "Faz o que tu queres, mas lembra-te que deverás prestar contas de todas as tuas ações."

Abraço fraterno!

Anônimo disse...

Renato e Rogério,

vocês tocaram também num dos pontos de apoio das drogas: propaganda. A proibição à propaganda ao álcool deve ser total.

Abraços fraternos

P.S. - Vou mudar a foto do post, pois recebi um e-mail de uma pessoa amiga dizendo que está muito deprimente. De fato, a intenção foi chocar. Mas até eu fiquei me sentindo (bastante) mal com esta imagem. É para mostrar a covardia que é o aborto. Um serzinho pequeno e indefeso, encolhido sobre si mesmo. Isso é a "civilização" racional e que se diz "superior" às outras que a precederam.

Anônimo disse...

Falando em cachaça,segue um video de extrema sensibilidade,para reflexão:

http://www.youtube.com/watch?v=0qL-ypbcCJw

Anônimo disse...

Jakob
Primeiro, parabéns pela troca da foto. Não era só deprimente, era sensacionalista, o vídeo vê quem quer...

Não vou entrar na discussão sobre aborto, mas certamente por mim, uma mulher não merece acabar na cadeia por isso. É quase como o cara que esqueceu o filho no carro...Já tem a dor do que fez.
Não serei eu a atirar a primeira, nem última pedra...Sou mulher, tenho amig(os)as, filh(o)a, terei net(os)as...

Quanto à impunidade nas drogas, lembrar que ser usuário não é crime, por isso a redução de danos não é uma atitude contra a lei do Estado...

São questões delicadas, onde mesmo que tentemos nos ater a um dos lados, TODOS os outros entram em questão (princípios éticos, morais, o que chamamos de humanísticos, religiosos de cada um), nem poderia ser diferente...

Concordo com Rogério.
Bjs a todos
Tereza

Anônimo disse...

Jakob

Realmente a foto é triste demais, o vídeo nem quis ver, certa vez recebi um e-mail com um vídeo mostrando a execução por degola de um prisioneiro caído em mãos de iraquianos extremistas, caí na besteira de ver, fiquei deprimido com a cena bárbara, não vale a pena ver, saber que existe já é suficiente.

Se puder enviar o e-mail com as informações das consequencias espirituais do uso de drogas, agradeço de antemão.

Abraços

Anônimo disse...

Quando o assunto em pauta é o aborto fico dividido. Existem situações, por exemplo, que a pratica pode salvar o curso de uma futura situação de problemas. Como: Uma adolescente vivendo em circunstância de “petição de miséria”, engravida-se lá pelos seus 18 anos. Assim sendo, ela fica refém de um lado pelos valores religioso-familiares que a impedem de abortar, por outro, com a convicção de que o pai do futuro filho não poderá guarnecer as mínimas necessidades para educação, saúde... Mais: E se ela concebeu o filho em um encontro sem amor e tem a certeza de que o parceiro foi só de momento?A futura criança pode ficar sem a companhia do casal e tem o viver, à margem do planejamento de sua vida, preso nos limites de sua concepção. Aulas de métodos contraceptivos funcionam bem na sala de aula, mas na pratica, na hora da “pegação” mesmo, ninguém lembra. Acho provável, também, que a legalização do aborto poderia desencadear uma espécie de lerdeza que levaria um país “descompassado sexualmente” a criar “rios de fetos”. Estou dividido no assunto!

Abraços a todos!

Anônimo disse...

Olá, Tereza

a foto não tinha intenção de ser sensacionalista, mas chocar e lembrar a covardia que é um aborto.

O post não fala em prisão de quem comete aborto, mas em cumprir a Lei. O que não vem acontecendo, devido à omissão do Estado em assumir um papel efetivo peranteà sociedade. Muitos passos deveriam ser dados antes de se pensar em punição: educação sexual, disseminação de métodos, dar condições para que a mulher tenha filhos. De toda forma, o Estado tem Leis, gostemos ou não delas.

Não procede comparar uma pessoa que faz um aborto consciente a quem esquece o filho no carro. Ninguém faz aborto 'por acaso', e isso sem julgamentos. É fato.

Repito: a questão do post é outra.

Quanto às drogas, ser usuário até há pouco era crime, sim. E ainda é, dependendo do tipo e da quantidade da droga que se porte e use. A Lei não afeta pequenas quantidades que a pessoa porte consigo mesma. Enquanto este elo da cadeia, que é o consumidor, não for tocado, nada mudará.

Não há sentido em querer enjaular traficantes e quem compra sua mercadoria permanece impune. Por que o consumidor seria menos responsável pela tráfico se é ele quem compra as drogas e mantém o mercado existente? Ou alguém acredita aqui na teoria de que é a propaganda das drogas que cria o narcotráfico?

Sobre a politica da redução de danos, o que se questiona é que se faça a última da última das coisas e não o que deve ser o começo: prevenção e campanhas maciças contra a droga.

Para quem quiser conhecer um exemplo de 'redução de danos' de verdade, este chama-se Fazenda da Esperança, que conheço pessoalmente há 8 anos. O local tornou-se conhecido agora pela visita do Papa, mas há anos é um dos mais bem-sucedidos do mundo na recuperação de viciados em drogas pesadas (estima-se que seja o maior índice de recuperação do planeta). Há muitos jovens estrangeiros lá. Recomendo aos amigos que quiserem conhecer um trabalho maravilhoso de perto, que realmente traz pessoas de volta à vida. A receita é simples: AMOR. Devemos apenas ter cuidado para não achar que amor é falta de compromisso consigo mesmo.

Visitem o link: www.fazenda.org.br/

Rogério,

depois lhe envio um email. Recomendo a leitura de um livro chamado "Mãos de Luz", de Barbara Ann Brennan, editado pela Pensamento.

Mohammad,

sempre senti esta divisão em mim. De fato, é difícil, mas como pai (e o sou), se minha filha engravidasse de um relacionamento esporádico, eu a apoiaria, sem dúvida nenhuma, para que tivesse o filho.

A questão é que, como todos temos muitas dúvidas, a melhor maneira de diminuirmos nossas angústias a respeito é fazer cumprir a Lei. Que aliás não é nada ruim, se seguida de verdade...

Abraços fraternos a todos!

Anônimo disse...

Também apoiaria perfeitamente um caso como este que você citou. O confuso é o quadro de dor que uma adolescente sem o apoio que eu e você podemos dar, vai viver. Pode existir--e efetivamente existem casos-- os dramáticos momentos resultantes desses "encontros" sem planejamentos.

Anônimo disse...

Jakob
Se você definir o que é um aborto consciente...
E eu não comparei o fato, e sim a dor...Já conversou com alguma mulher que por algum motivo tenha abortado? E de que punição falas então? A lei é clara: cadeia..

Ser usuário de drogas NÃO é crime, depende da quantidade que a pessoa porta porque ela aí é enquadrada como traficante, não mais como usuária, é diferente.

Todos os tratamentos de drogas lícitas e ilícitas têm o mesmo grau estatístico de sucesso, independente de médico, religioso, laborativo (o que a Indústria Farmacêutica detesta falar, claro...) e é de apenas 30%.

Não divergimos da necessidade de educação, educação, educação. Divergimos da extrema compaixão que a MAIORIA desses usuários necessitam, bem como as mulheres que abortam diariamente...

Existe um livro, Freakonomics, onde o cara mostra inclusive como muitos ganham pouco com o tráfico e poucos são milionários...

Educação sim, mas lei seca? Bem diz Rogério, surgirão as máfias. Como hj...

Anônimo disse...

Amigas e amigos,

um video para todos vocês. Acho-o lindo e a música é realmente bonita (para mim, a melhor do Coldplay).

Espero que todos cheguemos à idade da "Barbara" do video, com sua vitalidade!

http://www.youtube.com/watch?v=Wli0VjOmabU

Anônimo disse...

Jakob:
No tocante a drogas, tenho amigos que são profissionalmente estabelecidos e que fumam maconha. Penso que a questão, concernente a maconha (só. Outras drogas não!) é muito amplo. Um cidadão que trabalha normalmente e é um bom pai, não tendo ele predisposição para o álcool, penso que pode fumar o seu “Bob Marlei” moderadamente, para, por exemplo, tocar uma musica mais psicodélica, não?Mande os efeitos maléficos da maconha para minha reflexão e “pregação” ao pessoal que acompanho em jornadas. Obrigado!

Anônimo disse...

Tereza,

sem dúvida, conheço mulheres que fizeram o aborto. Recentemente ajudei uma a impedir de fazer um. E o que fiz não foi da boca para fora, mas este é o tipo de coisa da qual não se fala. Seria deselegante da minha parte.

Considero que o Estado deve encampar o planejamento familiar de uma vez por todas e desafiar a Igreja, sem mais perda de tempo. À mulher que cometa um aborto depois de todas as condições lhe terem sido dadas para não fazê-lo, ela deveria ter alguma pena alternativa, como servir em orfanatos etc. etc. Mas isso, Tereza, é uma opinião pessoal. Hoje o que temos é a Lei. 'Dura lex sed lex'.

Sobre a criminalização do uso de drogas, você disse exatamente o que eu havia escrito antes: o que conta, hoje, são as quantidades. Mas a pessoa é levada à delegacia e é fichada. E em caso de reincidência, pode ser presa.

Tereza, desculpe, mas creio que você não conhece o trabalho da Fazenda da Esperança nem o de alguns segmentos ligados à Antroposofia. Esta estatística de 33% eu a conheço desde 1994. Os índices da Fazenda são bem superiores, mas digamos que eles vão além do que 'a nossa vã filosofia pode supor' porque a chave é o que falta a grande parte da humanidade: Amor. Esta é sua base e sua metodologia. Repito: vale a pena conhecer. É uma lição de vida. Recomendo também uma visita a quem for sensível, porque mexe muito com o interior de cada um.

Quanto a compaixão, Tereza, concordo plenamente...sempre...Jamais condenaria ninguém, e sim apoiaria a se levantar e a não incorrer mais na mesma situação. Já com o Estado, dominado por uma camarilha, é diferente.

Mohammad,

existem ótimas pessoas que são usuárias eventuais ou contínuas de maconha, que a mim, pessoalmente, me parece a menos pernóstica das drogas. O problema é a cadeia, o ciclo que a envolve -exceto quando é plantada pelo próprio usuário, o que ainda não é tão comum.

Me sinto pouco à vontade em falar no aberto sobre os efeitos da maconha sobre a psique e estrutura sutil humana, mas aqui vão alguns dados, baseados nos estudos de um pessoal ligado á Antroposofia:

Há três categorias de drogas, que se vinculam às tendências pessoais de cada um:

-pessoas mais egoístas tendem para cocaína, heroína e crack. São consideradas as drogas do 'ego'. Em geral, são usadas por pessoas mais materialistas;

-pessoas mais dadas a utopias e à busca de mundos fantiosos tornam-se, em geral, usuárias de maconha, mescalinha e alucinógenos;

-pessoas mais 'espiritualizadas' usariam drogas em situações ritualísticas, como o Santo Daime ou mesmo a maconha na sua forma ritualística (Santa Maria).

O que isso tem a ver? Tudo. Definindo o perfil do indivíduo, conhecendo suas tendências intrínsecas, é mais fácil tratá-lo ou mesmo ajudá-lo a ver a si mesmo.

O importante, Mohammad, é jamais condenar. O importante é trazer luz e compreensão.

Anônimo disse...

Ok meu lider.Valeu!

Anônimo disse...

Vejam o link de uma das entidades que trabalha com a política de redução de danos. Até entendo a proposta: dizer 'não às drogas' não adianta de nada, pois a pessoa vai se drogar do mesmo jeito. Então, vamos apoiar o 'mal menor', que é tentar 'reduzir seus danos'.

O problema é que o que está aí é um verdadeiro manual de como ser usuário de drogas, de forma aberta, pública e explícita, mesmo para quem não é usuário nem viciado.

Conheço um dos psicólogos que atuam na cidade em questão e que me passou informações sobre o referido trabalho. A verdade é que as notícias não são nada auspiciosas.

Segue o link:
http://www.isovida.org.br/projetos/ganhando.htm

Anônimo disse...

Jakob,

o que o post anterior tinha de leve, este tem de pesado. Muitíssimo bem redigido e fundamentado, contudo, terrível, doloroso, intimidatório até, pela dura cobrança ao posicionamento que tais questões suscitam.

Quantos temas palpáveis, concretos, (e espinhosos) somos desafiados a examinar de uma só vez! Minha reflexão é acometida de vertigem, o tempo passa e custo a digitar. Como recomendaria Jack, vamos por partes.

O princípio da opção pelo "mal menor" visa o pragmatismo. Também é invocado no estímulo ao chamado "voto útil". Determinada coisa é prevista como certa e inelutável, sendo as pessoas instadas a abdicar de suas posições originais para assegurar uma solução factível,"viável".

Muitas adolescentes sempre irão transar, engravidar, fazer aborto,
consumir drogas. O livre-arbítrio as impele a isso, e nem a família,
nem a Igreja, nem o Estado, têm como evitá-lo. Da mesma forma como
muitos cidadãos acima de qualquer suspeita terão uma idéia: pegar um
revólver. Assaltar um banco. Sequestrar uma velha. Matar um desafeto (quem sabe, o chefe?). A família, a Igreja e o Estado tomarão conhecimento pelos jornais. Num caso e no outro, o indesejável, mas implacável, desafia a consciência do contribuinte e a prontidão do Estado a seu serviço.

