sexta-feira, 8 de junho de 2007

“Os 99”: surge primeiro super-herói muçulmano


É um pássaro? É um avião? Não, é Os 99 (em inglês, The 99), primeiro ‘comic’ árabe do mundo, formado por uma liga de super-heróis cujos poderes são derivados dos 99* atributos de Allah.

Criado pelo psicólogo kwaitiano Naif Al-Mutawa, Os 99 conta com heróis com traços semelhantes aos dos similares ocidentais. “Sou admirador de Homem-aranha e Batman”, confessa Al Mutawa, que se formou nos EUA, na Universidade de Long Island. Sobre a origem da HQ islâmica, ele conta: “Os 99 é um grupo de super-heróis baseado nos 99 Atributos de Allah. Virtudes como generosidade, força, sabedoria (...). Estes são atributos que o Islã compartilha com todas as civilizações, mas infelizmente não são adjetivos que se costume usar para descrever o Islã na mídia hoje em dia”.

A trama de Os 99 começa no século 13, quando os mongóis invadem Bagdá para destruir a civilização árabe e, com ela, a sabedoria do califado. Para preservar este conhecimento, criaram-se 99 pedras preciosas que reúnem este saber e que foram levadas ao lugar mais distante do império: o reino de Granada, em Al-Andaluz. Depois da reconquista católica, as pedras foram espalhadas pelo mundo, permanecendo em lugares desconhecidos até a atualidade. Quem as encontra adquire super-poderes, originados dos próprios Atributos de Deus (Allah, em árabe).

Biótipo árabe

Os super-heróis de Os 99 são inspirados fisicamente nos biótipos árabes: homens morenos e fortes; mulheres morenas ou negras. As mulheres que aparecem no gibi não usam roupas coladas ao corpo, marcando as formas. Algumas se vestem como as ocidentais, com os cabelos à mostra, enquanto outras usam um discreto e elegante lenço -conhecido também como 'chador' ou 'hijab' entre os muçulmanos. O líder do grupo de super-heróis, no entanto, é o dr. Ramzi, um intelectual branco que convive com presidentes e reis, e que se veste com roupas das marcas Boss e Armani.

Os 99 é distribuído nos países muçulmanos não integristas (ou fundamentalistas), como Kuwait, Emiratos Árabes Unidos, Omán, Egito, Jordânia, Marrocos e área islâmica do Chipre. Informações sobre a saga dos novos super-heróis pode ser lida em inglês ou árabe, em
www.the99.org. De acordo com um dos desenhistas da HQ, o espanhol Paco Díaz, "um dos objetivos de Os 99 é romper com os estereótipos relacionados com o medo a tudo o que é árabe ou lembra fundamentalismo”.

Site

Os 99www.the99.org

Os 99 Atributos de Allah - Segundo o Islã, Deus se manifesta no mundo através de 99 atributos, como Força, Clemência, Misericórdia, Justiça etc. Para conhecer todos os 99 Atributos de Allah, clique aqui para conhecer quais são.
Video

Os 99 Belos Atributos de Allah - Video maravilhoso. Vale a pena conferir!

Livro

Los Más Bellos Nombres de Allah - Livro completo em espanhol do grande mestre e sheikh sufi da Ordem Halveti-Jerrahi, Tosun Bayrak.

64 comentários:

Anônimo disse...

Amigas e amigos,

novamente, não pude resistir à tentação. É que a notícia é 'quente' e nunca havia saído aqui no Brasil. Por isso, me adiantei em preparar um post a respeito.

Recomendo que todos(as) sem exceção assistam ao video relacionado, Os 99 Belos Atributos de Allah. È simplesmente um dos mais sensíveis que já vi.

Abraço e nos falamos pelo fim de semana!

Anônimo disse...

Postado em 05/06/2007 no blog Liberdade e Cultura refere comentários sobre artigo publicado no "El País" (Espanha)
""Assim como durante os séculos os povos criavam histórias de moral para educar seus filhos, as "fábulas" têm o poder de construir um cidadão como também de corrompê-lo. Através de exemplos nas parábolas criamos uma lente pela qual o infante lê o que vê, criamos o "software" onde ele processa o novo, aquilo que observa.
As fábulas de Disney nos ensinaram a ser capitalistas, de certa forma a pré-conceituar. Como já disse algumas vezes, creio que as verdadeiras "armas de destruição em massa" são peças de propaganda que geram o ódio.
Como se lutássemos em uma outra dimensão, as armas desse nosso mundo lá não fazem efeito, teríamos que usar as armas próprias da dimensão onde ocorre a batalha. A guerra é pela informação. Senão os exércitos nunca mentiríam.
Daí a importância que imputo a esta iniciativa.
A construção do imaginário de uma criança através de super-heróis pode ajudar a enfrentar o mundo com o peito cheio de auto-estima, desmistificar o "outro", criar condições de empatia e preservação de sua cultura enquanto convive com o estrangeiro.
A ver vamos onde este instrumento nos levará. Só posso esperar por melhores momentos.
Abraço a todos. ""
Deutsch Touareg

Anônimo disse...

ERRATA
O comentário acima foi enviado à comunidade Liberdade e Cultura (Orkut) no Bate-papo de 05/06/2007

Anônimo disse...

Ótimos comentários, Tuaregue

Lembremos daquele famoso livrinho do chileno Ariel Dorfmann, sobre o sentido oculto nas histórias do capitalista Tio Patinhas.

Em tempo: não troco todas as histórias da Disney pelas de Maurício de Souza, principalmente Chico Bento.

Pelo contrário, os americanos ainda conseguiram criar um personagem para depreciar a imagem do carioca, através do caricato papagaio Zé Carioca.

Importante é que uma iniciativa dessas pode ajudar a quebrar preconceitos com a cultura islâmica, tão mal conhecida e compreendida entre nós.

Abraço fraterno

Anônimo disse...

Jakob,

a base de nossas impressões é plasmada na infância. São os referenciais absorvidos nessa fase que determinarão o provável curso de nossas inclinações emocionais e, consequentemente, de nossas afinidades políticas. Daí a dimensão de importância que adquire a mídia dos quadrinhos.

Seu potencial tende a condená-la às mesmas distorções de finalidade que afetam os outros meios de comunicação, dessa vez condicionando não a notícia, mas a diversão, a políticas editoriais. E o campo é tão promissor que, cada vez mais, tem sido oferecido a faixas etárias superiores. Proliferam os quadrinhos de temática adulta, para o conforto das cabeças mais visuais.

Ainda assim, duvido que os super-heróis islâmicos exerçam fascínio comparável ao de seus antecessores das Mil e Uma Noites: os Sindbads, Aladim, Ali Babá e todos os demais...

Anônimo disse...

Holofernes,

a vantagem dos HQs é serem rapidamente digeríveis e unirem imagem e informação. Por isso podem tanto ser usados para informar, como manipular e introjetar conceitos, como bem o sabem os criadores de Tio Patinhas.

Lembro também que alguns quadrinhos não são mais do que releituras de mitos ou de temas histórico-metafísicos. É o caso de Superman.

Os americanos abusaram (aqui no sentido de pesquisa mesmo) de releituras míticas de outras culturas, como a grega, a nórdica, a cristã etc. etc.

Acho que Os 99 pode exercer um papel bem bacana!

Abraço fraterno!

Anônimo disse...

Assim como o tuaregue bem disse, as fábulas de Disney nos ensinaram a ser capitalistas. Marcelo Coelho (colunista da Folha de São Paulo) nos lembra bem em um dos capítulos de seu livro Gosto se Discute que: “No mundo desenhado por Maurício de Souza não há “psicologia”. Mônica simplesmente bate, Cascão só não gosta de tomar banho, Cebolinha troca as letras. Não há fracassos,não há autocríticas,não há culpas.Tudo se move segundo uma perspectiva fantasmagórica,plana,repetitiva.E são deprimentes os esforços de imaginação que cada história dispende ao tentar produzir,de tão parca estrutura,uma narrativa aceitável”.