Claro, há a prioridade imposta pelas limitações das finanças públicas. Prender um adolescente por fumar maconha, um casal por encomendar a destruição de um ser humano minúsculo e que ninguém jamais amou, pode parecer (e ser), estúpido diante do descalabro que é a situação penitenciária do país, onde o encarceramento não reabilita, só desabilita. Penas alternativas surgem como opções. Antes, no entanto, falta decidir se determinadas condutas, tidas como de pouca periculosidade, constituem crimes.

Consumir drogas é (vá lá, não é, mas deve ser considerado como) crime?

Fazer aborto é crime?

Quem consome drogas é, antes de tudo, inimigo figadal de si mesmo. Para seu próprio bem, deve ser contido. E sabemos o quão terrível é ter que cercear a liberdade de um ente querido, confiná-lo - tarefa amiúde psicologicamente impraticável. Ninguém melhor que uma entidade neutra, suprema e obrigada por lei para o fazer. A sofrida cumplicidade de não querer ver o filho humilhado e preso encontra punição no que deveria ser satisfação, a liberdade do infeliz.

Está bem, mas é crime? É imoral e prejudicial a outros? Sem dúvida que sim, pois um ato irresponsável, de fraqueza, que alimenta o crime e seu poder.

Liberando as drogas não acaba o crime? Não alivia o sistema carcerário, e, em consequência, o financeiro? Perfeito, mas dar livre curso às pulsões de autodestruição das pessoas? Cometer o mesmo erro que se
verifica em relação ao álcool e ao cigarro, permitindo que se lucre (e, claro, que se gere empregos) com a ruína de milhões de criaturas? Deveríamos ceder e tolerar práticas nocivas, devastadoras, para evitar
o crime e a corrupção que resultariam do combate às mesmas?

E o aborto? Pela lei é mesmo crime, mas e moralmente? É errado?

O ser humano, para gozar de dignidade e integridade próprias tem de estar destacado do corpo de sua mãe, do contrário será considerado apêndice descartável da mesma? Será o concebido, mas não-nascido, como são os palestinos aos olhos de Israel, um detalhe físico, sem identidade ou direitos? Um estorvo? Provavelmente que estará embolando
o futuro de pelo menos uma pessoa, talvez de duas. Pessoas que se
divertiram e tiveram prazer, mas não desejam aquele vínculo, aquela
responsabilidade.

E, assim, quem jamais foi apresentado a quem quer que seja (e, portanto, de ninguém é querido) pode ser morto sem que haja assassinato (mesmo a lei discordando), apenas a conveniência de dois interessados e a cumplicidade de meio mundo...

Ao menos os abortados têm o consolo de serem invejados nos versos de Omar Khayam, que julgava felizes os que não vieram jamais ao mundo. Talvez o gênio persa mudasse de idéia se visse aquele vídeo, aquela pinça, aqueles homúnculos dilacerados. Aquela foto que acharam deprimente (ou "SENSACIONALISTA") e que foi substituída.

No que respeita às doenças venéreas (destaque para a AIDS), todo esclarecimento é bem-vindo, mas desnecessário explicar a quem quer que seja que sexo é "gostoso", mais parece, de fato, uma exortação à sua prática o mais precocemente possível. O uso de preservativo deve ser encorajado por todos - é sinônimo de menos doença, menos gente, menos
abortos, mais futuro para a molecada. Apenas deve se ter a
responsabilidade de não colocar uma camisinha na mão de uma criança que sequer cogita esse tipo de experiência, ou seja, não estimular a libido infanto-juvenil.

Em suma, a diferença entre o "mal menor" e o que realmente se quer pode estar, sim, naquilo que você falou: reconhecer a lei, aplicar a lei, repelir a tentação da impunidade, que se consolida porque seduz a todos, aproveita (potencialmente) a todos e se aquartela na cumplicidade de todos nós. As utopias se multiplicam, mas estão aí para nos guiar.

Gardenal,

como mostrou o vídeo do "Leonaldo", as drogas que alteram o comportamento são devastadoras. E a perda da dignidade do bebum gera toda uma cadeia de degradação humana, hienas como aquele "repórter"
deitam e rolam. Tudo bem, a tragicomédia é nauseante, mas também é o circo da vida e, às vezes, temos que rir para não chorar. De uma certa forma, o post do Jakob fala desse vídeo também; livre-arbítrio e pusilanimidade moral conduzindo ao vício, ao erro, e este à perdição, tudo indo se espatifar contra a inoperância do Estado, imobilizado nas garras da demagogia e de lobbies tipo o da Ambev.

Anônimo disse...

Olá, Holofernes

um dos objetivos deste post é este mesmo: provocar, instigar, levar ao questionamento. O post anterior era mais lúdico -embora envolvesse uma cultura (cada vez mais) perseguida. Seria muito fácil ser politicamente correto e tentar agradar a gregos e troianos, mas isso seria tergiversar.

Creio que para todos ou quase todos aqui, há meio que um consenso: compaixão pelos erros alheios, compreensão por quem cai e até por quem machuca os outros. Esta é a atitude individual de todos nós.

A intenção do post, contudo, foi mostrar não só a pusilanimidade do poder público diante destas situações, mas seu apoio informal a políticas fora-da-Lei e que chocam (ainda) a sociedade, hoje inteiramente desarticulada e sem poder de reação.

Por trás de algumas destas entidades, há pessoas e grupos que não são tão compadecidos com a sorte dos outros. E é destes que devemos nos acautelar. Uma ONG que estimula o uso de um remédio abortivo, que incentiva a ilegalidade, pode crer, não está a favor dos direitos da mulher sobre seu próprio corpo.

O mesmo vale para quem, ao invés de dar a mão a quem está afundado nas drogas, provê meios para mantê-los neste estado, sob o argumento de que é o 'mal menor'.

Engana-se quem acha que a tal política de 'redução de danos' está restrita apenas aos meios aos quais ela se dirigiria (como aos viciados em drogas). Ela está servindo de escola para não-viciados e jovens curiosos, todos muito bem 'orientados' por pessoas muito 'descoladas' e 'liberais'. Este post foi parcialmente 'alimentado' por um psicólogo amigo que conhece de perto a realidade da política de redução de danos. Até de morte ele já foi ameaçado, apenas por não ser 'politicamente correto' e não rezar a cartilha fascista desta falsa esquerda que aí está.

De minha parte, com relação ao Estado, a coisa é bem objetiva: 1) deve-se estar do lado da Lei, do que a Lei manda hoje, e ponto final. Se no futuro mudar, será outra coisa, mas hoje é isso que está aí; e 2) o Estado deve gastar o dinheiro de seu contribuinte não com políticas paralelas, contrárias à Constituição, mas com programas de prevenção e recuperação de viciados; planejamento familiar e distribuição de métodos contraceptivos; e educação sexual científica e profissional nas escolas. Se a Igreja não quer que se distribuam camisinhas, dane-se a Igreja. O Estado não é laico?

Ao Estado não cabe discutir, hoje, se o uso de drogas é certo ou errado. Para nós, isso cabe; idem à sociedade; mas não para o Estado. Ele deve fazer cumprir a Lei. Toda a corrupção que vemos hoje no Brasil é fruto da impunidade e do não cumprimento das Leis.

Abraços fraternos

regina disse...

São questões delicadas , mas todas dependem de um só fator.
Educação e familia.
Quanto ao aborto, quem usa este expediente hoje em dia só pode ser totalmente ignorante, ou "distraida " ou mal intencionada. Com tantos métodos anticonceptivos, inclusive a pilula do dia seguinte, não dá nem prá justificar um impulso de momento.
Passou o momento , o impulso, tome a pilula.
Pelo que me consta, é distribuida nas farmácias dos centros de saude, gratuitamente.
Mas pessoas sem acesso a informação e cujo unico futuro é ter filhos,as vezes adolescentes com 12 , 13 anos, e depois abandoná-los.
Eis onde está o problema, é lindo ter filhos mas, precisamos de responsabilidade para te-los.
Para a faixa de maior poder aquisitivo, o proprio ginecologista de confiança se encarrega de resolver esse problema , chamando-o de outro nome qualquer, e feito no Einstein.
Agora, essas mulheres são as que menos engravidam.
Será o incentivo da bolsa familia, que leva os humildes a povoarem o mundo.
No nordeste, norte e Brasil Central em sua maioria ,é o lugar onde deve existir o maior numero de concepções em jovens, a mãe de 12 anos o pai de 14.
Engravidam , deixam os filhos com as mães e vem para S.Paulo, para trabalhar e mandar dinheiro pra casa. Aqui conhecem outro namorado e fazem mais filhos.
Quem ainda não viu isso?
Acho que a escola ( se eles frequentarem , o que normamente não o fazem,) deveria entrar com orientação e mostrar à essas pessoas o quanto é importante o estudo, que lhes dará uma opção além de fazer filhos.
A partir da 5ª serie, onde já estão no estágio adequado para entender as mensagens, e com o organismo já com condições de procriar É o momento de explicar.
Pouco conseguiremos com os familiares ,que nem tem informações suficientes, por falta de estudo, para orientar seus filhos.
Recomendarão, curandeiros , ervas e rezas, e em ultimo caso uma senhora que é expert no uso de agulhas de tricô,e não é para fazer pulloveres.
Mas o que acontece mesmo é que essas pessoas desinformadas, querem ter esses filhos, gerados pela ignorancia.
Entra então a 2ª parte que são as drogas.
O que vai fazer na cadeia um fumador do cigarrinho do diabo, ou um alcoólico chato.?
Comprar seus aditivos a um preço maior, pois sem dúvida a conivência existe,principalmente se tratando de drogas mais valorizadas como cocaina ou heroina, ou ecstase, sempre terá alguem a fim de traficar~
O Ideal, seria acabar com o mercado, mas como?
Escola, Familia ou Religião não estão funcionando.
E essa drogas matam :o usuario, os familiares, principalmente a bebida , droga legalizada,matam os traficantes os policiais e ainda temos as balas perdidas, que são também produto da violência do tráfico.
Na Holanda, como todos sabem, é permitido fumar maconha em bares destinados a esse fim e até a venda é legalizada.
Não existe violência , pode-se calmamente sair a rua a noite, e o máximo que encontrará é algum abestalhado pelo uso da erva falando sózinho.
Na Suissa, foram criados e já revogados locais onde você poderia fazer uso de sua droga preferida com total liberdade, e fornecimento de seringas etc. E Não funcionou,as vizinhanças desses locais foram vitimadas pelos usuários, além de ter facilitado o uso de drogas pesadas.
Não morreram de aids ou Hepatite mas morreram de over dose.
Conclusão, ainda não se achou o método perfeito.
Eu pessoalmente tenho uma visão de que a familia pode alertar os jovens, (mas qual familia?)isso depende do esclarecimento e nivel dos pais. Na epoca adequada, eu expliquei tudo a minha filha, como faziam crianças, como poderia evitar e em ultimo caso como me contar para que pudesse ajuda-la, isso aos 13 anos, no caso dela.
Depois falamos honestamente sobre as drogas, inclusive comentando sobre o cheiro qdo sentiamos e eu lhe dizia ( como o da piada do post anterior) isso é cheiro de maconha não é incenso.Falei do
efeito de cada droga , e não continuei mais falando do assunto.
Temos a maior liberdade e com certeza não é uma usuaria. Não por proibição mas por convicção.
Só não tive muito sucesso na questão do Marlboro, é um tal de para e recomeça, tem dias que está toda cheia de post it de nicotina.
Bem pelo menos sabe que não é legal e tem 30 anos agora.
Mas isso é o resultado da fumaça caseira, o exemplo é muito importante, e eu não consigo dar esse,comecei qdo era chic e agora?
è tão fácil comprar na esquina ! Mas a luta continua, hei de parar,não sei quando.
Me sinto tão ridícula e cafona quando fumo, Eu acho que vai ser por aí a motivação para parar.

Anônimo disse...

Jakob,

talvez não tenha sido muito claro no comentário anterior, mas ressalto que concordo basicamente com seus pontos de vista.

A questão se prende ao fato de as pessoas tenderem a se identificar (e solidarizar) com quem consome drogas ou pratica o aborto. Circunstâncias da vida podem trazer à nossa porta tais vicissitudes, e não gostaríamos de nos ver confrontados com a memória de um rigor de princípios que sucumbisse à prova da realidade. Sentir-nos-íamos hipócritas, daí a cautela dessa tolerância cúmplice.

Afinal, quem não conhece alguém querido que se droga? Quem não conhece uma garota, um casal, que não quis um bebê? Essas pessoas são reais e próximas, por isso receamos condená-las. Já um abortado, por exemplo, ninguém conhece, há um consenso por omissão quanto ao seu destino.

O medo de nos descobrirmos (falsos) moralistas nos dissuade de combater o erro, convida-nos ao sossego do pesar estéril, em que não há culpados. Como o Brasil do Lula, onde tudo está de ponta-cabeça mas ninguém deve ser enfrentado, combatido - paz e amor para todos é a palavra de ordem, e talvez uma fórmula para não se comprometer.

E a tolerância com o erro, quando não combatida, espalha-se. E logo estamos a nos perguntar por que existe tanta corrupção nos andares de cima - como nos fosse algo inteiramente alheio.

Anônimo disse...

Na última linha, quis dizer "... como SE nos fosse algo inteiramente alheio".

Anônimo disse...

Regina,

parabéns pelos comentários.

Por várias vezes, você enfatizou duas coisas das quais estamos carecendo: educação e família.

É por isso que, em função desta terrível fase de transição da humanidade, em que valores estão se desmanchando, o post menciona que uma das bússolas é o respeito às Leis vigentes. Justamente porque as pessoas estão como baratas tontas, sem referências e muitas vezes com medo de decidir entre o que acham certo e errado, com receio de serem discriminadas e não serem consideradas 'politicamente corretas'.