A histórica dos super-heróis, como o Capitão América, por exemplo, enrolado a uma bandeira dos EUA, fixou muito durante a década de 70 esta visão “salvacionista” para o mundo. Existem muitas historias que os amigos devem conhecer sobre situações parecidas. Crianças do mundo todo sendo alcançadas pela propaganda de um herói rabiscado para “lavar as mentes” das crianças, incutindo nelas que o que eles fazem é para “socorrer o mundo”. Boa novidade, Jakob!

regina disse...

Com certeza houve uma evolução positiva a e aceitação da estética de outras etnias.
Houve um tempo,em que o ideal era a beleza ariana, loiro, olhos azuis e pele bem branca.
Bronzeado, pele escura cabelo encaracolado(ruim) era sinal de pobreza, sómente camponeses tomavam sol.
Hoje, podemos ver como exemplo de beleza, nas passarelas, nas capas de revistas, no cinema e na tv etnias variadas e até a mistura que como já foi confirmado que criam povos mais resistentes.
Foi-se o equivoco da raça pura.
Aconteceu há questão de uma quinzena o concurso, superado de Miss Universo, ganhou uma japonesa de 1.78 o que já não é padrão.
Das quinze finalistas,somente 2 loiras,1 negra belissima careca.
Os povos tem padrões diferentes, mas hoje com a globalização, descobrimos a estética da mulher e do homem árabe, negro, oriental e de suas vestimentas, cores,adereços.
Não existe mais o nariz ideal, ou o fisico ideal.
Essa publicação em quadrinhos, vem corroborar com essa realidade.
Muda-se o conceito de super herois que quase sempre ou sempre brancos e demonstra que em breve teremos video games desses herois multiraciais,e estarão presentes na tecnologia digital hoje dominante.
Eu só não entendi, porque o lider é branco?
Jakob talvez possa explicar-me, porque senão precisarei rever meus conceitos.
E esses quadrinhos são uma demonstração da cultura muçulmana, que não pode mais ser ignorada.

P.S.
Os videos são ótimos e ainda pude ouvir um pouco de Cat Stevens. Suas dicas sempre boas.

Anônimo disse...

Nunca parei para pensar sobre este aspecto das histórias em quadrinho, quando moleque devorava qualquer tipo de gibis, mas os preferidos eram os do Disney, gostava muito do Tio Patinhas e sua eterna luta contra os irmãos metralhas que elaboravam planos engenhosos para esvaziar a caixa forte do muquirana e a Maga Patalógica que sempre quase conseguia roubar sua moedinha n. 1, Mas o melhor personagem, para mim, era o Mickey quando em sua luta contra o crime sempre acompanhado pelo indefectível Pateta.
Se o objetivo dos autores era direcionar a minha cabeça, posso afirmar que não conseguiram o seu intento, assim, como meu pai, nunca achei importante acumular dinheiro ou outras ações tipicamente capitalistas, porém óbviamente não posso concluir o geral por uma possível exceção, mas acho que gibis são apenas entretenimento, não considero que aja algum poder sobre a formação da cabeça de ninguém, nossos referenciais sólidos e duradouros vêm dos pais que atentamente observamos desde o ínicio com a mente totalmente aberta.( no caso de termos estes referenciais) No entanto teria sido interessante ter lido uns gibis com heróis árabes para variar, apesar de ter tido contato com esta cultura, e de maneira mais profunda, através dos livros das mil e uma noites que cheguei a ler sob a luz de uma lanterna, quando obrigado a ir dormir. Sempre pode-se aprender algo interessante mesmo nos gibis, e poderia inclusive gerar a inevitável empatia pelos heróis por quais torcemos, e sua cultura.
E isso é importante nos dias correntes quando alastra-se o preconceito conta esta cultura única e fascinante, mas é importante notar que mesmo nos filmes da Disney encontramos referências à cultura àrabe, Aladin, Mulan, mesmo que um tanto americanizados.

Anônimo disse...

Olá amigas e amigos

Regina,

não sei porque da escolha de um árabe branco como líder do grupo. Mas não há nada de muito estranho, pois há árabes bastante claros também. Os de tez mais escura ficam no Norte da África.

Também considero os quadrinhos islâmicos um bom sinal, pois ajudam a propagar o que de melhor existe na religião islâmica. Observo que há setores realmente radicais e de extrema-direita no Islã (os fundamentalistas) que não admitem qualquer tipo de abordagem, chamando-a de "inovação". Essa gente não entende que o conteúdo pode ser o mesmo, mas que os intrumentos podem mudar. É como a carroça e o automóvel. Mas estas pessoas, ao final das contas, não tenho dúvidas, serão vencidas pelo próprio auto-isolamento. As pessoas, em todos os lugares, só querem uma coisa: serem felizes.

Rogério,

que ótimos comentários, amigos. De fato, o que dá a base de uma criança é a família e o meio no qual ela se encontra. Os gibis podem funcionar como propaganda ou meio de lavagame cerebral, quando o menor é deixado à própria sorte e, literalmente, é educado pelas ruas e pela vida, sem ninguém com mais experiência e amor para orientá-lo.

Sobre os desenhos com referências árabes, como Mulan e Aladin, observo que a americanização é tão forte, com a permanente introjeção dos conceitos de vencedor (winner) e perdedor (loser), que não resta nada do original.

Abraços fraternos!

Anônimo disse...

Regina,

provavelmente o fato de o líder ser branco nada tem de casual. Será um iraniano? Esse nome "Ramzi" seria persa? Bem, não tenho parâmetros para afirmar coisa alguma. Apenas é de observar a preeminência do Irã no mundo islâmico atual. É bem verdade, contudo, que, com essa questão nuclear, o país está se equilibrando no fio da navalha, sujeito a ser inteiramente despojado de sua importância em questão de poucos anos. Mas, naturalmente, os idealizadores dos quadrinhos devem ter por referência o mosaico atual da variedade islâmica, ou seja, por enquanto, o Irã ainda teria papel de destaque.

Jakob,

sei pouco sobre os referenciais utilizados na confecção do Super-Homem. O conceito (de "super-homem") gozaria de certo apelo junto aos nazistas, por via de sua atração pelo pensamento nietzschiano, mas o personagem dos quadrinhos, criado pelo canadense Joe Shuster e pelo americano Jerry Siegel, teria elementos de identidade judaica, a começar pelo nome, "Aron".

Abraços!

regina disse...

Jakob,
Que existem árabes brancos , eu sei,mas porque entre todo o grupo, o de pele mais branca, é o líder.Devo endereçar a minha pergunta ao autor.?
Mas como é dificil conseguir isso, eu fico aqui pensando comigo mesma, ou seja a cor branca da pele, sempre vai decidir discriminando, a escolha de lugares de comando?.
Aceitei sua explicação, mas não concordo com a solução do autor.
Acho racista, se foi bem intencionado,errou no detalhe.

Anônimo disse...

Holofernes,

a base para a criação psicológica do super-homem não é o zaratustra nietzschieano, mas Jesus Cristo.

Há toda uma psicologia envolvida e muito bem trabalhada no Superman. Observe as palavras a seguir entre aspas, pois elas servem como chave para conduzir o raciocínio. Ele é um "enviado" de outro mundo, onde viverá oculto entre os "mortais", até que chegue a hora de sua "manifestação"; sua nave cai numa cidadezinha do "interior" e ele é criado por um bondoso e amoroso casal, que representa valores como "solidariedade e humildade". Clark Kent aprende que é muito mais poderoso do que as pessoas comuns, mas deve sempre se mostrar mais "fraco" do que elas. Ele é forte, "o mais forte de todos", mas mantém isso como um "segredo". Ou seja: ele é bom não porque seja fraco, mas justamente o contrário: é bom porque é o mais forte e porque decide, deliberadamente, usar sua força em favor dos mais fracos.

Há um aspecto bastante interessante sobre Clark Kent/Superman: os óculos. Por que ninguém percebe que apenas os óculos separam um home 'fracote e desajeitado' do mais poderoso de todos? Simples: porque a idéia embutida é mostrar que muitas vezes, quando olhamos alguém por quem não damos nada, esta pessoa pode ter algo muito especial escondido e ser muito maior do que imaginamos. Lembro ainda que nas escolas esotéricas se diz o seguinte: "Quem sabe, não fala; quem fala, não sabe."

Abraços fraternos!

Anônimo disse...

Só para concluir: Mario Puzo (o mesmo de 'O Poderoso Chefão'), que escreveu o roteiro de 'Superman - O Filme', afirmou haver se inspirado, realmente, na vida de Jesus para criar seu personagem. Até mesmo uma passagem bíblica é citada explicitamente, quando, na voz de Marlon Brando, se diz: O Filho será o Pai; e o Pai será o Filho. Lembrando a passagem bíblica: "Eu e o Pai somos Um."

Em tempo: sou fã do Superman (rs). E também do grande Christopher Reeve.

Anônimo disse...

Que aliás, tinha Cristo no nome!

Anônimo disse...

Regina
Acho que não importa muito a cor da pele do suposto líder, sendo que ele representa somente uma das pedras(99). Por ter sido criado para distribuir em países do OM que tem em sua população a predominância branca (ou beje, como queiram) deve ter sido uma escolha natural.
O que aos meus olhos importa é que há todas as cores entre eles, e eles se equivalem porque cada um representa somente uma (1) pedra. Ninguém é mais representativo que o outro. Pelo menos foi o que me passou pela cabeça ao notar o que vc disse.
Outra coisa que vc disse e que me anima muito com esses novos Personagens:
"Muda-se o conceito de super herois que quase sempre ou sempre brancos e demonstra que em breve teremos video games desses herois multiraciais,e estarão presentes na tecnologia digital hoje dominante."
Uma das experiências mais chocantes da minha vida foi estar em uma Lan House em Lisboa e perceber que um monte de adolescentes interagiam num "jogo virtual" e eles faziam uma equipe. Até aí, nada de mais...
Quando comecei a escutar:
"Pega este Marroquino à esquerda..."
"Atira no Marroquino que está no telhado..."
Fiquei enojado. Daí parei para ver e percebí que os "bandidos" usavam roupas e um lenço igual ao do Arafat. Isso é lavagem cerebral.
A cor da pele dos "heróis" era variada, como representando o povo americano (até aí, normal..).
Acho que a questão passa pela psicologia de massa, para os árabes se enxergarem melhor representados e potencialmente auto-suficientes (auto-estima racial), e para os estrangeiros receberem uma outra imagem dos árabes, diferente do "arroz feijão" subalterno que é vendido pela mídia ocidental.
Lembram-se do Nacional Kid (japonês)?
Serviu muito bem para reconstruir a imagem do Japão perante o mundo, um nobre e valoroso herói que ajudava cidades inteiras. Perante o mundo, apresentou o cidadão japonês como "people like us" e certamente teve influência no efeito de apagar a imagem do Japão Imperial, do Eixo, da Guerra e Pearl Harbour.
Espero que o destino dos 99's seja o mesmo.
Abraço a todos

Anônimo disse...

Tuaregue,

que excelentes comentários! Realmente, me lembro de quando era bem pequeno do "Nationaro Kido" (rs) contra os 'incas venusianos'. National Kid voava com um radinho de pilha da Panasonic no bolso. Claro que só fui saber disso muito depois.

Anônimo disse...

assinei como meu cumprimento no post anterior.

Anônimo disse...

Jakob
Vc disse bem e expôs os maiores atributos subliminares do Super Homem. É um personagem muito bem construído alicerçado nos valores cristãos-americanos.
Aparenta ser um ente comum mas esconde poderes sobre-humanos os quais só utiliza para salvar o mundo. Fica simpático aos olhos de todos pois se esconde atrás do manto das limitações humanas.
Se não me engano, foi criado por ocasião da 2ª Guerra, com a missão de elevar o moral tanto dos soldados como dos cidadãos comuns.
Como o Nacional Kid, "Superman" sempre serviu para catarse coletiva.
Mohamad expôs bem algumas destas facetas.
Boa semana a todos !!!

Anônimo disse...

Tuaregue,

Superman surgiu antes da 2a. Guerra, em 1938.

Na verdade, creio (talvez seja ilusão otimista minha, não sei...) que o mesmo espírito ou inspiração que o engendrou foi o que deu origem a diretores de cinema como Frank Capra, que nos deu filmes absolutamente humanistas e solidários.

Talvez, de forma diluída, Superman seja a encarnação do verdadeiro ideal americano, pelo qual lutaram homens como Walt Whitman, Henry David Thoureau e Emerson. Os EUA destes homens eram um EUA de liberdade, fraternidade e camaradagem. E não isso que vemos hoje.

Para mim, Superman sempre terá este viés de amor à humanidade. Foi isso que Bryan Singer tentou -embora tenha fracassado- no recente 'Superman Returns'. Talvez porque como os tempos são outros, o espirito tenha preferido se 'esconder'.

Abraços fraternos!

Anônimo disse...

Bem amigos, sobre super herois da infancia, apenas posso dizer que os meus eram, Jim das Selvas, Tarzan, o Fantasma, O Principe Valente, O Zorro,gostava tambem de , O Cavaleiro Negro.

Naqueles tempos ser herói,era mais fácil, o mundo do crime era menos complicado, não havia tecnologia sofisticada. Super heroi, apenas existiam, Homem submarino, Batman e Robin, Super Homem, Homem de Borracha e Capitão Marvel, (Shazam!)

Como o Rogério tambem não acho que me influenciaram negativamente, ao contrario, me impulsionaram a crer na vitória do bem sobre o mal, e no altruismo de oferecer a sua vida para salvar os necessitados de ajuda.

Aliás Super Herói é para isso.

Como a TV veio bem depois, e na minha infancia não tive acesso, era coisa de pessoas de poder aquisitivo maior.

Os Gibis, eram a nossa TV, estimulava a
nossa imaginação, e nos ensinava a fazer aqueles quadrinhos a criar vida própria.

Não me lebro de ter lido nada quie me inclinasse a ter preconceitos sobre outras culturas.

Mesmo o Zorro, tinha um amigo indio que o ajudava,mas a história dos indios realmente não era contada como de fato aconteceu.

Depois os mocinho foram ficando muito sofisticados, e hoje a criançada só falta fazer o sangue escorrer na telinha da TV, com os jogos eletronicos.

No meu tempo, filme de terror, era conto de fadas se comparado com o que temos hoje, e a molecada adora.

Creio que a violencia deste mundo atual, passa necessariamente com o que a industrai cinematográfica produz, e coloca diariamente nas telas de todo o mundo.



Cheguei as minhas próprias conclusões sobre o que era verdade e o que era falso nas páginas dos gibís, mas ainda me lembro como era bom ler.

Abraços a todos

regina disse...

Petrus,
Que legal sua viagem aos gibis, o meu preferido era o Cavaleiro Negro, que eu tenho ainda uns quadrinhos recortados num fichario de escola.
Ainda com uns rabiscos infantis por cima, Eu te amo Cavaleiro Negro.
Fazia um bom tempo que eu não pensava nele, obrigada Petrus pela lembrança e pelo texto (gibi deve ser vintage agora)
Mas eu lembrei mais um Mandrake, lembra do Lothar, e a princesa Narda.
Estou rindo ao escrever, não sei de onde fui tirar essas recordações.
Valeu mesmo.

Anônimo disse...

Olá Regina e pessoal..

Regina, acredite se quiser, quando eu cheguei na empresa hoje pela manhã e comecei a abrei o blog, me lembrei que eu havia esquecido de um herói que eu gostava muito,e que havia esquecido de mencionar, adivinha quem era ?

MANDRAKE !

Mandrake, Lothar, a princesa Narda, nossa, vc me ajudou a voltar mais rápido. Como era gostoso ler aquilo, mexia com a imaginção, estimulava, e no fim das contas, as proezas do mandrake, eram tudo imaginação,da spessoas, proveniente da hipnose do mágico Mandrake.

Nesse tempo de Shazam, apareceu aqui no Brasil, o Capitão 7, lembra-se deste ? me parece que era uma criação nacional, pois havia até seriado na TV.

Havia outro cowboy que dominava as crianças e adultos, pos passava na TV e nos gibís, o Roy Rogers, seu cavalo, cachorro, e um maluco com um jipe, mas nesta época euera bem criança mesmo.