Você mencionou a Suíça, que voltou atrás em algumas de suas políticas de liberação das drogas. A mesma coisa está acontecendo na Holanda. Resumo: ainda não se sabe qual o melhor termo. Mais: o Estado (laico) ainda não sabe como lidar inteiramente com o livre-arbítrio das pessoas.

O Estado teoricamente serviria também para nos defender de nós mesmos. Mas se tomamos a decisão de nos destruirmos, como ficam as coisas, já que estamos no nosso direito? Estamos caminhando também dentro deste paradoxo.

Talvez nem todos saibam, mas toda nossa ética descende diretamente da relação do homem com o divino, ou seja, é fundamentada na religiosidade. Isso é História. Se está tentando substituir esta ética por uma outra, inteiramente fundada na observação e no raciocínio do homem moderno. Isso é terrivelmente perigoso, porque a ética que nos foi legada tem seus cimentos na vida de pessoas exemplares, nobres, além de utilizar também outros 'sentidos' (muitas vezes desprezados pelo 'império da mente'), como a intuição, a compaixão, a misericórdia e o sacrifício.

Estamos caminhando para um terreno único, totalitário, que é o da razão que se acha absoluta sobre todas as coisas. Tudo está sendo levado de roldão diante da razão e do direito de se fazer o que se quer: família, religião, tudo. Neste novo mundo, não sabemos mais quem é quem, pois nada tem raízes, começo, meio e fim. Só o que manda é o livre-arbítrio e o direito que se (acha que se) tem de se fazer o que se quer.

Curiosamente, encerro este meu comentário com o significado da palavra Islã: submissão voluntária à vontade de Deus. Embora seja a tradução de Islã, a mesma concepção vale para a maior parte das religiões.

Ou seja: quem crê em Deus, entrega sua própria vontade e seu livre-arbítrio nas Mãos do Criador. A partir desta entrega -que é um momento de comunhão que acontece dentro da própria pessoa- o ser humano começa a ser conduzido e deve desistir de querer cuidar da própria vida. Tudo o que faz, é orientado pelo Criador.

Para muita gente, é difícil entender esta orientação interior. Mas ela existe e acontece, desde que a pessoa abra seu coração à própria Alma que a habita. O resto, meus queridos, vem por acréscimo.

Quando isso é feito, a solidão acaba. E aí já não há mais preocupação em se ser politicamente correto, hipócrita, camarada nem nada. Pois você habita na serenidade.

Esta, na opinião que emana do meu coração, é a maior política de 'redução de danos' que um ser humano pode almejar.

Uma boa noite a todos. Abraços fraternos!

Anônimo disse...

Holofernes,

antológico. Copio e colo, para que todos os amigos leiam: "O medo de nos descobrirmos (falsos) moralistas nos dissuade de combater o erro, convida-nos ao sossego do pesar estéril, em que não há culpados. Como o Brasil do Lula, onde tudo está de ponta-cabeça mas ninguém deve ser enfrentado, combatido - paz e amor para todos é a palavra de ordem, e talvez uma fórmula para não se comprometer."

Grande abraço e parabéns pela coragem!

Anônimo disse...

Olá amigos, em especial a Tereza, por estar aqui enriquecendo o debate com sua experiencia e pontos de vistas.

Em primeiro, concordo com a mudança da foto no site, estava tão forte, que eu não conseguia escrever nada, achei tambem que o tema é tão delicado, tão complexo, que drogas e aborto deveriam ser debatidos separadamante, pois acabamos misturando algumas posições em um assunto e outro.

Bem, vamos lá.

Olha, eu pessoalmente condeno o uso de qualquer droga que altere o estado de consciencia das pessoas, começando com o Alcool.

Depois, o cigarro tambem, mesmo não alterando a consciencia das pessoas, causa uma dependencia física e psicológica, altamente dimensionada, com o acréscimo de drogas sintéticas conhecidamente cancerígenas, com o objetivo declarado de aumentar a dependencia física do usuario.

Condenar qualquer droga, e não iniciar uma outra frente,criando uma restrição cada vez maior, a este mal que aflige a uma quantidade incontavel de pessoas, causando a desgraça em milhões de lares pelo mundo todo, seria no mínimo hipócrita e parcial.

Quer dizer, se vamos começar a encarar o problema de frente deveremos começar por nossa casa, e familia. Ou então esqueçamos.

Apenas com a nosaa mudança e coerencia poderemos falar com o teor da verdade,e com consequente capacidade de mudar o mundo.

Poderemos olhar nos olhos de uma pessoa e afirmar, que ela acreditará em vc, pois faz o que afirma.

Para começar os governos, e o nosso é um exemplo, tem ligações promiscuas com o crime organizado, vide jogos ilegais, bingo, jogo do bicho, e outras transgressões criminosas, daí para as drogas, não há distancia.Pois existe a necessidade delavar várias formas de dinheiro sujo e ilegal.

Vãrios politicos envolvidos nessas práticas, e ainda até como politica de governo como no Mato Grosso, com o Zéca do PT, entre outros mais que já conhecemos.

Sempre houve esta aliança entre alguns governos e o crime organizado, principalmente o tráfico de drogas.

Sempre que no Rio de Janeiro, algué queria ganhar uma eleição, se aliava, prometia fingir que não via o que acontecia com o crime, e tinha o voto de quase a totalidade dos morros, dominados pelo tráfico.

E controlava a repressão. basta notar o número de policias, civis e militares, envolvidos com o crime.

Ora, se não temos um governo com uma politica anti-drogas de verdade, se nada fizemos para fazer frente a esta infiltração do crime organizado na vida da sociedade.

Como vamos querer agora falar em prender mais ?

As cadeias estão super lotadas, não tem lugar para colocar,os mandatos de prisão não tem a mínima chance de serem cumpridos, são milhares, de milhares, e isto o poder público sabe muito bem, então estão tentando não colocar mais gente pequena lá dentro, pois perceberam que assim estão fortalecendo o crime, e perdendo a batalha.

Estão fortalecendo o exercito inimigo.

Estão tentando formas de encontrar um rumo, estamos todos perdidíssimos.

A meu ver um politica de repressão, um guerra total, como eu crei que um dia vai acontecer, a ocupação dos morros, como numa guerra mesmo, fecha tudo e controla, entrada e saída, pões o estado lá dentro, dá condições de segurança para o trabalhador, saúde, diginidade e civismo, ocupa o espaço que abandonou, e hoje colhe os frutos,põe exercito, força aérea, marinha, fecha fronteiras, faz pente fino geral na entrada de drogas e armas.

Assim então teremos alguma chance de avançar nesta batalha pela vida e dignidade do cidadão.

Então pessoal, não vai precisas jogar menores mais na cadeia, com outros criminosos, não vai precisas prender por fumar um cigarrinho de maconha.

Creio que no primeiro momento, a liberação e o estado assumindo o comercio destas droga, especialmente para viciados, com atestado médico, venda exclusiva pelo governo, a proibição total de venda paralela, com penas pesadas.

O dinheiro arrecadado com a venda sendo usado para educar as crianças sobre os efeitos, os perigos, e a recuperação de dependentes, ái sim podemos ter alguma luz no fim do tunel.

Reprimir radicalmente o uso, não funciona, como no caso do alccol nos EUA.

Liberar total,sem uma politica de estrangulamento da entrada das drogas no país,vai aumentar o consumo num primeiro momento, e corre o risco de acontecer o que alguns já colocaram.

A meu ver prender, jogar junto com criminosos, não funcionou, aí está o resultado e persistir no erro é burrice.

Creio que a discriminalização do uso da maconha, é um passo importante, mas o tráfico deve ser combatido com mão de ferro!

Tem coisas muito piores entrando em nossa sociedade, como o exctasy, que é sintético, o crack, que corroi o cérebro da pessoa´, heroína, morfina, ópio, tem de tudo aqui, apenas vão descobrindo aos poucos o quanto já estão fazendo parte da estátistica do cotidiano.

As drogas anabolizantes, que acabam com vidas, e dái vai, então falar em prender uma pessoa, geralmente menores, estudantes, profissionais,trabalhadores, por serem usuarios de maconha, é no mínimo a maior das das hipocrisias, e falta de visão mais ampla deste flagelo que assola toda a humanidade.

Só comparar em valores, a maconha perde feio do alcool, e do cigarro.

Vou terminar por ora, repetindo; Não sou favoravel ao uso de nehuma droga que altere a consciencia, ou cause dano de qualquer tipo nas pessoas.

Mas se liberar a maconha com uso controlado, para combater outras drogas mais danosas, e gradativamente ir criando programas de orientação, e amparo aos usuarios como forma a recupera-los, então sou a favor da discriminização desta.

Não uso, já experimentei em minha adolescencia, e sei do que estou falando, já bebí um pouco de alcool tambem, e já fumei cigarros, então não estou falando em teorias,comecei por mim mesmo.

Um abraço fraterno a todos, e grato pelas sábias ponderações.

Isto aqui é que é debate construtivo...

E um prazer opinar aqui.

Anônimo disse...

Obrigada Petrus pela gentileza. De fato há 17 anos trabalho com saúde pública, em parceria com a OMS e a OMS para a América Latina. Então da mesma forma que Jakob tem idéias pelo que disse um amigo dele, eu tenho outras por experiência própria também.

A ciência nos defronta hoje com inúmeros dilemas éticos: uso de células embrionárias, onde começa a vida, aborto em casos de fetos inviáveis (que sem a modernidade não saberíamos sê-lo).

Não pretendo propagar a relatividade de tudo, mas o absoluto corre o imenso risco de ser um absoluto diferente para cada um de nós.

Qualquer um que já tenha lido sobre o livre arbítrio, no talvez maior dos teólogos que conheço, sabe que não quer dizer: faça como quiseres e tudo bem. Pagarás um preço pelas tuas decisões, claro.

Educação, valores éticos, familiares a despeito das diversas formas que a família vem tomando, seriam sim uma resposta mais adequada, embora não infalível. Sempre existiu aborto e sempre existiu drogas.

Falo apenas, que em ternos de saúde pública, as preocupações se baseiam no que acontece hoje, não no que acontecerá depois de termos tudo isso. (se um dia vier a acontecer...)

Holofernes por exemplo já percebi me entendeu mal, escreveu que a foto era sensacionalista em maiúsculas, como uma crítica. a intenção do Jakob não era, o conheço há muito, mas a foto era sim.


De minha parte, não tenho medo de falso moralismo ou de hipocrisia para defender o que penso. Conheço detidamente centenas de histórias de cada uma das situações e deixarei a quem acredita, o julgamento que essa pessoa deve receber. De mim, só receberá conforto, a vida já o destratou o suficiente. Não serei eu a atirar a enésima pedra...

Um abraço a todos

Anônimo disse...

Se me permitem, a dica de um livro: "´Histórias que curam"-conversas sábias ao pé do fogão, de Rachel Naomi Renten.
Desculpem se houver algum erro, não estou com ele em mãos.
Abços
Tereza

Anônimo disse...

Petrus,

ótimos comentários. Grato pelas palavras. Este é o objetivo do espaço: suscitar dúvidas, instigar e mexer com o interior de cada um. A proposta aqui não é trazer soluções, mas levantar questões sobre temas que nos rodeiam.

O post nasceu de uma convergência de políticas recentes em diversas áreas, todas chamadas popularmente de 'redução de danos' (embora a Tereza possa não concordar, é como estão sendo chamadas em diversos segmentos, não apenas na área da saúde). Sua tradução seria: buscar o 'mal menor'. Por isso, aborto, drogas e sexualidade na infância vieram à tona, juntas, num só post.

As drogas -que já foram chamadas de Paraísos artificiais, pelo poeta Baudelaire- hoje são um dos maiores flagelos da humanidade. È difícil ficar impassível a respeito.

O post não propõe condenação a ninguém, mas que o Estado assuma seu papel e que haja em todas as frentes de forma propositiva, dentro da Lei. Que pare de amparar e apoiar políticas duvidosas, que não têm amparo nem da população, nem da Lei.

Todo aquele que padece de qualquer dor, deve ser amparado. Esta é minha visão pessoal e é o que eu procuro praticar. Mas aqui estamos falando de política. A seara, portanto, é outra.

Tereza,

fico contente que você esteja aqui. Embora não seja santista e ache que seu time vai afundar de vez, há muitas outras coisas bacanas na vida, certo? E talvez uma delas seja refletir sobre o mundo que nos cerca.

Sobre a foto, eu me senti muito mal quando a encontrei e coloquei. Desmontei diante da fragilidade daquela imagem, mas a mantive, como fator de provocação explícita, até que uma pessoa muito querida me disse que concordava com o post, mas que a foto era dura demais. Então a tirei. Mas de coração, não a acho sensacionalista. É sensacionalista mostrar algo que possa fazer com que nos sintamos culpados? Seria isso? O que deveríamos fazer? Não ver? Deixarmos isso para os especialistas?

OK, ninguém pode condenar ninguém, exceto Deus, em Quem você diz não acreditar. Então, fica tudo por isso mesmo? Tudo sempre passa batido, Tereza? Devemos nos calar sempre e permanecer em cima do muro? Será que não existe uma grande diferença entre condenar uma pessoa e condenar uma ação que por si já é condenável? Sabe quem dizia isso? Gandhi.

A foto é apenas um lembrete. Quem tiver a consciência em paz e conseguir esquecê-la, que o faça!

*******

Realmente, na área das drogas, recebi mesmo informação de um amigo psicólogo, que foi inclusive ameaçado por pessoas 'politicamente corretas'.

Quanto a educação, é experiência pessoal, vista e observada em algumas escolas que pude visitar. Só posso lamentar o que vem acontecendo e graças a Deus meus filhos têm se mantido distantes de tudo isso. Procuro, dentro do possível, fazer a minha parte, sem falsas moderações ou hipocrisias. Não tenho receio de dar nome aos bois, quando é preciso. Igualmente, se vejo que um filho meu pode se envolver com alguém que pode conduzi-lo a uma situação perigosa, não penso duas vezes em falar objetivamente e em agir.

Sempre houve drogas, abortos, pobres e ricos. Isso é a história da humanidade. E é evidente que não creio que isso vá acabar um dia, até porque, para mim, que creio com todo meu ser no Criador, este mundo não é mais do que uma escola.

E é isso, minha querida Tereza, que estamos todos tentando fazer aqui: aprender uns com os outros, inspirar-nos mutuamente, de forma a melhorar um pouco a nós mesmos e a vida de todos com quem nos contatamos diariamente.

Um abraço fraterno a você e a meu monge-guru, Petrus

Jai Guru Deva Om

regina disse...

Tereza,
Fico feliz que você veio juntar-se a essa turma maravilhosa que nosso amigo Jakob agregou.
Já somos como velhos amigos, penso eu.
O dia que algum deles não opina,ficamos pensando: Por que será que fulano não marcou sua presença neste post.
Eu a conheço do Blog da Patricia Campos Mello do Estadão.
Sou santista como você, o que sem dúvida traz uma certa agitação ao meu casamento com um São Paulino, mas ele permite que eu coloque todos os posters de campeonato na parede.
Papai era de Santos e do Santos ,até o ano passado quando faleceu, era o mais antigo socio vivo de carteirinha e tudo, sendo assim tenho um acêrvo impressionante sôbre a trajetória de nosso querido Santos Futebol Clube.
Curiosamente ele naõ gostava do Pelé.
Faleceu com 92 anos.O coração aguentou até o fim.
O Jakob colocou que você não acredita em Deus, mas acredita no Santos já é alguma coisa.
Continue conosco,o ambiente aqui é ótimo. Recomendo a vizinhança.
Um abraço

Anônimo disse...

Petrus,

tudo é relativo. Maconha pode ser prescrita até como remédio (entre outras coisas, cogita-se que
previna a evolução do Mal de Alzheimer). Mas, enquanto hábito juvenil, é o cartão de visitas da
cocaína e do crack, que são coisas indiscutivelmente terríveis. Se a pessoa entrou na maturidade e se manteve limitada à maconha, ótimo! Não estará sujeita a maiores perigos, restrita ao seu relaxante "orégano", menos danoso que o lícito cigarro. O diabo é a maconha enquanto agente social, aí o seu grande estrago.

E o usuário, maroto, desempenha papel fundamental, e não apenas como fator de demanda sustentando o crime organizado. Maconha ainda é STATUS. Prestígio mesmo, por incrível que pareça. A pessoa que resiste é vista como insegura, desafiada pelo grupo. Tentada, e não por traficantes, mas pelos amigos "descolados". Quando na faculdade, fumei maconha e, ato contínuo, fui apresentado ao famigerado "açúcar". Sem gastar um puto, sem ter que tratar com traficante algum. Apenas a determinação dos colegas em "batizar" mais um e a força da minha própria curiosidade. Tive a grande felicidade de, nesses contatos, provavelmente ter consumido mais bosta de vaca, orégano, açúcar cristal e pó de mármore do que material "de qualidade". E essa disseminação galopante no ambiente de uma universidade, onde todo mundo é esclarecido, informado.

Essa tremenda condescendência, bom Petrus, está na base de tudo. Maconha tem que ser estigma,
não status! E como se consegue isso? Com admoestaçõezinhas? Que jovem não caçoa de postulações
bovinas? De fato, a cadeia não será, de início, boa solução. Antes se recomendaria algo como uma pena alternativa, tipo serviço social em clínicas ou manicômios junto a enfermos toxicômanos.

Havendo reincidência, difícil dizer que a cadeia seja pior que a liberdade. Naquele confinamento, pelo menos, existem condições de se romper o vínculo físico e psíquico com o mal. E, talvez o mais importante, instauraria o MEDO entre a rapaziada. O ser humano, como o rato, age conforme a expectativa de castigo ou recompensa. Quando souberem que dá cadeia pra valer, a decisão já não será tão despreocupada. E a teia de hábitos sociais que ligam o jovem à cocaína (repito, o grande perigo do "inofensivo" basê) seria duramente confrontada.

Obviamente um procedimento carcerário haveria que ser observado: não estamos falando de jogar um garoto assustado numa cela com autores de crimes violentos. Mas veja que, para quem já está preso à miséria de sua própria mente, alguma restrição à liberdade física pode ser uma real
oportunidade de libertação. Desnecessário frisar que tal proposição sempre soará aos ouvidos do grande interessado como absurda, impressão que tende a contaminar de escrúpulo paralizante todos
que o amam.

Conheço gente próxima que está aí, afundando-se diante dos olhos de todos. A família tem medo de
tomar uma atitude mais enérgica, até por falta de segurança no que está fazendo, e a pessoa
segue livre rumo ao desastre. O único recurso: rezar para que resista a todos os sobressaltos do
vício e escape do mesmo unicamente por força de sua consciência e vontade - o que, convenhamos,
pode ser pedir demais da Providência e do indivíduo.

Tereza,

a própria expressão "atirar pedras" implica restrição de atenção (e, por conseguinte,
exclusividade de consideração) às pessoas interessadas no aborto. Você percebe que é como se a
criatura objeto do ato não existisse, não tivesse um "ponto de vista"? Que criatura é essa? Um
micróbio? Ou uma pessoa? Sendo produto de duas pessoas, mais provável que também o seja. Por que aceitar o sacrifício de sua vida? Por ter vindo em má hora? Por atrapalhar, por certo muitíssimo, as vidas dos que a conceberam? Veja que não se trata de julgá-los, "apedrejar" esses
que conhecemos e a quem não desejamos, em absoluto, mal algum, mas de considerá-la a ela, a pessoa fruto do desastre. O que faz dela alguém irremediavelmente desimportante? Se refletirmos,
concluiremos ser o fato de não ter amigos ou conhecidos que intercedam por ela.

Aliás, na percepção de quem aceita o aborto, quem o condena o faz sem legitimidade de sentimentos. Como pode alguém reivindicar ter mais consideração por um infeliz sem nome ou rosto
do que aqueles que nem a natureza pôde comover - seus pais? Estaremos diante de arenga moralista insincera? A seguir tal raciocínio, o próprio crime poderia ser relativizado. Bastaria encontrar a criatura certa, alguém que fosse um "zero", do tipo que, quando morre, o cadáver fica à disposição para estudo em faculdades de medicina. O assassino de tal pessoa não poderia ser objeto de denúncia moralmente honesta por parte de quem quer que fosse; quem teria legitimidade para se condoer do falecido? Quem senão o Estado, esse mesmo que criminaliza o aborto? Reconhece a identidade do princípio? O Estado protege o direito à VIDA, e dispensa saber de quem.

Na base desse paradoxo (não "atirar pedras" nos autores, deixar matar a vítima), está a mesma condescendência que inibe o combate às drogas. Sabemos que podemos errar, ou o podem nossos
entes queridos, e temos vertigem de nos comprometer com o combate ao erro. Se posso errar, se vou errar, melhor demonstrar coerência com a hesitação da qual espero ser beneficiário. Difícil será, entretanto, eu delimitar até onde julgo adequado que a sociedade compartilhe a minha tolerância ao erro. Nepotismo pode? Corrupção pode? O padrinho e o afilhado, o que suborna e o embolsador não são maus - estão tão somente "cuidando de suas vidas". O prejuízo que causam a terceiros é dano colateral involuntário, e, assim como se dá com quem consome drogas ou aborta, eles também não querem nem pensar a respeito. Estão fazendo o que julgam razoável a si mesmos e torcem para que os outros sejam cúmplices, indulgentes, e se reconheçam nessa fraqueza,
compartilhem-na, compactuem com ela. E tem muita gente honesta, que nunca lesou ninguém, a se
perguntar se também não se locupletaria caso estivesse lá, no repleto de tentações andar de cima. A resposta pode estar aquém, aqui mesmo, no andar de baixo...

Anônimo disse...

Regina

Obrigada pelas boas vindas, mas tá difícil eu me fazer entender.
Minha questão é SAÚDE PÚBLICA. Ponto. Final. Não defendo nem acuso aborto, drogas, ou qualquer coisa. Trato dessa gente, que é meu papel de médica, não julgá-los, isso é com a justiça e para quem acredita, Deus. Redução de danos como falo diminuiu AIDS entre os usuários, fez menos mal a muitos fetos ao conseguirmos que adolescentes trocassem o crack pela maconha quando grávidas, etc. Ideal??? Longe, muito longe...

A opinião da Tereza (pessoa) não interessa e não foi expressa, nem perguntada. Logo já coloquei no primeiro post que acho complicado porque na defesa da vida (argumento anti-aborto), porque a vida fruto de um estupro seria menos vida? Se é pela indesejabilidade da criança, todos que abortam a têm. Nesse sentido a igreja é mais coerente.

Não sei porque tudo que posto é rebatido e agressivamente: já sou a favor da corrupção, do nepotismo, da falta de cumprimento às leis, do aborto e dane-se o feto, das drogas, do relativismo, de não crer em Deus, de aceitar o crime, de achar que o feto é um micróbio, de achar a foto sensacionalista porque deixa as pessoas culpadas, de estar em cima do muro (tucano não, por favor...)....

Sou politicamente correta, não sei do que falo, não conheço os melhores trabalhos com drogas (que não é só parar de usar, mas ser acompanhado e não recair) e sei mais lá o que...

Fora vc (Regina) e Petrus, que nem disseram que concordam (exceto com o fato de vc ser tb santista), não me senti bem. Então não é pela discordância, é pela forma.

Mas vcs estão por aqui porque querem e eu respeito, os posts estão ótimos, vcs gostam da forma que funciona então os incomodados é que se retiram...

Só acharia mais produtivo a gente postar o que acha, debater as idéias, mas na dúvida perguntar: fulano, o que vc quis dizer com isso? Ou falar que foi a interpretação dada por mim de uma opinião o que estou respondendo. E não ir tirando conclusões apressadas e muitas vezes ilegítimas...A comunicação direta já é capciosa, imagina a via net...

Berlinda na certa para os discordantes, mesmo que vcs não percebam, mas já que Jakob diz que estamos aqui para refletir e melhorar, podem discordar do que escrevi, mas reflitam ao menos..

Toda boa sorte ao blog que tem assuntos ótimos.
abraços a vcs

Anônimo disse...

Em tempo, o Ministro da Saúde se expressa MUUUUITO melhor que eu


http://www.estadao.com.br/ultimas/nacional/noticias/2007/jun/14/40.htm

Anônimo disse...

Não saiu inteiro, vou quebrar para ver se dá certo:

http://www.estadao.com.br/

ultimas/nacional/noticias/2007/

jun/14/40.htm

Anônimo disse...

Amigas e amigos,

bom dia a todos.

Holofernes,

há uns 10 anos, num grupo de meditação que eu frequentava, sempre depois das reuniões, os participantes ficavam bastante à vontade e conversavam sobre si mesmos, experiências interiores e de vida etc.

Numa destas ocasiões, não me lembro bem porquê, começou-se a falar sobre aborto. Então, uma senhora, na faixa de seus quase 50 anos, nos contou que já havia abortado 17 vezes. Exatamente isso que você está lendo.

Claro que ninguém a condenou, nem falou nada. Apenas a ouvíamos. Mas não sei porquê, o número me ficou gravado na mente. Me lembro que ela contava tudo com bastante tranquilidade, como se fosse um relato de uma ida ao cabeleireiro ou algo assim.

Acho que o que me impressionou (principalmente depois, quando as imagens começaram a se juntar dentro de mim como num quebra-cabeças) foi isso: esta estranha jovialidade ao falar sobre seus abortos.

A verdade é que, consciente ou inconscientemente, nenhum de nós condena o aborto, de fato. Vemos sempre como algo de foro íntimo da mulher, como se pudesse ser considerado, muitas vezes, uma função de eliminação e excreção.

Vejo que há, em mim mesmo, esta flexibilidade. Por exemplo, se uma pessoa roubar alguém, ela estará ferindo a Lei. E eu provavelmente acharia certo que ela pagasse por isso.

Mas se uma mulher aborta, eu não penso assim. Meu primeiro impulso é pelo perdão e compreensão. É por acolhê-la e ajudá-la. Por que eu (nós?) sou (somos) assim? Me tomo como exemplo de minhas próprias contradições, para tentar entender um sentimento que, pelo que vejo, é generalizado.

Deixo a reflexão em aberto, Holofernes, para que você ou qualquer outro amigo(a) a completem.

*****

Anônimo disse...

Tereza,

No nosso jovem blog (ainda não completou um mês de vida) todos os comentários são equivalentes e têm peso igual, ou seja: são alimento para nossa reflexão cotidiana e para, se possível, criarmos alguma interação.