Adorava o Cavaleiro Negro tambem, eum me vestia com aquela capa,eu usava qualquer lençõl disponivel,colocva lenço no rosto,só que na minha imaginação era tudo prêto, igual ao gibí.

Nessa época tínhamos um heroi indio, o Flecha Ligeira,ele as vezes sofria de preconceito assim como o Tonto, no Zorro.

Lembrei-me de algo agora pela manhã,que estamos analizando estes heróis, com uma visão de adultos, já contaminada, por nossos conceitos politicos,sociais,morais, etc.Mas devemos levar em consideração que através do olhar puro de uma criança, tudo é maravilhoso, e belo, não a há o tendencionismo.

Horrivel mesmo é vc saber que no mundo atual,escravizam crianças para moldar as suas mentes para odiar, matar, torturar, como fazem em muitos lugares neste mundo, enfiam um mundo adulto já completamente corrompido dentro de uma mente ainda límpida de uma criança. Tiram das crianças logo cêdo, o direito de sonhar, de viajar na imaginação pura.

Estimulei muito nos meus filhos a imaginação, proroguei o máximo que pude a fantasia, o lúdico, pois estas fases da vida, passam e jamais retornam.

Muitas vezes nos esquecemos que fomos crianças, e como era bom poder sonhar sem responsabilidades, apenas sonhar, num mundo mais puro, mais,justo e mais belo.

Hoje estão filmando vários heróis do passado, estão para lançar agora, o Speed Raicer, fizeram o carro, e tudo mais.



Não perco a oportunidade de assistir bons filmes e desenhos de heróis,então naquele momento sou apenas mais uma criança, vibrando, pois num mundo tão maluco como o que vivemos hoje; "Sonhar é preciso, viver não é preciso".

Abraço a vc e a todos os amigos, e grato tambem por me lebrar do Mandrake.

Anônimo disse...

Amigas e amigos,

bom dia.

Especialmente ao Petrus e Regina, lembro que os heróis das HQs também são, subliminarmente, releituras simplificadas das fábulas e mitos que desde sempre povoam a infância de todos nós. Sejam heróis gregos, como Hércules e Aquiles; sejam mitos do folclore de todas as épocas e povos, como o da sereia/iara.

Ainda cito outro aspecto importante: para uma criança antes dos 9 anos, é praticamente impossível fazer algum tipo de 'lavagem cerebral'. O que existe mesmo é o herói, sua força e nobreza; a luta do bem contra o mal. Isso é o que, segundo pedagogos e estudiosos do interior humano, marca uma criança até esta idade.

Cresci lendo gibis da Marvel, e realmente amava Homem-aranha; Namor; Quarteto Fantástico, dentre outros. Havia uma heróina -mas acho que era da DC Comics (a mesma que produz o Super-homem)- que tinha poderes mágicos semelhantes aos do Mandrake e, para fazê-los funcionar, ela só devia falar ao contrário a palavra cujo efeito queria produzir. Por exemplo, se queria dizer "carro, desapareça", ela dizia "açerapased orrac". E o carro sumia. Me lembro de passar bom tempo fazendo isso; e não é que consegui? Digo, falar ao contrário (rs)!

O fato é que o universo infantil não tem nada a ver com o adulto. E que um adulto, para realmente chegar ao coração de uma criança, tem mesmo que se tornar igual a ela.

Bom dia a todos!

Abraços fraternos

Anônimo disse...

Isso só vem a confirmar o que muitos já perceberam: Os islâmicos estão cada vez mais modernos e desevolvidos dentro de sua própria cultura e mostrando ao mundo que é possível ser atual sem se corromper moralmente.
Abraços a todos!

Anônimo disse...

Falando em heróis,segue antigo texto para reflexão:


Sete horas da manhã. O marido entra em casa. A mulher espera de pé,
perto da porta.
- Chegando a esta hora, Superman?
- Desculpe, eu estava com clientes.
- E vocês discutiram a noite toda até às sete da manhã, Superman?
- Tá certo. Nós fomos a um bar, até às três horas, para bebericar.
- Até as três, Superman? E o que aconteceu que você só chegou agora,às sete, Superman?
- Eu... Bem, é que depois nós fomos a um bar de strip-tease, mas eu só fiquei olhando. Eu não percebi o tempo passar.
- Tá bem, Superman. Você só olhou. No que mais você quer que eu acredite, Superman?
- Nada, eu... Espera aí. Por que é que você está me chamando o tempo todo de Superman?
- Porque só ele usa a cueca por cima da calça.

regina disse...

Jakob,
seu blog é um excelente exercício de memória muito prazeroso, dormi feliz com a lembrança do
Cavaleiro Negro (para quem não conheceu ,negra era a roupa, não ele)
Mas temos agora as tiras de quadrinhos que algumas são bem inteligentes;como Frank & Ernest, Calvin e outros.
Mas uma publicação que até hoje é sucesso é o Asterix, os tipos são incríveis e marcantes, enão podemos nunca ignorar a frase chave "Esses americanos são uns neuróticos" Ops, "romanos"
E lembrem-se que os Marveis eram uma familia, não sei da mãe, mas lembro da Mary.
Tudo muito tradicional.
Voces não acham que esses novos herois são todos muito feios e desproporcionais, uns monstros, não me identificaria nunca.
Quem lembra do Dr. Silvana, era o mal, mas era ótimo e por mais que tentasse era sempre derrotado nas suas tramas bem inteligentes.
Vou parar pois esse assunto é inesgotável, mas foi fantástico poder recordar.
Abraço sincero

Anônimo disse...

Oi Regina,

lembreime do nome do disfarce do cavaleiro negro, era Dr. Robledo.

Axterix é demais, mas apenas no gibí, quando tentam colocar em filmes e desenhos, não chega nem aos pés da revista..

Bom mesmo o Obelix e toda turma, tambem acho estes super heróis de hoje demasiadamante complexos e intelectuais.

Tenho uma coleção dom Asterix, leio de vez em quando e sempre acho engraçado.

os vilões tambem eram mais simples, Dr Silvana era uma figura, com uma cara de Doidão mesmo,o Lex Luthor. Alguns dão certo no cinema, Batman, Super Homem,etc, mas outros só no papel mesmo.

O Fantasma tinha uma característica muito legal, ele atirva sempre nas armas dos bandidos e dava um soco que dixava umacaveira para o resto da vida, mas não haviam mortes de seus oponentes.. Era um heroí da não violencia.

Quero conhecer depois algo destes herois Islamicos, prá ver se são bons mesmo.



Abraços a todos.

regina disse...

PETRUS, O Fantasma o espírito que anda, esse era o epíteto, e o cão chamava-se Capeto o cavalo eu esqueci.
Nossa! tá voltando tudo, O sagento Garcia, ajudante do Zorro.
Eu ia colocar o nome de minha filha de Falbala, lembra a bonitinha do Asterix. Mas não deixaram.
E os pigmeus amigos do Fantasma?
Até parei de fazer Sudoku prá lembrar melhor dos quadrinhos.
No cinema não funcionaram mesmo, nem o Garfield , é bem mais legal nos quadrinhos pedindo Lasanha, e o fim da segunda feira.
Fugindo dos quadrinhos ,você leu Sheldon Scott e Brigitte Monfort?

Anônimo disse...

Vale a pena uma conferida no vídeo sobre os vários nomes de Alá. Revelador da concepção islâmica da divindade, algo que encompassa tanto o ameaçador Jeová da Torá como o pacífico Deus Pai dos Evangelhos. Aparentemente, o Islã, posterior a ambos, Judaísmo e Cristianismo, teve a oportunidade de fazer uma síntese.

Anônimo disse...

Regina,

você mencionou o sudoku, e eu lembrei de algo antigo, que só vim a jogar mais recentemente, e que me pareceu bem mais difícil: batalha naval - pra matar uns tem que ser de circo!

Abraços!

Anônimo disse...

Oi Regina

Me lembro dos pigmeus sim, eram pigmeus Bandar, tinha um que era o braço direito do Fantasma.

Outro dia assistí um filme do Fantasma, tinha os patrulheiros e tudo mais, só que colocaram uma roupa colada de côr lilás no fantasma, aí então não deu..era tipo Indiana Jones, mas estava mais para parada Gay.mas fóra isso até que foi legal rever o velho espirito que anda.

Holofernes,

Vc está falando da antiga batalha naval? aquela dos quadrinhos ?

Não era tão dificil assim,será que estamos falando da mesma?

Anônimo disse...

Petrus,

é tipo um jogo da revista Coquetel, em que você tem uma grade tipo 10 por 10, com indicações numéricas embaixo e à direita. Tendo por base esses números, você tem que localizar na grade uma armada de um encouraçado, dois cruzadores, três destróieres e quatro submarinos. Nenhuma embarcação pode tocar outra e o jogo começa informando umas quatro coordenadas, geralmente duas com água e as outras com parte da armada.

Estou achando bem difícil. Mais do que a modalidade puxada de sudoku ou "a césar o que é de césar". Exige a antevisão de várias probabilidades (mais de duas ou três) antes que se possa determinar a acertada e, com ela, o conteúdo de umas poucas coordenadas.
Claro que pode haver macetes, mas, para mim, que não os conheço, parece necessário testar todas as probabilidades, uma por uma, numa folha separada.

Creio que existe uma versão mais tradicional desse jogo, na qual se enfrenta outra pessoa. Mas aí nem faço idéia de como funciona.

Anônimo disse...

Olá Holofernes..

È esta mesmo, mas sempre ví em duas pessoas, quando vc erra o outro diz ; Agua!

Quando vc acerta o cara tem que dizer que acertou, e que tipo de embarcação.

Joagava bastente isso,pois era um jogo bem baratinho, duas folhas de pael quadriculado, e vc coloca as sua embarcacões onde quiser.

Vc mesmo com uma embarcação que tiver bastante estratégia pode afundar muitos barcos do inimigo.

Já ví alguns mais modernos e lojas de brinquedos, mas não sei se são do mesmo tipo.

Creio que sim, apenas mudam os desenhos , a apresentação, etc.

Um abraço a todos.

Anônimo disse...

Oi Holofernes, desculpe-me cliquei o botão errado a colocação anterior é minha Petrus..

Obrigado.

Anônimo disse...

Falou, Petrus!

Essa versão mais tradicional eu nunca joguei. Já a da revista Coquetel tem o complicativo de que você tem que acertar tudo só pelas dicas numéricas das linhas e colunas. Bem desafiadora a coisa.

Anônimo disse...

Holofernes..é essa mesmo..

Tipo H 5
R 3

Por exemplo: as colunas horizontais, são numeros, e as verticais são letras, ou vice e versa.

E aí vc tem alguns tiros, se errar é o outro, aí vai atirando até errar se continuar acertando, vai sendo sua a vez, até que erre, então o outro entra.

È a mesma..mas vou conferir ao vivo.

regina disse...

Holofernes e Petrus
Batalha naval existe tambem no computador ,e joga-se sózinho, não é no Skype nem msn.
Meu marido joga isso há mais de 20 anos, fica grudado lá, a gente pensa que ele está fazendo algo dificilimo é o joguinho.
Mas eu apresentei o sudoku pra ele, só aí ele aliviou um pouquinho a batalha naval. Mas tem sudoku tambem no computador.
A batalha naval é um dos jogos que já vem junto com qualquer computador.
Eu gosto mesmo é de palavras cruzadas, em portugues, ingles e frances, é ótimo para exercitar a memória.
Mas com certeza vcs já sabem disso tudo.
Esse blog é incrível,porque é como um grupo de amigos trocando ideias sobre tudo, e sem censura.
Mas nem precisaria, pois o grupo é selecionado , os amigos do Jakob, são pessoas versáteis inteligentes ,articulados, e é um privilégio fazer parte dele ( vou estar aqui até me mandarem embora)
Grande Jakob, já tem mais entradas que o Piza, e vai estourar.

Anônimo disse...

Caro Jakob,

o livro de Ariel Dorfman é:

Para leer al pato Donald. Valparaíso: Ediciones Universitarias de Valparaíso, 1971.

Versión corregida y aumentada en inglés Dorfman, Ariel y Armand Mattelart. How to read Donald Duck: imperialist ideology in the Disney comic, trad. David Kunzle. Londres: International General, 1975.

Ele nasceu em Buenos Aires em 1942. Se mudou com os pais para os EUA ainda criança e aos 12 anos a família voltou para a América do Sul e se estabeleceu no Chile.

Em 1967 ele adotou a cidadania chilena.

Anônimo disse...

Petrus,

pelo que você falou, penso que essa modalidade que tenho jogado (da Coquetel) seja um pouco diferente. Não se trata de "atirar" - chutando coordenadas e conferindo com o oponente até que uma das armadas seja totalmente destruída (se é que entendi corretamente a idéia do jogo tradicional, no qual o elemento determinante seria a sorte). Não tem "tiro" e nem oponente. O desafio é detectar os dez componentes da armada. Não tem ninguém para gritar "água"...

Numa grade de 10x10, você tem, de saída, a colher de chá de uns quatro quadradinhos preenchidos. O resto (da água, dos barcos), tem que DEDUZIR com base em números ao lado das linhas e sob as colunas. Detalhe: esses números não têm qualquer função de atribuir endereço às coordenadas, mas apenas de indicar quantas partes da frota estão presentes na respectiva linha ou coluna. Tipo: se, ao lado de uma linha ou coluna, consta 0 (zero), isso quer dizer que naquela linha ou coluna não tem nenhum segmento da frota, apenas água. Se constar 3, significa que há três segmentos da frota, que podem estar juntos, formando a mesma embarcação, ou salteados.

Com exceção de meu primeiro jogo, em que o encouraçado estava "de bandeja" e deu para encontrar o resto meio no chute, não achei nada fácil. Frequentemente, ficam várias "pontas soltas" compatíveis num mesmo determinado momento, e não apenas duas, como seria de convir a jogos mais palatáveis. Dá vontade de pedir "água"!

Regina,

realmente, tem um dos joguinhos tradicionalmente incluídos no pacote do windows que lembra a batalha naval. Eu também confundi, mas, após uma conferida, lembrei como se chama: CAMPO MINADO! Também não é moleza, diga-se de passagem!

Combina sorte e raciocínio. O primeiro movimento sempre requer sorte; começou pisando numa mina, já era...

G.Vidal,

acho esse tipo de ensaio muito interessante, por mais que, às vezes, possa parecer resultado de um espírito crítico um tanto obsessivo. O fato é que os quadrinhos (bem como a tv ou o cinema) constituem formidável porta de acesso a corações e mentes (geralmente em fase de estruturação). Basta observar que é uma mídia com muito mais penetração do que qualquer literatura didática. Se, volta e meia, tomamos conhecimento de denúncias pertinentes a enviesamento ideológico na elaboração de livros escolares, como desconsiderar que formas de doutrinação vicejem nos quadrinhos, que, aliás, têm uma concepção (ágil, informal, exuberante) tão mais propícia a tais iniciativas?

Não discuto que bastante qualidade artística e requinte de fantasia sejam mesclados a eventuais condicionamentos, inclusive para melhor os embalar e promover. Também vale salientar que não se está falando de algo tão assustador como uma "lavagem cerebral", mas de sugestões cuidadosamente inseridas na trama das histórias - e não há nisso qualquer exagero, basta lembrar o grau de sofisticação destas últimas em alguns gibis da Marvel, superior ao do roteiro de muitos filmes por aí.

Jakob,

tem um livrinho traduzido pela Madras, chamado "Super-Heróis e a Filosofia" (de Willian Irwin), que oferece uma abordagem (um tanto condescendente) das noções invocadas na criação e no desenvolvimento de alguns dos mais consagrados heróis dos quadrinhos. Frugal e enriquecedor, sublinha exatamente o afirmado por você, no sentido de serem os heróis "releituras" de personagens da mitologia.

Calorosas saudações!

Anônimo disse...

Bom dia todos!


Realmente parece ser bem interessante o enredo desse grupo de super-heróis.
Ao menos tenta mostrar um outro lado da cultura muçulmana, tão estigmatizada nos dias atuais.