Como alguns trechos do seu comentário referem-se diretamente a algumas coisas que escrevi, procurarei esclarecer alguns pontos para todos que participam deste espaço:

1) Quando você mencionou sobre o peso do aborto em relação a estupro, eu apenas mencionei que acho este aborto (gravidez indesejada após estupro) lícito, como opinião pessoal e também porque a Lei o permite. Só isso. Pessoalmente, eu acho que se uma mulher passasse por um estupro, deveria imediatamente fazer ocorrência na Polícia e ir a um hospital, impedir eventuais consequências do ato (como uma gravidez indesejada). Mas se por acaso a gestação acontecer, não pensaria duas vezes em apoiá-la num aborto. Seu questionamento é bom a respeito. É mais uma vida também. Por que apóio isso então? Pelo horror do ato e suas consequências psíquicas? SIM, é minha resposta. Por que como homem talvez eu seja machista e acho que seria uma mácula muito grande para ela e futuro ou eventual companheiro? SIM, outra vez. De toda forma, me escudo na Lei para diminuir um pouco minha angústia neste ponto.

Não sei se você observou, mas toda a tônica do post é defesa da Lei existente, nada mais.

2) Não houve um 'ataque' pessoal a você nem a ninguém aqui, apenas dei minha opinião a respeito. Faz parte do debate em função da dinâmica do próprio tema às vezes tocarmos em temas espinhosos. Talvez o assunto seja por demais contundente e fira nossas suscetibilidades, mas sugiro que você releia os posts e destaque qualquer menção direta ou indireta a você, que possa ser considerada agressiva. Não há. Não são à "pessoa" Tereza. São exatamente isso: uma reflexão. O que você e outros aqui falam, suscita dúvidas e novas reflexões.

3) Você mencionou que achava a foto sensacionalista. Eu discordei de sua impressão -porque de fato não condiz com a realidade de quem a postou (no caso, eu)-, expliquei o que senti a respeito e depois a questionei sobre sua própria impressão.

4) A única pessoa aqui que usou a expressão 'politicamente correto' fui eu. E em nenhum momento isso se referiu a você. Eu sou desde sempre inimigo desta postura, que me parece ser uma das coisas mais hipócritas que o sistema cooptou do discurso da esquerda, primeiro nos EUA, depois 'exportando' para o mundo (e para nosso sempre neocolonizado Brasil).

Isso não tem nada que ver com você, e me vejo na obrigatoriedade de falar aqui, porque a única vez em que este jargão foi empregado no espaço, o foi por mim. Tereza, eu jamais uso indiretas. Também, infelizmente, às vezes não sei ser sutil. Mas não há intenção de agredir, jamais.

5) Peço desculpas por ter mencionado que você não crê em Deus. É que já vi você fazê-lo tantas vezes (não aqui, é verdade), que me pareceu algo normal. Se a expus, peço-lhe e a todos no blog desculpas.

Eu mesmo fui ateu, Tereza. Há muitos anos. E (rs) graças a Deus (de verdade) deixei de sê-lo. Há um livro maravilhoso chamado "Niels Lyne", de Jens Peter Jacobsen, que era o escritor favorito do grande poeta Rilke. É sobre a vida e a morte de um ateu. Simplesmente maravilhoso! Recomendo. Toda sua humanidade é trazida à tona, independente de sua relação teológica ou teleológica.

Mas o que eu quis mesmo dizer naquele momento foi apenas isso, Tereza: OK, será que sempre tudo ficará por isso mesmo? Não haveria algum meio termo, entre a não-criminalização e a não-responsabilização? No fundo, foi isso que eu quis dizer.

6) Desculpe qualquer mal-estar, mas aqui ninguém está se dirigindo ao íntimo de ninguém, no sentido de expor ou ferir. Ao contrário.

Desde que este espaço se iniciou, jamais tivemos uma única rusga, em um mês. Houve discordância de opiniões, mas nunca rusgas, desavenças, ofensas ou deselegâncias.

A proposta deste espaço desde o começo é instigar e conduzir à reflexão. Cada post é escolhido não apenas no cotidiano de agora, mas a partir de nossas inquietações. A própria periodicidade dos posts foi alterada em função de um pedido dos participantes. Somos, portanto, um blog, mas também um grupo de pessoas interagindo. Gosto de todos que estão aqui, sem exceção. É fato. O que a Regina falou é verdade. Estamos mesmo criando laços de relacionamento e amizade, ainda que, pela distãncia e 'invisibilidade mútua', este relacionamento seja dentro de nosso próprio espaço interior.

De toda maneira, Tereza, como sou responsável pelo espaço, se houve alguma palavra que tenha saído desavisada, da parte de quem quer que seja -principalmente da minha-, desde já lhe peço sinceras desculpas.

Um abraço fraterno e estou à disposição!

Anônimo disse...

Bom dia a todos!Jakob: Um comentarista do blog do Guterman apresenta em seu comentário uma percepção errada de que estamos aqui a defender o aborto. Vou deixar como sugestão, balanço para ele refletir e convidá-lo a comentar aqui na página o que a sua religião defende sobre o tema.

Na América Latina, região que concentra cerca de metade dos católicos do mundo há restrições ao aborto em quase todos os países - só Cuba e Guiana liberam a prática. A religião católica equipara a prática ao assassinato.

Na Cidade do México legalizaram o aborto na capital, desde que nas 12 primeiras semanas de gestação. A Corte Suprema do México ainda vai analisar se a lei é constitucional.

Em MONTEVIDÉU - Escritores, músicos e duas ministras do Uruguai aderiram a um abaixo-assinado na Internet pela legalização do aborto, depois de uma moça de 20 anos ser processada por interromper uma gestação.

Cerca de 3.500 pessoas já assinaram o documento no site www.despenalizar.blogspot.com desde 1o de junho, inclusive as ministras de Interior e Desenvolvimento Social. O escritor Eduardo Galeano e o cantor Jaime Roos estão entre os intelectuais que aderiram.

No Uruguai é permitido em caso de estupro, de risco à vida da gestante e no caso de grave dificuldade financeira da mulher(Fonte:Reuters/Estadão).

O médico Drauzio Varella disse nesta terça-feira que o aborto no Brasil já é liberado para quem pode pagar. Mesmo sendo contra a interrupção da gravidez, ele defendeu a legalização do aborto para fetos de até três meses.

Como Drauzio Varella disse, o aborto é uma pratica que já é liberada por debaixo dos panos e rechaçada como uma forma de "grife"

Anônimo disse...

Tereza,

li a entrevista do ministro José Ramos Temporão. É sensacional. Finalmente um Homem (com H) que se posiciona contra o reacionarismo clerical e o fascismo politicamente correto, que tenta impor a licenciosidade a toda a sociedade, sob a cortina do 'livre-arbítrio' e dos 'direitos individuais'. Reproduzo trechos aqui, para que aqueles que se revoltam contra o atual estado de coisas vejam que existem pessoas lutando por um mundo verdadeiramente mais livre e menos manipulado.

Vai de encontro a tudo que o post conclama: seriedade no trato de questões públicas relevantes.

*************

"(...) BBC Brasil - O senhor falou bastante nos últimos meses de assuntos muito polêmicos, mudanças na legislação de propaganda de bebida, ampliação da distribuição de anticoncepcionais. Muita gente critica, diz que esses assuntos são da esfera privada e o governo devia se concentrar mais em outras coisas, como epidemia de dengue e filas nos hospitais. Qual é a prioridade do governo?

Temporão - Esta é uma visão atrasada da saúde, que eu combato. É uma visão estereotipada. No caso da propaganda de bebida, por exemplo, que isso seria uma interferência na liberdade de expressão. Que tipo de expressão? Submeter crianças a uma propaganda obscena, de estímulo irresponsável ao consumo de bebida? Não vejo nenhuma liberdade de expressão nem de opinião. É uma responsabilidade do Estado, proteger a saúde pública. Eu acho que esta é uma questão falsa. Não vejo nenhuma sustentação de que o Estado não tem que se intrometer. Acho até engraçado esta coisa de código de auto-regulamentação.

BBC Brasil - Houve críticas muito duras à distribuição de anticoncepcionais.

Temporão - Só a Igreja que é contra. A Igreja não tem nada a ver com isso. A Igreja tem que prescrever seus dogmas aos que militam. O Estado não está obrigando ninguém a consumir pílula nem nada. Estamos informando para que os casais e as mulheres possam optar conscientemente pelo método que se adapta mais à sua visão de mundo e à sua peculiaridade.

Os casais que seguem os dogmas da Igreja vão usar o método natural, com todos os riscos que este método implica. Agora, a Igreja católica querer prescrever ao conjunto da sociedade sua visão não me parece razoável.

O Estado brasileiro é um Estado laico, não tem nada a ver com a Igreja. A Igreja transmita aos seus fiéis os seus princípios, o Estado tem que cuidar da saúde pública. Não estou nem um pouco preocupado com isto. Isto pra mim não tem a menor importância. Eu diria mais: 90% dos brasileiros aprovam o uso de camisinha, a Igreja é contra. O que eu percebo aí é um grande conflito entre a visão da Igreja e a visão da sociedade. Um conflito total, uma ruptura. (...)"

Sobre o aborto

"(...)BBC Brasil - E o que o Executivo vai fazer?

Temporão - Já fez. Lançou a política de planejamento familiar. Porque no limite, quanto mais informada, ou mais acesso aos métodos as pessoas tiverem, em tese, reduz a oportunidade de uma gravidez indesejada e reduz o recurso ao abortamento clandestino. E colocou para a sociedade esta questão.(...)"

**********

Anônimo disse...

Mohammad,

bom dia. Bacana o que você diz. Pelo menos, esta tal pessoa está visitando nosso espaço e conhecendo nossos pontos de vista. Espero que venha a nós, para debater e refletir conosco!

Abraços fraternos

Anônimo disse...

Tereza

Não percebi essa agressividade do pessoal, mas concordo com a médica e com a Tereza, esse é o trabalho que tem que ser feito, alguém tem que fazer, se estamos no caminho certo, só o tempo dirá. Podemos discutir princípios ideais e teóricos, pois indicam a direção certa, mas em um mundo não ideal, alguém terá que fazer o trabalho, é como na política, temos bons políticos?, acredito que temos uma minoria, são perfeitos? óbviamente que não, outro dia vi o Pedro Simon fazendo um discurso emocionante na TV Senado e acabando com o Lula, a certa altura, fez um elogio ao governo do José Sarney que estava presente, talvez ele nem acreditasse no momento naquilo que estava falando, talvez fosse até contra um de seus princípios, porém o jogo da política, como é atualmente, pede isso. Os ideais são necessários como norte porém na vida real devemos agir conforme esta nos apresenta, não considero isso estar por cima do muro.
Meu pai me dizia uma frase que na época eu contestava, o ótimo pode ser inimigo do bom, achava muito pragmática, mas hoje dou uma certa razão ao meu imprescindível( segundo Brecht) pai, que é médico também. Espero que continue comentando neste espaço maravilhoso, onde aprendo muito. Concordo com a médica e a Tereza eu acho ótima.

Anônimo disse...

Grande Rogério,

veja este video. Vai curtir. Incrível como no Youtube TEM TUDO!

http://www.youtube.com/watch?v=H7KrlDZ5Hkw&NR=1

Anônimo disse...

Valeu Jakob, verei na lan House, como sabe, aqui não posso ver e na minha cabana não tem nem telefone.

Anônimo disse...

Rogério,

Monday Monday, de Mamas and the Papas.

Abraços fraternos

Anônimo disse...

Tereza,

apenas para desencargo de consciência, devo esclarecer-lhe que você NÃO foi, em absoluto, acusada de:

1- Ser a favor do nepotismo.

2- Ser a favor da corrupção.

3- Achar que o feto é um micróbio.

Você singelamente a todos convidou para que refletissem sobre as suas palavras, o que me encoraja a sugerir que você leia mais uma vez os trechos de meu comentário, com efeito dirigido a você, nos quais refiro as idéias mencionadas nos itens acima.

Nem peço que volte lá; repito aqui para você:

1- será o feto um micróbio?

Não afirmei que você ache isso. Salientei que as pessoas que aceitam o aborto, argumentam como se o feto não fosse PARTE INTERESSADA no procedimento. Falam como se toda a questão girasse em torno de "apedrejar" ou "compreender" os autores (e o pai sempre estará incluído, ainda que como autor por omissão). A pergunta é: afinal o feto é GENTE? Se não, como defini-lo? Se sim, e então? Continua sendo tudo questão de não julgar ou não "apedrejar" quem quer "se livrar" dele? Se ele for considerado gente, em que, essencialmente, ele difere de uma criança nascida?

Você ainda pensa que fazer esse questionamento equivale a acusar você de achar que um feto seja um micróbio? Nâo estarei, na verdade, convidando você a REFLETIR sobre a questão?

2- tolerância ao nepotismo

Ponderei que, se somos capazes, por consideração a alguém (um casal que deseja fazer um aborto, um adolescente que usa drogas), de FECHAR OS OLHOS aos danos a terceiros (o feto, os outros jovens) decorrentes das ações desse alguém que consideramos (e que estamos determinados a "compreender"), essa atitude nossa está próxima ou distante da tolerância ao nepotismo, por exemplo?

Num caso de nepotismo, ninguém perde a vida, nem pela pinça, nem pela droga, mas nem por isso deixa de ser gravíssimo, dado que o universo de terceiros lesados é particularmente vasto, de proporções federais, além da agressão a inúmeros princípios legais e burocráticos. Mas eis que a tolerância ao aborto e à utilização de drogas igualmente implicam considerável universo de terceiros prejudicados. Ou não?

3- tolerância à corrupção

Outra coisa que não atribuí a você, mas que relacionei como exemplo de aceitação de atitude nociva perpetrada em detrimento de outros.

Evidentemente que tanto o padrinho como o corrupto (bem como o afilhado e o corruptor) atuam NO ATACADO, ao passo que tanto o usuário de drogas como os autores de abortos poderiam ser considerados como atuando "no varejo", pela quantidade (menor) de indivíduos que prejudicam a cada ato isolado.