E o interessante é o início de toda a saga. A época em que os muçulmanos viviam uma época de esplendor cultural e econômico, ao passo que a Europa como um todo (excetuando-se a Península Ibérica que também estava sob domínio muçulmano) estava bem aquém em todas as esferas.

Por mais que o idealizador se considere um fã do Homem-Aranha e do Batman, provavelmente a inspiração para um grupo de super-heróis com habilidades diversas e um líder "intelectual" comandando tudo tenha sido os X-Men.

Apenas fazendo um adendo a tudo de interessante que já foi comentado neste tópico, gostaria de citar como exemplo de HQs muito boas: Tin Tin, Asterix e as graphic novels de Will Eisner.

Comecei a me interessar por Tin Tin no começo da década de 90, quando a TV Cultura exibiu todos os episódios da série animada. Não considero que a temática desta obra seja tão infantil, muito pelo contrário. Além de um enredo que estimula o raciocínio, contribui até para que se adquiram novos conhecimentos sobre culturas diferentes.

Já Asterix é mais lúdico, mas não deixa de ser extremamente bem produzido, além de engraçado. Claro que, na vida real, os gauleses não conseguiram resistir tão "bravamente" contra os romanos, mas isso não tira o mérito da obra.

E quanto a Will Eisner, sua obra engloba de tudo. Clássicos da literatura (Moby Dick, Don Quixote), uma Nova Iorque multi-cultural, crítica contra o preconceito, super-heróis (Spirit), etc. Suas histórias com certeza são de temática mais adulta em relação a Tin Tin e Asterix.

Anônimo disse...

Amigas e amigos,

bom dia.

Lembro a todos uma grande editora brasileira na área dos HQ, na década de 70: a Ebal. Ela publicava as histórias de Tarzan e Korak (o filho de Tarzan), dentre as quais a maravilhosa saga da Terra de Pelucidar, um local meio que inspirado por "Viagem ao Centro da Terra", de Júlio Verne.

Os quadrinhos de todos os tempos aprofundaram e procuraram trazer à tona o que antes apenas era sugerido por romances e lendas. Terem colocado aquilo que estava na imaginação do ser humano na forma de desenhos foi um avanço muito interessante. Sem os HQ, seria impossível muito do que conhecemos hoje de efeitos visuais no cinema. Tanto é, que quando assistimos filmes como homem-aranha e superman, queremos verificar se são realmente fiéis aos quadrinhos.

Sobre o gibi islâmico, "Os 99", para mim, seu maior mérito é mostrar publicamente aspectos épicos desta cultura/civilização e mostrar para os ocidentais -ainda que de forma diluída- um pouco do que é a cultura islâmica, em geral pouco compreendida.

Não há como se fazer um contraponto entre uma cultura de base religiosa e outra secular. Isso é um equívoco profundo e não leva a nada. Exceto a guerras. Só há uma forma de se entender o 'Outro': tentar desvestir-se do que se é; tentar deixar de ser um pouco o que se é; e tentar viver em si mesmo o que é este 'Outro'.

Quando se procura ser o 'o outro', começa-se não apenas a compreendê-lo, mas a compreender a si mesmo e a ampliar os próprios limites, vencendo a intolerância e o preconceito.

Fico contente com o lançamento de "Os 99" e espero que chegue até nós.

Vidal,

grato pela lembrança do livro do Dorfmann. O li ainda no tempo de cursinho, há um bom tempo...

Abraços fraternos a todos!

Anônimo disse...

Holofernes,

nos anos 90, eu era frequentador assíduo da Sociedade Teosófica, aqui em SP. Numa das reuniões, assisti uma palestra maravilhosa de um grande conferencista, sr. Blóes, sobre a releitura dos mitos nas HQs e nos heróis do cinema moderno. Ele simplesmente esmiuçou, um a um, cada personagem moderno, e os correlacionou com personagens das diversas mitologias que abastecem o inconsciente do homem ocidental.

E este é o ponto: o cara que cria Superman não tem que ser um expert em cultura judaico-cristã. Ele tem, apenas, que entrar dentro de si mesmo e trazer à tona o que há de mais nobre e profundo em seu interior. O resto a imaginação faz por si mesma. É assim que acontecem as coisas no Reino da Criação!

Renato,

tem um ponto que talvez as pessoas não tenham percebido sobre Os 99 -daquilo que lemos no resumo da história. As pedras dos 99 atributos vêm de Al-Andaluz, do reino de Granada, que foi justamente o apogeu da civilização islâmica, e um dos períodos (800 ANOS) de maior paz que gozou aquela cultura e todos que viveram sob sua égide. Isso é muito, mas muito importante!

Quem quer conhecer a glória do Islã e sua contribuição ao Ocidente, deve estudar este período.

Abraços fraternos!

Anônimo disse...

E o Groo? Alguem aqui teve o prazer de ler Groo,o errante,no início dos anos 90?

Anônimo disse...

O pessoal está saudosista, tiraram muita coisa boa do baú da memória. Gostava muito desses heróis, o Mandrake e seu fiel Lothar, me identificava com o fantasma, o espírito que anda e seus companheiros Capeto e Herói, o primeiro fantasma iniciou a linhagem que nunca morre fazendo um juramento, com uma caveira na mão, de lutar contra as injustiças do mundo, li todos do Asterix, que além de ser engraçadíssimo tem o mérito de mostrar um pouco da história da época. Também o Tin Tin, que não era um super herói mas além de valente e inteligente, era um tremendo sortudo, em um episódio foi preso por uma tribo de índios da américa central, e ia ser queimado em uma estaca no dia seguinte. Na cela aguardando o terrível destino, encontrou um fragmento de jornal ( talvez no bolso da calça) que informava que haveria um eclipse no dia seguinte. Na hora da execução começou a ordenar que o sol desaparece e de fato aconteceu o eclipse, o resto pode se prever, foi solto e tratado como um deus.

Outro gibi que, quando mais velho, gostava de ler, era os do Conan, o Bárbaro que parecem saídos de algum pesadelo da cabeça do desenhista. A história se passa num mundo imaginário do passado, baseado em povos da antiguidade, marcado pela presença de Deuses com emoções humanas, vingativos, coléricos semelhante aos deuses da mitologia nórdica e grega. Crom era o deus de Conan, segundo sua “religião” Conan dizia que Crom nos insufla de vida e nos solta no mundo à nossa própria sorte, Crom não gosta de lamúrias, um deus perfeito para um bárbaro sanguinário e sua ética peculiar.

Talvez um dos fatores que ajude a explicar a quase ausência de preconceitos contra japoneses, seja esta empatia gerada pelos filmes e desenhos animados de grande aceitação mundial, Speed Racer, a princesa e o cavaleiro, Fantomas, Guzula, que comia ferro, havia ainda os precursores dos Jaspions de hoje, os ultraman, ultraseven, e etc, um desenho que gostava muito e que sonhava em ser era o super dínamo, um menino comum que colocava uma máscara e capa, ficava muito forte e voava.
Hoje temos os pokemon, digimon e etc, que de vez em quando viram febre na cabeça da molecada de hoje.

Estes 99 atributos de Alá levantam uma questão interessante, a forma como deus, a imagem que o homem faz de deus, vem se especializando à medida que a cultura humana evolui, nos primórdios a lua o sol eram deuses, vieram os mitos, há uma profusão de deuses na história e mesmo os deuses únicos atuais, os do judaísmo, cristianismo e islamismo diferem em alguns detalhes. Quanto mais evoluído culturalmente um povo, mais adaptado deus deve ser para atender as expectativas dos mais exigentes religiosos, portanto, se não podemos mesmo saber como deus é, inventamos um deus que caiba nos nossos ideais, e não interessando as formas, atributos e nomes que esse deus possa ter, parece-me que ele vem cumprindo igualmente seu papel desde que o homem macaco começou a olhar as estrelas e questionar o porquê de tudo.

Anônimo disse...

Rogério,

ótimos comentários. Vale lembrar que na década de 60 e 70, houve uma inundação de heróis japoneses tanto em HQs como na TV. Acredito que isso tenha sido resultante de duas coisas: do esforço fantástico do Japão em se reerguer economicamente após a Guerra e colonização imposta pelos EUA (para quem não sabe, a constituição atual do Japão foi promulgada pelo general Macarthur); e em mostrar uma outra imagem de sua cultura e povo aop mundo. Ou seja: usaram as mesmas ferramentas e estéticas ocidentais para dizerem: "Também somos gente como vocês". Me parece que o caminho do gibi islâmico também é este.