Mas serão disparatadas as comparações? Onde está a linha demarcatória da razoabilidade da "compreensão" a atos nocivos e egoístas? Será muito rude especular que tal linha possa se mover conforme a pressão das circunstâncias, dado que elementos em comum (ato egoísta, lesão a outrem) estejam presentes?

Anônimo disse...

Jakob,

o caso que você relatou, da senhora que abortou 17 vezes, ilustra muito bem esse entendimento (não muito consistente) de que o feto não seja alguém, mas um pedaço da mulher. Talvez algo como as amígdalas?

E só fica cabalmente comprovada a existência do homúnculo como indivíduo, agora visível (pois fora do útero), quando ele já era e não há mais volta.

Complicado é sustentar, com o recurso de palavras, que alguém tão completamente desconhecido de todos seja ALGUÉM, e não um mero pretexto para exercício de moralismo insincero e piegas por parte de quem quer "atrapalhar" a vida dos outros.

Anônimo disse...

Olá Tereza e amigos...

Pessoalmente não percebí qualquer agressão a algum comentario aqui, creio que temos colocado as nossas opiniões, cada um expressa o seu ponto de vista, e fim.Não tenho visto aqui a necessidade de alguém contrapor o ponto de vista do outro.

Creio que fica como cada um recebe as palavras do outro, creio que a Tereza explicitou esta questão da dificuldade de pontos de vista em palavras virtuais.


Pelo menos não temos assistido a esta sequencia aqui. Não há discussão, concorda´se ou não e fim.

Creio que esta não seja a dinamica de outros blogs, onde há mais discussão sobre o que o outro colocou, ponto por ponto, para mim não disponho de todo este tempo, e
energia para dispor neste divertimento.

Eu me posicionei apenas na questão das drogas, e o aborto vou me colocar depois, mas quero dizer que do ponto de vista de assistencia que é o ponto de vista da Tereza, eu concordo.

A minha posição sobre as drogas tambem foi essa, não do que o estado vai ou não fazer, deve ou não fazer, mas sim da questão vista do hoje, do agora, do que acontece em realidade, e de fatos com os quais me deparei.

Por isto citei várias drogas dentre as quais o alcool como incluso, senão qualquer tomada de atitude soa como preconceituosa a alguma das partes.

As regras ideais, a tomada de posição ideal, teria que envolver vários segmentos da sociedade para juntos chegarem a uma conclusão.

Não tenho opinião formada sobre esta questão, existem vários angulos para se analisar, ecada um com suas variantes sociais, morais, religiosas, culturais, de saúde, etc.

Creio que no caso de estupro, deveria ser analizado mais com calma.

Através das questão espiritual,creio que há um karma contraído, e é tão complexo este assunto que , realmente não tenho um opinião formada.

Inicialmente sou contra o aborto com regra social, mas que deve-se ter regras específicas onde serão toleradas e com amparo legal, e social, coisa que não passa de sonho, neste país, e neste momento.

Se uma ministra, frente a um problema do nível do apagão aéreo, e engarrafamentos em aeroportos, afirma " Relaxa e goza", onde um governador já afirmou; Estupra, mas não mata", sinceramente meus amigos que estão falando de aceitar ou não como regra social, fico na espreita, e meus pontos de vista não são definitvos nem a respeito de um tema e nem de outro. Estou aberto a novas tomadas de consciencia.

Como Gandhi, quero estar pronto a aceitar qualquer mudança de opinião que não fira meus principios espirituais.

Não estou naqui para condenar, e sim para aprender e colaborar.]

Aprendí que em certos momentos da vida, devemos manter uma posição aberta sobre determinados assuntos dos quais, não temos todos os pontos de vista colocados sobre a mesa.

Abraços a todos....

Caro amigo Jakob,..

Guru é aquela luz que desperta no discípulo envolvido na escuridão da ignorancia espiritual, a percepção de sua própria luz latente no interior.

Sou apenas outro cégo como muitos, e cégo só pode conduzir alguém a um precipicio.

Um abraço a vc e a todos do blog.

Anônimo disse...

Holofernes,

foi por isso que eu postei aquela foto. Me lembrei do discurso absolutamente tranquilo daquela senhora, falando de seus 17 abortos, como algo corriqueiro. Só que quando vi a foto, desmontei e vi que aquele discurso envolve algo a mais do que o usufruto da própria vontade e do livre-arbítrio. E vou confessar aqui, a você e a todos: eu chorei. E muito.

Abraços fraternos

Anônimo disse...

Novamente, parabéns a todos, pelo altíssimo nível dos comentários. Em particular à Tereza, que suscitou em todos nós tantas reflexões.

A verdade é que um post tão duro e cortante não poderia mesmo deixar de nos tocar em áreas dentro de nós mesmos, que, normalmente, deixamos em silêncio.

Petrus,

meu querido amigo, eu o considero muito, de verdade. Como você sabe, no caminho espiritual, ninguém que começou a jornada se considera iluminado ou portador de luz. Só quem pode vê-la são os outros que, de uma forma ou outra, a recebem sobre si.

Abraços fraternos!

Anônimo disse...

Petrus

muito engraçada sua tirada final.

Sua modéstia é mais uma demonstração de sua sabedoria, Sinceramente acho que está mais para guru do que para cego, e por sinal, um guru bem humorado.

Abração

Anônimo disse...

Pessoal, desculpem-me pela cola, mas esta opinião do jornalista da folha Hélio shwartzman lança outras luzes sobre este polêmico assunto.

Assassinos globais
Existem três drogas psicoativas de ampla utilização no mundo: álcool, nicotina e cafeína. As duas primeiras respondem por mortes que se contam na casa dos milhões. A última tem impacto desprezível --e tendendo a benéfico-- sobre a saúde pública.

Assim, qualquer debate sério sobre drogas é principalmente uma discussão sobre álcool e tabaco. A utilização de todas as substâncias ilícitas, mesmo somadas, não chega a uma fração mínima do consumo mundial de bebidas e cigarros.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabaco mata, por ano, 5 milhões de terráqueos (10% de todos os óbitos de adultos). Já o álcool ceifa a vida de 1,8 milhão (3,2%).

O quadro fica ainda pior quando se considera que é bem maior o número de pessoas que têm de viver com as graves seqüelas dos problemas de saúde provocados pelo hábito de fumar e beber. Isso sem mencionar os prejuízos econômicos engendrados por essas duas drogas, que, em escala global, chegam facilmente às muitas centenas de bilhões de dólares.

Assim, é alvissareiro constatar que governo, ainda que com algumas décadas de atraso, tenha começado a tomar atitudes um pouco mais enérgicas em relação ao etilismo. Falo da Política Nacional sobre o Álcool (PNA), lançada na semana passada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No Brasil, segundo dados da Secretaria Nacional Antidrogas (2005), 12,3% da população entre 12 e 65 anos pode ser considerada alcooldependente.

A PNA do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, prevê medidas em vários âmbitos, da ampliação do tratamento de alcoolismo a novas regras para a propaganda. As que se revelaram mais ruidosas são justamente as restrições que o governo pretende impor à publicidade.

E esse é, infelizmente, mais um campo em que o Brasil demonstra não ser um país sério. Embora eu seja pessoalmente favorável a banir a propaganda de todo tipo de droga, reconheço que a posição contrária --defender a publicidade como um subcaso de liberdade de expressão-- faz sentido. Só que nossos valorosos parlamentares resolveram ficar com os vícios dos dois modelos, desprezando seus benefícios.

Por força do poderoso lobby das cervejarias e dos meios de comunicação, a lei nº 9.294, que regula a publicidade de álcool, tabaco e remédios, criou uma exclusão indevida. Bebidas com teor alcoólico inferior a 13 graus Gay Lussac --leia-se cervejas e vinhos-- não são consideradas alcoólicas para efeitos propagandísticos.

É um pequeno escândalo, só explicável pelo fato de a indústria cervejeira faturar R$ 20 bilhões ao ano e investir R$ 700 milhões em publicidade e sabe-se lá quanto em parlamentares. No plano médico e científico, a diferença de tratamento entre bebidas fermentadas (que raramente passam dos 13 graus) e destiladas (mais fortes) não se justifica. O grau de intoxicação alcoólica de um indivíduo se dá em função do volume de álcool ingerido, e não da gradação do produto consumido.

Numa análise bem pragmática, é justamente sobre a cerveja que deveriam recair as restrições mais fortes, já que a estratégia de limitar a publicidade visa a evitar que os jovens comecem a embriagar-se e que eles em geral o fazem através de bebidas mais fracas, não de destilados.

Embora eu seja um defensor da liberdade de expressão em seus termos mais fortes --aí incluído o direito de nazistas de dizer o que pensam--, devo admitir que a noção de "liberdade de expressão comercial" nunca me comoveu. Difundir uma idéia é uma coisa; procurar induzir pessoas a consumir determinado produto, outra muito diferente, especialmente quando a mercadoria em questão pode ser nociva à saúde. Imaginemos que a cocaína seja descriminalizada amanhã. Quantos de nós gostariam de ver, no dia seguinte, Fernandinho Beira-Mar aparecendo na TV para anunciar as virtudes de seu produto?

Não acho que o Estado possa ou deva proibir as pessoas de fazer o que desejam apenas porque isso pode ser prejudicial a elas mesmas, mas daí não decorre que devamos incentivá-las a adotar comportamentos de risco. Cabe ao poder público municiá-las da melhor informação técnica disponível (algo que a publicidade procurará esconder, não revelar) e permitir que cada um faça suas próprias escolhas.

O que me deixa um pouco com o pé atrás em relação à real disposição do governo Lula para modificar a situação é o fato de o Planalto ter escolhido a via de decreto presidencial mais resolução da Anvisa para considerar a cerveja uma bebida alcoólica. Embora tal constatação seja óbvia na realidade fática, a coisa é mais complicada em termos jurídicos. Até um aluno de primeiro ano de Direito sabe que decretos e resoluções não podem contrariar uma lei. Teria sido mais sábio proceder à alteração por medida provisória.

Deixemos, porém, a questão publicitária de lado. Apesar do barulho que faz, ela é apenas um detalhe --e dos pequenos-- no PNA, que também inclui a proibição da venda de bebidas em rodovias federais e em postos de gasolina (aí em acordo com os municípios) e ações específicas voltadas para a comunidade indígena e assentamentos rurais, onde a prevalência do alcoolismo é maior.

São propostas que caminham na direção correta, embora sejam insuficientes para dar conta da magnitude do problema de saúde pública com que estamos lidando. Para avançar, o governo vai precisar perder os escrúpulos de estabelecer um controle mais rígido sobre os pontos-de-venda (inclusive de horário). Quem já passou em frente a uma favela já teve oportunidade de constatar que de cada dez barracos dois ou três são bares improvisados. Com uma oferta tão grande de álcool, é muito difícil, para não dizer impossível, tentar disciplinar o consumo para evitar abusos.

Outra medida importante, recomendada pela OMS, é a elevação da carga de impostos sobre bebidas, para torná-las mais caras. O governo, por alguma razão obscura, reluta em fazê-lo.

Também seria fundamental adotar quanto antes uma política de tolerância zero com motoristas embriagados. Quem bebe aceita, ainda que implicitamente, correr certos riscos. Só que um bêbado ao volante não é um perigo apenas para si mesmo, mas também para os que o cercam. Pesquisa de 2006 da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego revelou que 61% dos condutores que sofreram acidentes haviam ingerido bebidas alcoólicas. De acordo com outros estudos, essa proporção é ainda maior nos desastres que envolvem óbitos. Anualmente, o trânsito mata no Brasil cerca de 35 mil pessoas.

É bom constatar que estamos abandonando a fase da hipocrisia em relação às drogas. Ainda que com atraso, as autoridades vão atribuindo ao tabaco e ao álcool o peso que eles realmente têm na epidemiologia do vício. Resta agora descriminalizar as substâncias ilícitas e quem sabe no futuro legalizá-las. Não vamos com isso evidentemente tornar o mundo melhor. Temos a chance, entretanto, de transformá-lo num lugar um pouco menos pior para os que já vivem o inferno da dependência química. Estes pelo menos não precisarão preocupar-se com a polícia e os traficantes

Anônimo disse...

Achei interessante a idéia da tolerância zero para quem é pego dirigindo embriagado, pois não se trata apenas de fazer mal a sí mesmo, mas causar danos a outras pessoas também.

Anônimo disse...

Sobre o aborto considero, assim como todos os outros que aqui já comentaram isso, algo extremamente polêmico e que envolve não só todo o aparato legal envolvido, mas também a consciência e as crenças de cada um.

Apenas gostaria de comentar algo sobre a Igreja Católica, fazendo um gancho com o que o Jakob e outros companheiros aqui mencionaram.

Portugal e Itália legalizaram o aborto, claro que com uma série de restrições (não sei exatamente, mas com certeza envolvem um tempo máximo em que isto poderá ser feito). Os portugueses fizeram isso recentemente, enquanto na Itália a legislação foi aprovada ainda na década de 70.

Na visita recente do Papa ao Brasil, vimos todo um debate gerado sobre se vivemos numa nação realmente laica ou não.

Comentei sobre os 2 países por ser conhecido de todos o peso que o catolicismo tem nos mesmos (e também a força de certos setores católicos tradicionalistas dentro destas sociedades). No entanto, por serem nações declaradamente laicas em suas constituições, a força da Igreja (que ameaçou com excomunhões) não constituiu empecilho nenhum para que se abrisse um diálogo sobre isto.

Se é ou não algo correto, acho que fica a cargo do livre arbítrio de cada um decidir, desde que respeite os limites legais. Também não sabemos se será ou não legalizado em outros casos esse tipo de ação aqui no Brasil. Particularmente, posso dizer que ver aquela imagem inicial foi suficiente para me deixar com um nó na garganta e sem vontade nenhuma de acessar o vídeo.

Como o Jakob já mencionou ainda logo no início da discussão, sequer a legislação é cumprida à risca; o governo atual tem uma atuação totalmente dúbia quanto a isto, procurando meio que "agradar ao mesmo tempo a Deus e ao diabo".

Além disso, é hipocrisia combater de maneira ferrenha (como a Igreja o faz) orientações sobre sexo numa idade propícia a isso (claro que na adolescência) e a distribuição de preservativos e medicamentos que evitem a gravidez. A AIDS e outras DSTs são uma realidade triste e que não pode ser ignorada.

Antes de se pregar um moralismo questionável (haja vista os escandâlos em que padres católicos têm se envolvido) e ignorar todo o Universo à sua volta, como se ainda estivéssemos na Idade Média, é bem melhor discutir e tentar encontrar soluções que possam conciliar as diferentes visões que existem numa mesma sociedade.


Uma boa tarde a todos!

Anônimo disse...

Amigos,

recomendo a todos que leiam a entrevista do atual ministro da Saúde, sugerida pela Tereza, e da qual postei alguns trechos.

Rompe a barreira da hipocrisia e da inação. O Homem é sério.

Abraços fraternos

Anônimo disse...

Renato e Rogério, concordo com vcs, apenas acrescento que esta questão do aborto é tão complexa, que para se ter uma idéia, no conceito hindú, que aceita a tese da reencarnação, existem correntes que acreditam que a alma apenas entra no embrião três meses depois, já outra que é a que eu acredito, a alma entra o feto nao momento do encontro entre o óvulo e o espermatozoide.

Para os primeiros o aborto até os três meses não é considerado crime, já para os segundos, não acontece o mesmo.

Já ouví posicionamentos de pessoas no ocidente considerando que não há crime porque não é ainda um feto formado antes dos tr~es meses.

Isto quer dizer que há muita desinformação a respeito para se formar uma opinião mais direta e concisa.

Volto a afirmar, se depender de minha vontade, e ação, sou contra o aborto livre, mas sou a favor de estudar todas as possibilidades e pontos de vista, e assim levar em consideração outros pontos de vista, de acordo com cada caso apresentado.

Jakob, a consideração e amizade são mútuas.

Rogeprio...menos, menos.rssss

Meus queridos (as) amigos.

Grande abraço

Anônimo disse...

Muito boa exposição do Renato!
É exatamente o acontece. Muita peça de oratória e nenhuma visão condicionada a atualidade.

Uma conhecida minha certa vez me procurou desesperadamente. Casada, ela mantinha um amante esporádico. Engravidou do amante. Procurou-me dizendo estar desesperada por que não estava encontrando um remédio abortivo e com pensamento de enfiar sua camionete num poste. Questionei sobre se havia a possibilidade de ela encarar a gravidez contando para o marido. A circunstância que cercava o casamento, a relação com os filhos, os vizinhos e a igreja que freqüentava, não lhe deixava a menor possibilidade de assumir o filho. Seu caso era de caos total. De qualquer forma ela iria abortar. Estava inconvertível na sua posição. Aconselhei para que procurasse um hospital e ali contasse sua situação para o médico. O médico ouviu seu relato e sua irreversível situação. Ela voltou para casa. Comprou o remédio de uma sacoleira do Paraguai. Tomou o remédio e foi pro hospital. Lá, ela foi atendida pelo médico (o que ouviu seu relato) e fez todo procedimento para evitar complicações que os abortos caseiros proporcionam. Nem eu, nem o padre, nem ninguém ia mudar a situação que ela se meteu.

Anônimo disse...

Olá amigos,

chego meio tarde mas aqui estou. O "post" é interessantíssimo e polêmico. O artigo que o Rogério postou é bem esclarecedor.

Entre os maiores problemas do nosso país estão a FALTA DE EDUCAÇÃO, assim, com maiúsculas, e o ALCOOLISMO.

No Brasil (não só no Brasil, claro está) o álcool é festejado como em poucas partes do mundo. O bêbado e alcóolico é visto como algo "engraçado", quando deveria ser visto como uma pessoa doente, necessitada de ajuda e tratamento.

Mais da metade das pessoas internadas em hospitais psiquiátricos lá estão por motivos associados ao álcool.

Também o álcool é responsável por grande parte dos acidentes de trânsito, discussões e brigas, ferimentos, assassinatos, famílias destruídas...

No dia em que houver um real combate ao álcool, um esclarecimento para toda a população sobre os males que causa, no dia em que começar a haver EDUCAÇÃO, o problema das OUTRAS DROGAS começará a ter solução.

Da mesma forma, cairá enormemente o número de casos de gravidez não-desejada.

Seria muito interessante que a partir deste "blog" e da comunidade "Liberdade de Expressão", começasse uma campanha para que nossos representantes parlamentares começassem uma campanha contra a indústria etílica.

Para começar, a publicidade de bebidas alcoólicas deveria ser proibida, banida de todos os meios de comunicação.

A venda de álcool deveria ser proibida em bares e restaurantes à beira das estradas (como fez o Hugo Chávez na semana santa). Também deveria ser proibida dentro e perto de estádios, escolas e universidades.

A venda de álcool deveria ser restrita, os horários, limitados, e os impostos sobre bebidas alcoólicas deveriam ser elevados.

Abraços a todos e parabéns pelos comentários!

Anônimo disse...

Parabéns a todos pelos excelentes comentários!

Aproveitando o 'gancho' do Petrus, falo um pouco sobre o que o Islã diz a respeito de drogas, aborto etc. As citações são extraídas do livro "O Lícito e o Ilícito no Islã", do dr. Youssef Al-Haradhawi, tradução do prof. Samir Al-Ayek, editora Alvorada. Pode ser encontrado á venda em SP, na Mesquita Brasil e outros pontos de encontro islâmicos.

1- São consideradas 'haram' (proibidas);

2- Sobre as drogas, diz-se que "o consumo de coisas prejuciais é ilícito", inclusive porque "o muçulmamo não é inteiramente dono de si mesmo, pois ele é parte do espólio ativo de sua religião e comunidade". Esta é uma das regras da Sharia, e, nela entra, também o suicídio, que está proibido pelo Sagrado Alcorão:

"Não pratiqueis suicídio, porque Deus é Misericordioso para convosco" (Surah/Capítulo 4a., ayat/versículo 29). Portanto, homens-bomba e outras ações contrariam em essência o próprio Islã.

3- "Islã permite evitar a concepção (...), mas não permite cometer violência com a gravidez uma vez consumada."

"Os juristas (...) concordam unanimemente que depois que o feto está completamente formado e recebeu uma alma, é ilícito abortá-lo."

Agora sou eu, Jakob, quem escreve:

O aborto é permitido em casos de risco de morte para a mãe.

No Islã, segundo hadith (dito) do Profeta Muhammad, considera-se que o espírito entra no corpo em desenvolvimento do bebê a partir do sexto mês de gestação.

O Islã distingue claramente entre evitar a concepção e abortar. A primeira é lícita, a segunda, não.

Vidal,

sou inteiramente contrário ao álcool, desde sempre. É muito triste a condição de um alcoólico. Vamos nos organizar melhor e depois vamos, sim, preparar algum tipo de manifesto pela proibição completa de propagandas de bebidas alcoólicas.

Abraços fraternos!

Anônimo disse...

G.Vidal, Mohamad,

Afinal temos que começar de algum ponto mesmo,a questão das drogas é apenas o pico do iceberg.

Abraços, e grato pelos comentarios.

Anônimo disse...

Amigos e amigas,

segue o clipe de uma das músicas que mais gosto dos Beatles: "We can work it out". Em uma das frases (a letra é de John Lennon), se diz: "A vida é muito curta/ e não há tempo para brigar ou se confundir" (life is very short, anda there's no time for fussing and fighting, my friend).

http://www.youtube.com/watch?v=EdlKux504-c&mode=related&search=

Anônimo disse...

Rogério,

o artigo trazido por você é da maior relevância. O efetivo combate às drogas deve implicar a revisão do status legal de drogas devastadoras notórias como o álcool e o cigarro. Parece-me impositivo que a mesma lógica que se aplica à cocaína, por exemplo, comtemple o álcool. Se a primeira é ilícita, por que também não o é o segundo?

E me parece que o artigo carece de consistência exatamente na reta final, onde o autor conclui que a droga ilícita deva ser legalizada, ao invés de a lícita ser criminalizada. Sei, contudo, que na base dessa contradição jaz uma convicção de ordem pragmática, no sentido de que tal criminalização faria dispararem a criminalidade e, quem sabe, o desemprego.

Entendo que uma tal mudança radical cobraria, sem dúvida, preço tão alto e demandaria tanta energia do Estado (sempre na contramão dos interesses de grupos particulares) que a idéia sempre tende a ser minimizada como absurda e descartada logo de início.

Equacionar a contradição legalizando uma coisa como a cocaína, a meu ver, seria temeridade completa. Quando as pessoas se autodestroem levam consigo muitas outras, de várias formas, e considero que o Estado, pela iniciativa do legislador, não possa se omitir, que não deva abrir mão de sua força de coação para proibir e combater o mal. E as drogas, usadas como são, para fuga da realidade, são indiscutível ferramenta do mal.

Anônimo disse...

Eu coloquei em meu primeiro comentário, uma alusão ao uso da pilula do dia seguinte.
Se houvesse um trabalho de Educação e informação, pelo menos essa questão do aborto, teria uma redução de´praticantes e não de danos, como aqui se discute.
Acho bem melhor prevenir do que remediar.
E como fui informada, talvez a Tereza possa me dizer com mais conhecimento , dada a sua profissão,que a pilula do dia seguinte pode ser retirada gratuitamente nos postos de saude.
Isso é perfeito no caso de estupro.
Gostaria de uma análise do aborto ser fruto da falta de Informação.
Ou seria preguiça de ir atras de algum tipo de anti concepcional?

regina disse...

O comentário anterior saira´como anônimo,por imperícia da digitadora que sou eu.

Anônimo disse...

Regina

Concordo c/ seu ponto de vista desde que a compra desta pílula viesse com uma ocorrencia de estupro formalizada, assim se evitaria o uso descontrolado.

Um abraço a todos.

Agora refeltindo com mais calma a questão do post, creio que as autoridades estão consciente de que são impotentes, nesta questão na altura do campeonato.

Creio que estas soluções paliativas que estão formulando apenas podem complicar mais ainda, mas creio que o fato de estarem tentando encontrar uma saída para o problema já seja, algo positivo.

Anônimo disse...

Regina

Continua dependendo da idéia de onde começa a vida...
A pílula do dia seguinte impede a nidação (colagem) do ovo (que já é um espermatozóide e um óvulo) no útero. Portanto para quem acredita que a vida se inicia na concepção, é abortiva, o espermatozóide já se juntou ao óvulo...

Minha querida, não teremos saída fácil para o assunto...

A constituiçao garante a defesa da vida, mas não diz onde ela começa, e vimos que pelo que Petrus traz e Jakob, mesmo religiosamente é discutível...

Cientificamente então, nem se fala, mas alguns defendem que é no início da atividade neuronal (por volta dos 3 meses de gestação), comparando com a morte encefálica que permite aos familiares doar órgãos legalmente...(ou seja é a morte encefálica que define a morte do indivíduo).

Não sei dizer, ninguém sabe. Podemos ter sim é, no máximo, nossas convicções e crenças.
Abços
Tereza

OBS: Jakob, o Temporão é altamente técnico, da FioCruz, não ligado partidariamente ao PT. É dos nomes mais sérios e respeitados em saúde pública no Brasil e no mundo. Grande acerto do governo.

Anônimo disse...

Olá, amigas e amigos (ladies first, ladies first...)

bom dia a todos.

Petrus,

é complicado vincular a distribuição de um medicamento à obrigatoriedade de um B.O. por estupro. Sabemos que no Brasil cerca de 70% dos estupros acontecem no âmbito familiar e entre pessoas do convívio da vítima. A maior parte não dá queixas.

Quanto ao tema do post, Petrus, uma das questões é esta: o governo não tem que dar apoio a ONGs que estimulam ações fora-da-Lei, como esta do interior de S. Paulo que diz que vai "ensinar" mulheres a abortarem. Quem são estes caras para fazerem isso? Então eles estão acima da Lei e da Constituição? Compreende o perigo que é abrir um precedente desses? Até que a Lei mude, deve-se cumpri-la. Do contrário, com a abertura de um precedente, virão vários outros e o caos se instalará.

Por isso, é fundamental que o governo assuma seu papel e só delegue funções a quem estritamente cumprir as Leis vigentes. E que a igreja, fundamentalistas ou pró-abortos que busquem os canais que acharem necessários para se manifestar, sem fazer lobby ou jogar sujo.

Leia a entrevista do Tinhorão, postada pela Tereza. O Homem (com H) é sério.

Tereza,

realmente, a questão da concepção é muito complicada. Em termos espiritualistas (e não religiosos), o que se coloca é: Quando o espírito passa a habitar seu invólucro, ou seja, o corpo?

No Islã, isso é a partir do sexto mês. No cristianismo, a partir da fecundação. Idem no espiritismo.

Trata-se de uma questão extremamente complexa e que, no fim das contas, deve ser decidida no íntimo de cada um. Por mim, sou inteiramente favorável à disseminação de métodos anticoncepcionais. Isso me parece o mais importante.