A coisa mais comum que se vê em filmes e histórias americanas são árabes e muçulmanos inteiramente descaracterizados, despersonalizados, como se fossem pessoas sem alma e sem direito à vida. Esta é a estratégia adotada na comunicação de massas, inclusive, para se justificar a eliminação sem dó nem piedade dos sempre úteis "malvados". Maniqueísmo do mais rastaquera, mas que sempre surtiu efeitos.

Abraço fraterno

Anônimo disse...

HOLOFERNES..

creio que o principio do jogo continua o mesmo, śo que neste caso, joga-se sózinho, daí a complicação maior.

REGINA

lembrei-me do Flash Gordon, sempre em luta contra o ditador Ming.

RENATO

Que bom vc nos lembrar do Tintin, o capitão, sempre embriagado, o saio Milú, e aquelas figuras dos detetives gemeos...demais de engraçados. Mutio cultural o HQ, a última aventura que eu lí foi Tintin no Tibet.


Abraços a todos

Anônimo disse...

GARDENAL..

Conhecí um pouco o Groo, meio anti-heroi..não ví muita coisa...era muito engraçado..

Quem lembra do BRUCUTÚ...este era um dos meus favoritos, mas estava já meio em extinção, como os dinossauros, mas era prá lá de bom...o Rei Guzz, sinto saudades do Brucutú.



Outro fantástico em minha vida foi o GATO FÉLIX, quando estava em sérias dificuldades a beira da morte, exemplo o bandido o havia jogado do avião, então ele pensava em um para-quédas e tirava da bolinha do pensamento e descia suavemente.

Era uma ideia de que podemos materializar os nossos desejos.

Ele pensava num carrão, e lá estava ele dirigindo o tal.

Daí tinham em menor grau, o BOLINHA,JETSONS,FLINTSTONES,e demais.

Essa coisa de desenho japoneses, quando apareceu, eu já estava na adolescencia, e não me ligava muito neles, agora meus filhos sempre adoraram os desenhos japoneses, coisa de geração.

Quanto aos japoneses, tenho algo que acrescentar, esta historia de avançar no mundo com soluções positivas.

Os japoneses sairam da grande guerra, com a moral desmantelada, perderam a guerra, erasm vistos como desleais, pois durante a guerra, mostraram muita crueldade em seus dominios, mas isto era coisa das guerras, passaram por cima e encararam o mundo de fente, mas positivamente, construtivamente, em paz e sem bombas.

Isto creio que é um diferencial muito grande, em como se conquistar um espaço no coração dos outros povos, usando a criatividade, o o positivismo, afinal são de origem budista.

Ao invés de odiar seus inimigos, eles foram amigos.Afinal só quem queria a guerra eram os militares, o povo sempre sofre as consequencias, mas no caso de uma nação, todos ficam com o karma coletivo.

Esse negócio de ficar lutando, matando, odiando, destruindo, não traz outros frutos senão mais, mais ódio. Vai caindo tudo de volta na cabeça do que age desta maneira. É a lei suprema de causa e efeito.

Esta maneira de agir, não liberta, ao contrario, escraviza mais e mais.

A lei do amor é invencivel, e inquestionavel.

Anônimo disse...

Renato,

bem lembrado. Esses 99 evocam a idéia dos X-Men. E "X-Men" me lembra o exército de mutantes comandado por Perry Rhodan, o líder da Terceira Potência, da interminável série de ficção-científica alemã, publicada no Brasil pela Ediouro. Bem, não se tratava de uma HQ, mas o espírito estava bem próximo.

Quanto a Tin Tin, li menos; mas Asterix e Mortadelo e Salaminho foram inesquecíveis. Lembro de ficar grampeando os álbuns depois que as capas, aos pedaços, soltavam-se...

E, tornando aos quadrinhos adultos (que você lembrou com Will Eisner), não posso deixar de recomendar o excelente Joe Sacco - jornalismo em quadrinhos. Os álbuns em que ele aborda os conflitos na Bósnia e na Palestina são de primeira qualidade, mas relativamente pouco conhecidos.

Jakob,

eu era fascinado por aqueles quadrinhos clássicos inspirados na obra do Edgar Rice Burroughs, esse universo, tipo da Terra de Pelucidar, que você mencionou. Pena que a banca ao lado só vendia Maurício de Souza ou Disney...

No que diz respeito a essa animalização da imagem de grupos a que você fez alusão, lastimável que exista - e não está voltada só contra árabes e muçulmanos! Já reparou na forma como Hollywood trata os eslavos? Sempre os retratam como escória sem alma - corruptos, lascivos, cruentos. Se duvidar, um dos grupos humanos mais vilificados na grande mídia. Uma das coisas mais grosseiras que vi nesse sentido foi o recente filme "O Albergue", de Eli Roth.

Rogério,

quando a gente lê um gibi do Conan nem suspeita da pesquisa que está na base de toda aquela fantasia. A partir de vastos referenciais da Antiguidade, os caras montam todo um universo paralelo. Fiquei besta de saber que existiu de fato um povo chamado Cimérios, ou Cimerianos, vivendo nas estepes meridionais da Rússia, próximos ao território das célebres Amazonas, às quais, aliás, teriam dado o nome.

Gardenal,

não, nunca ouvi falar de Groo, o Errante?

Anônimo disse...

Pra quem não conhece,este é o Groo:

http://hq.cosmo.com.br/TEXTOS/HQCOISA/h0067_grooeruferto.shtm

Anônimo disse...

Gardenal,

pô, que massa! Nunca tinha ouvido falar. Uma espécie de Conan, mas com a barriga de Hagar, o Terrível.

Valeu!

Anônimo disse...

Holofernes,


Muito bem lembrado sobre Hagar, o Terrível!

Lembro de uma história dele em que, após muitas pilhagens e peripécias pela costa inglesa, o viking era aclamado rei da Bretanha.

A forma como ele governava seu "reino" era completamente hilária. Uma hora satisfazia a nobreza com impostos e taxas abusivas sobre qualquer coisa, na outra voltava-se para o povo com cerveja grátis.

Embora tudo isto seja muito engraçado, de uma só vez era possível aprender algo sobre a influência viking na hoje Inglaterra e ainda observar uma crítica velada aos mais variados governos (que tentam se equilibrar atendendo os mais diversos tipos de interesse e no final desagradam a todos).

Anônimo disse...

Sim,Holofernes,Groo´além de tudo é muito engraçado,pena que teve vida curta aqui no Brasil.

Abraço!

Anônimo disse...

Alguém aqui já leu Watchmen?

É uma ótima série lançada nos anos 80 pela DC. Para falar a verdade, só fui conhecê-la mesmo recentemente.

Watchmen é considerada por muitos especialistas um marco revolucionário na história das HQs.

Tudo se passa em um Universo alternativo, à beira do caos nuclear e no qual Richard Nixon conseguiu se safar do escândalo de Watergate, manipular o Congresso e continuar por vários mandatos no cargo de mandatário dos EUA.

Anônimo disse...

Jakob

Não sabia desse detalhe, da constituição japonesa, e é notável como os japoneses deram a volta por cima utilzando as mesmas armas da cultura americana.Quando os japoneses compraram o Rockfeller Center, ouvi uma ánalise que dizia que os japoneses estavam dando o troco nos americanos por Nagazaki e Hiroshima ao virarem donos de um orgulho americano, e não foi só isso, os carros japoneses invadiram o mercado dos donos do negócio, sem dar um único tiro, sem despertarem ódios, exemplifica aquilo que o Petrus disse, calmamente, na paz, conseguiram muito mais, e nada mal para um pequeno arquipélago vulcânico, mas com a fundamental vantagem da cultura milenar oriental, e a China parece seguir o mesmo caminho.