Quanto ao Temporão, fico contente que uma pessoa séria esteja num cargo de tamanha responsabilidade. Ele é o oposto daquela ridícula Secretária ligada à área da educação, que tentou justificar o racismo de negros contra brancos, em nome de ressentimentos históricos. Gente assim não agrega nada; não constrói nada; não resolve nada.

Abraços fraternos a todos!

Anônimo disse...

Oi Tereza, grato pela informação a respeito da pilula, mais uma para embasar os pontos de vistas indivduais, religiosos ou não.

segundo o que vc coloca fica mesmo muito dificil fechar questão, sobre o tema aborto, as drogas podemos até ter muitos pontos em comum, mas no aborto que mexe diretamente com pontos de vista e enfoques muito distintos, podemos apenas no momento, e cerio que já é uma grande ajuda, procurar atenuar os efeitos numa prática que já existe, condenada ou não, aceita ou não.

Perguntaram certa vez a um monge da SRF,a respeito deste assunto, eles são pessoas muito, muito espiritualizadas, em termas deste tipo, eles não se posicionam definitivamente, citam as susa crenças e deixam que cada um decida por sí, pois o livre arbitrio,não é licenciado por nenhum governo ou sistema social, já é ineremte ao homem desde o nascimento.

Cada um de acordo com suas crenças e convicções, vai atuar de um determinado modo,creio que as leis espirituais sutís existem, se temos consciencia, cremos ou não, não faz a menor diferença, assim como as leis da criação, gravide, ação reação, etc.

Abraços a todos.

Anônimo disse...

Que beleza,hein! Dá gosto ler os comentários aqui!parabéns a todos!

Abraços!

Anônimo disse...

Impossível dizer quando inicia a vida, afinal os espermatozóides e óvulos também são vida. Apesar de separados e contendo apenas metade da carga genética, e não configurarem ainda um indivíduo. Seguindo esta linha, a cada menstruação será perdido um óvulo, em qualquer ejaculação milhões de espermatozóides não serão aproveitados visto que apenas um, ou em casos mais raros, dois ou três, espermatozóides conseguirão seu intento. Pessoalmente considero a união dos espermatozóide e do óvulo, o ínicio da vida, pois potencialmente, já temos um novo ser humano. a partir daí, sou contra qualquer atitude visando interromper o destino biológico deste ser pois já temos encerradas no DNA uma pessoa com todas suas características, não só as físicas, cor do olho, cabelo , altura, etc., como a personalidade do indivíduo. Não há a necessidade de entrarmos na seara espiritual, apesar de esta ser importante para uns, porém não considerada para os materialistas, o fato é que a vida se inicia com a fecundação, mesmo que o espírito venha a se instalar após, o será inexoravelmente pois não há bebes ou crianças sem espírito,segundo os espiritualistas.
Se entrarmos nesse assunto, tenho mais dúvidas do que fatos a afirmar, porém utilizando a lógica, no caso de aborto, o livre arbítrio é da mãe e quem sofrerá as consequencias será a mãe e não o feto, acredito que este espírito não encarnado não será penalizado se acharmos que há justiça divina,
Penso que sob a ótica materialista o dano será maior, pois aquela vida única não terá uma segunda chance. um ser humano será morto e ponto.
Porém a prática não se ajusta à teoria, a complexidade de nossa sociedade resulta em ações dos indíviduos que fogem do poder da ética, da moral, da religião e do estado, nosso comportamento naturalmente instintivo nos leva a agir como tal, mesmo que cerceado aqui e ali por nosso verniz civilizatório.
Dentro deste panorama, a curto prazo as ações de minimizar os prejuizos são bem vindas para causar um mal menor, se responsáveis, bem elaboradas e não perdendo de vista princípios básicos, se cairmos no pragmatismo puro simples há o perigo de reduzirmos seres humanos à condição de objetos descartáveis.

Considero igualmente importante atuarmos no longo prazo visando o alargamento do pensamento ético na sociedade e sua consolidação, a fim de unificarmos a moral,a ética, a religião, não perdendo as leis mais evidentes de deus,as da natureza, incessantemente postas a luz pela incansável ciência.

Considero impor via estado, atitudes sensatas às pessoas, seria incorrer em erro semelhante à da imposição do comunismo via poder do estado, que causou muitas tragédias ao longo da história, e serviu de munição aos críticos deste idealismo. O importante é mantermos, aperfeiçoarmos a idéia para que esta naturalmente se incorpore à sociedade pela força da verdade de justiça inatacável que esta encerra, certa vez ouvi meu pai falar acertadamente que o amor não se impõe.

Holofernes

Na verdade é apenas uma questão de opinião, pois, de fato, não podemos prever as consequências, é um exercício de futurologia, a liberação poderia acabar com o tráfico de drogas e todo o aparato envolvido porém tornaria mais fácil e até consentido o uso das drogas, por outro lado, o fato de ser proibido, traz aquela aura de rebelida para quem usa, começam a usar simplesmente para afrontar a sociedade, por fazer algo proibido, raciocínio típico de adolescentes. Há alguma décadas a cocaina era vendida em farmácias com tônico e não havia este problema da adicção em massa, o fato de ser proibido pode atrair a atenção para o objeto, mas claro que o dano da proibição já está instalado, não adianta legalizar que estas substâncias não sairão mais do foco.
Também acho que a legalização, principalmente das drogas químicas, temerária, poderia em um momento inicial aumentar o numero de usuários, mas não acredito que muitos, pois percebemos que o cigarro está a disposição de todos e notamos uma diminuição pelos jovens em relação a este, possivelmente pela mentalidade antitabagista que vem crescendo nas últimas décadas.

Anônimo disse...

Amigas e amigos,

que nível dos comentários! Parabéns a todos!

Rogério,

sobre a venda de cocaína em farmácias, recomendo um livro sobre uma droga inteiramente liberada, que faz a "alegria" de muitos de nós (principalmente quando estamos ansiosos): o açúcar branco.

O livro é: "Sugar Blues", de William Dufty, editado pela Ground. É um clássico mostrando este grande veneno presente em toda nossa cultura (até mesmo em cigarros...pasmem!!!).

Abraços fraternos!

Anônimo disse...

Jakob

Realmente o açucar branco além de causar mal, pela obesidade, diabetes, vicia. Quando meus filhos nasceram decidi não fornecer a eles o açucar que inclusive no aspecto nutricional é prejudicial.A presença do açucar que é um carbohidrato de cadeia curta, ao contrário do amido, é um fator limitante de outros nutrientes, ao ingeri-lo, ficamos artificialmente saciados e deixamos de fornecer proteinas, vitaminas para o organismo. atualmente só compro açucar mascavo, mas já ouvi dizer que o mel é ideal para adoçar.

Anônimo disse...

Falando de gravidez,segue antigo texto gaulês para reflexão:

A garota de 17 anos diz para a mãe que a menstruação está atrasada há 2 meses.

Super preocupada, a mãe vai à farmácia e compra um Kit exame de gravidez para a filha e o resultado é positivo.

Aí começa a confusão.

— Quero saber quem foi o canalha. E agora, vá já falar pro seu pai.

A garota pega o telefone e faz uma ligação.

Meia hora depois, pára na frente da casa uma Ferrari último modelo e sai um tipo maduro, cabelo meio branco, vestido com um terno elegante.

Já na sala, o homem se senta na frente do pai e da mãe da moça e diz:
— Bom dia. Sua filha já me informou do problema. Devido à minha situação familiar, eu não posso me casar com ela, mais cuidarei de todos os detalhes.

Se for menina, posso dar 3 lojas, 2 apartamentos, uma casa na praia e uma conta com 500.000 dólares.

Se for menino eu dou 2 fábricas e a conta com os 500.000 dólares.

No caso de serem gêmeos, também vou dar as 2 fábricas e 250.000 dólares por cabeça.

Mas no caso de um aborto...

Nessa hora, o pai da moça, que estava calado o tempo todo, se levanta, põe a mão no ombro do homem e diz:
— No caso de acontecer essa tragédia, você come ela de novo.

Anônimo disse...

Correção

leis da gravidade, ação e reação, etc.

Anônimo disse...

Rogério apenas pra confirmar...

A sua intuição está de acordo com a visão esotérica das leis sutís da criação mostradas por Yogananda.

No momento exato do encontro do óvulo com o espermatozóide, abre-se uma porta de luz no mundo astral, e a alma então entra no embrião.

A luta para encarnar, é ferrenha, e assim como no físico, apenas um espermatozóide, o mais rápido, consegue juntar-se ao óvulo e fecunda-lo, no astral acontece a mesma coisa milhóes de almas correm para passar pelo portal de luz que se abre momentaneamente, mas apenas uma consegue entrar.Dái prá frente já temos uma alma encarnada em estado latente.

Já está consciente da vida intra uterina,mas só vai ter consciencia dos orgãos quando de sua gradual formação.

Vive ainda quase que totalmente no mundo astral,e vai gradualmente tomar conhecimento de sua situação física apenas após o parto, e gradativamente .

Claro que existem mais e mais explicações a respeito da questão, apenas estou dando uma pincelada.

Abraços a todos

Anônimo disse...

Rogério,

o açúcar branco é de fato um veneno, e está presente em praticamente todos os gêneros alimentícios de que se tem notícia. Nos industrializados, creio que em mais de 90%.

De minha prática pessoal, posso lhe dizer que se você conseguir ficar sem comer açúcar e nada que tenha farinha branca ou farináceos refinados, sua saúde agradecerá. É evidente que isso é quase impensável hoje em dia, mas para os que quiserem, vale a pena.

Se puder avançar e tirar até mesmo açúcar mascavo e mel, terá ainda mais benefícios. Não faço (mais) isso, mas já fiz, e é fantástico.

Uma ocasião fiquei meses sem qualquer tipo de açucar, mesmo mascavo e mel. Quando voltei a colocar doce na boca, parecia que minha língua queimava. Não havia gosto algum!

Outra coisa: tirar açúcar branco da alimentação melhora e muito a vista, principalmente à noite, quando estamos cansados.

Abraços fraternos

Anônimo disse...

Petrus

Muito interessante esta visão exotérica de Yogananda. Vai ao encontro com o que pensam os espíritas, a encarnação, as sucessivas encarnações a caminho da evolução, segundo Kardec, quer dizer, segundo os espíritos que os instruiram não há involução, pode-se estacionar século em uma determinada condição, mas não há volta no ciclo da evolução. Minha mulher é espírita e antes disso ela é médium, nunca acreditei em nada além da linha do horizonte, mas fiquei perplexo com as coisas que vi, ela tornou-se espírita por consequencia do que acontecia com ela e não sabia explicar, sei que há o fenomeno mas não sei explicar o que é, penso em razões materiais, memória genética, parapsicologia, fenomenos naturais não conhecidos, mas frente a coerência do sistema de Kardec, o materialista balança, tenho minhas dúvidas, ela não tem nenhuma.

Jakob

Obrigado pelas valiosas informações é bom ouvir alguém que tem a experiência prática para sedimentar aquilo que de leve e teoricamente achamos que sabemos.

Havia uma época que eu era radicalmente contra a televisão, que era um instrumento de stress, de dominação, de tédio nervoso e outras coisas inclusives paranóicas, quando saí de São Paulo consegui por em prática aquilo que tinha em teoria, vivi tres anos sem assistir televisão, no ínicio parecia que faltava algo, ficava um vazio, mas acostumei-me e passei a fazer outras atividades nessas horas, lia, tocava violão, ouvia música.
Posso afirmar que é uma experiência fantástica, retornar a calma vivenciada por meus avós, ser você, viver sua vida e não, diariamente, a de personagens fictícios. Também falo para os outros esta experiência, alguns compreendem, outros olham condenscendentemente e imagino que devem pensar, esse aí endoidou de vez.

Anônimo disse...

Rogério,

também fiquei anos sem ver TV. Aí, numa oportunidade, quando eu e minha então esposa mudamos para outro Estado, resolvemos colocar TV em casa para tentar "facilitar" as coisas. Foi uma perda de qualidade de vida impressionante.

Hoje, não vejo mais televisão. Assisti-la, sim, me dá uma sensação de vazio, principalmente quando se terminam os filmes ou programas. É impressionante a quantidade de lixo na TV. A única que se salva, ao meu ver, é a Cultura, que, às vezes, é chatérrima.

Acho que muito gente assiste TV por hábito apenas, vício no barulho ou para ter uma companhia dentro de casa.

Como você, Rogério, adoro um bom livro, uma boa música ou às vezes apenas contemplar o próprio silêncio, fora e dentro de mim mesmo.

Assistir TV seguidamente interfere profundamente em nossa memória e capacidade cognitiva.

Grande abraço!

Anônimo disse...

Rogério...

Se quiser conhecer uma visão mais aprofundada da questão da evolução do ponto de vista espiritual, procure ler o livro Autobiografia de um Yogue" de Paramahansa Yogananda.

Este livro está traduzido em dezoito idiomas, prá se ter uma idéia, é ponto de referencia academica em várias parte do mundo.

A questão espiritual é explicada de um ponto de vista muito prático e cientifíco, é a verdadeira fusão entrea ciencia e a religiosidade, livre de dogmas.

Leia, não vai se arrepender, este livro transformou a vida de milhões de pessoas no mundo inteiro.

O Jakob conhece, e lê sempre.

Depois se quiser maiores informações, pode me escrever em pvt, que trocamos mais sobre o assunto.

Um abraço a todos.

severo disse...

que ipocrisia como tem coragem de colocar uma coisa assim na net...
sorte q quem escreveu o texto nao le mais os comentarios, pq eu queria mostrar para quem escreveu
dados q provam q a visao dele é completamente ignorante

severo disse...

caso queira algo mais pessoal vai ai meu endereço pryse@bol.com.br
aguardo ansioso