Holofernes

É verdade os autores colocaram nas histórias o contexto da antiguidade, surreal, mas bastante verossímil, e adicionaram ainda o elemento mágico, as bruxas os magos e os monstros, todos saídos de pesadelos, horríveis, realmente Conan é um gibi para maiores. Gostava do herói, mercenário, porém com uma ética impecável, lutador imbatível, gostava de ver quando algun fanfarrão desafiava o cimério quando este calado comia e bebia em alguma taverna, os diálogos são muito divertidos, e para completar, invariavelmente o herói conseguia levar alguma mulher monumental para a alcova, era de dar inveja.

Anônimo disse...

ROGÉRIO...

Há uma diferença, em relação aos chineses, o Japão é uma democracia aberta, e ainda tem a influencia budista que é marcante.

Basta verificar a diferença entre produtos fabricados no Japão, e na China, apesar de que muito produtos Japoneses, hoje são feitos na tailandia, etc., mas com relação a qualidade podemos confiar muito mais nos japoneses. os Chineses estão em um embalo aproveitando a maré criada mpelos que criam, eles apenas copiam.

Esta é a marca que ficou depois de destruirem a estrtura religiosa chinesa que era milenarmente reconhecida pela humanidade.

Outra questão, se os japoneses não ficassem sob a tutela americana, talvês hoje fossem mais uma ilha do impeŕio chinês.Pois como guerrearam contra a china, chegando a invadi-la, por pouco não foi tomada pelos chineses, é que houve reação ocidental.

O Japão é um grande país, tenho muito respeito pela cultura japonesa, e pelos japoneses em si.

Se observar-mos a diferença de como estes povos hoje são visto no mundo, é marcante.

O japonês é um pessoal sério, não se mete em encrencas, são alegres, comunicativos, honestos ao extremo, devido asua formação budista tradicional, que não foi violada.

Não quero assim desqualificar os chineses, apenas mostrar estas diferenças no meio social mundial, com a diferença dos regimes que praticam..

Eles tem as suas virtudes, mas a base espiritual, foi destruida. aquele pessoal da seita que se reunia lá, foi perseguido, são presos incomunicaveis, se forem denunciados vão presos, é proibido se reunir. sabe o que eles fazem ? Praticam meditação, apenas isso.

regina disse...

Jakob,
Fazendo a ligação de politica, cultura ,censura e ditadura, não tem nem haverá no Brasil quadrinhos tão elucidativos e que se posicionaram politicamente numa época as mais dificeis, com os personagens do Fradim e Rebordosa, lembranças de uma época que não queremos voltar.
Censura nunca mais.
O Pasquim, galardão com uma história.
Henfil,Millor, Sergio Augusto, Sergio Porto, e muito mais fizeram dos quadrinhos e charges uma arma contra a ignorancia.

Anônimo disse...

Pessoal, eu lí uma vez, um HQ da adultos, que erta uma loucura. recentemente saiu o desenho no cinema, mas não gostei.

É o Wood e Stck, alguém conhece estes dois hippies da década de setenta, um toca bongõ, a mulher do Wood tem um lojinha de produtos estéricos, e o filho é o maior conservador, só ouve clássicos, e fecha as portas e trava tudo quando seu pai está tocando rock com o Stock.

Vivem fumando pela casa, aí chega o filho da escola e pergunta; "Pai que fumaça é esta?"

O Stock diz..Hiii! Sujou!

Ele responde prendendo a fumaça: "Estou queimando orégano, meu filho!"

Os dois vivem queimando óregano, e lembrando os bons tempos de Woodstock.

Os dois vão ao supermercado e compram um carrinho cheio de óregano.

Achei muito engraçado, estes hippies perdidos no tempo.

Anônimo disse...

Petrus,

Wood e Stock são personagens do Angeli, correto?

Se são os que penso, realmente vale a pena ler. O máximo que vi foram tiras de jornais dos dois, mas já foram suficientes para dar boas risadas.


Uma boa noite a todos!

Anônimo disse...

Olha Renato, rí muito com os dois, uma revista inteira, foi apenas esta que eu conhecí.

Mas é um sátira de um casal de hippies, que tem um filho super moderninho, e que renega as coisas deles.

Pega no pé dos pais direto, chega e vê aquela fumaceira na casa e pergunta; Pai, que fumaceira é esta, está fumando orégano com o Stck de novo?

Não filho, não é nada disso!

O que é esta fumaceira na casa com cheiro de orégano então...

O pai responde tapando a boca e o nariz: Pizza, filho, pizza!

O filho chega...

O Stock diz: Pintou sujeira!

Os dois correm para o banheiro..

O filho bate na porta; Pai que vcs estão fazendo, os dois trancados no banheiro? Que fumaça é esta ?

Tamo trocando uma idéia!

E a fumaça ?

Incenso, filho, incenso!

Incenso de orégano..?

Não filho....pizza...pizza!

E outras, e outras..

Anônimo disse...

Bem, já que chegamos ao humor adulto dos quadrinhos nacionais, ainda do Angeli, quem se lembra dos Skrotinhos? Infames, colocavam todo mundo abaixo de zero.

Mas sempre preferi as tiras do Laerte. Lembram do Fagundes, o Puxa-Saco de Mão Cheia? Quando chegou um chefe novo na repartição, fez greve de bajulação; o cara exigia: puxa o meu saco! O Fagundes não dava a mínima...

E os Piratas do Tietê? Só o nome já mata de rir.

Renato,

Watchmen e o Cavaleiro das Trevas foram mesmo marcos; a partir dali, os heróis se tornaram menos límpidos de espírito, mais sombrios. Foi a mudança na concepção da mentalidade do Batman e tem tudo a ver com o fim da Guerra Fria e os prenúncios da Nova Ordem Mundial, na qual se inclui a famosa "Guerra ao Terrorismo". É como se os super-heróis também tivessem recebido sinal verde para "pegar pesado", na linha do podre Jack Bauer - antes, uma prerrogativa do 007.

Para se ver como toda alteração no equilíbrio de forças logo aparece transplantada para o universo (idealmente despolitizado) dos quadrinhos. Até o detalhe de os heróis passarem a ser vistos meio de lado pelo povo nas histórias coincide com a rejeição da opinião pública mundial às ações "preventivas" e abusadas das nações "do bem", anteriormente autodenominadas "mundo livre". Como se dissessem, antes criticar o Pinóquio (Bush) e seus patrões, lembrar que os heróis também são incompreendidos...

Rogério,

show de bola as namoradas e ficantes do Conan. A melhor de todas, depois da ladra loira que contracena com o canastra Schwarzenneger no primeiro filme, era a também ladra, mas ruiva, Sonja, sempre deliciosa nos quadrinhos. Aliás, essas duas devem ter sido as precursoras da Bandida.

Anônimo disse...

Madrugando, Holofernes? (hehehe)

Estou por aqui, trabalhando (de verdade) e preparando um novo post.

A Regina lembrou muito bem do mais politizado quadrinista brasileiro, o saudoso Henfil, com suas personagens Graúna, Bode Orelana etc. etc.

Outra função que as HQ assumiram foi a de substituir a ação de contar histórias que os pais, antigamente, faziam para os filhos. Com as demandas da sociedade moderna e com o aumento da dispersão das pessoas -que só pensam em ter e consumir o tempo todo (seja TV, cinema, conversas, comidas etc.)-, parar e escutar tornou-se algo cada vez mais raro. Só que o espírito -mesmo adormecido- não deixa de sentir suas 'fomes'. E a de mitos é uma delas. E dá-lhe quadrinhos!

Abração!

Anônimo disse...

Olá amigos..

apenas lembrando que estes herois, que assumiam facetas de personalidades humanas,de acordo com a época, são de uma fase mais adulta, mais intelectual, e não os nossos herois infantis, puros, e idealistas do amor e do bem.

Bom dia a todos...

Anônimo disse...

Eu me questiono se inventar super-heróis com qualidades que tendem exageradamente ao divino, como o super-homem, seria uma forma de idolatria...

A intenção pode ser levar um exemplo à molecada, mas também pode ter um efeito negativo...

Afinal de contas, muitos perguntaram ironicamente: onde estavam o Super-homem, o Homem Aranha, o Bruce Willis, etc, no atentado do World Trade Center? Os únicos heróis foram os bombeiros de NY...