Al Qaeda. Setembro Negro. ETA. IRA. Baader-Meinhoff. Sendero Luminoso. Todos estes grupos têm -ou tinham- em comum uma atividade bastante conhecida: o terrorismo. Trata-se de um dos males do mundo moderno, utilizado como método por aqueles que pretendem dominar os adversários através do medo e do pânico.
Após o 11/09 nos EUA, contudo, a visão do terrorismo mudou. A prática passou a ser automaticamente associada à religião islâmica. Em pouco tempo, centenas de atentados ocorridos nos últimos 100 anos -perpetrados por grupos de ideologia e fé diferentes, sem qualquer relação entre si- cederam lugar à versão mais cômoda do fenômeno: é 'muçulmana’. Desde então, 1,4 bilhão de seres humanos vêm sendo alvo preferencial da mídia, classificados aberta ou potencialmente como terroristas. Professar o islamismo ou ter nome de origem árabe virou justificativa para a desconfiança, o preconceito ou o racismo explícito.
No entanto, o terrorismo acompanha o mundo desde que o ser humano se organiza em Estados e jamais foi privilégio de grupos ou células suicidas. O terrorismo de Estado pode ser identificado nas ações de imperadores dementes como Nero (que colocou fogo em Roma), Calígula (cuja máxima era “não importa que me odeiem, desde que me temam”) e Heliogábalo. As práticas dos conquistadores espanhóis, que mataram cerca de 1 milhão de indígenas no México, são uma clara ação de terrorismo de Estado; bem como as prisões e torturas da Inquisição promovidas pela Igreja Católica.
No século 20, o terrorismo de Estado ganhou estatura de genocídio, inaugurado com a chacina de mais de 1,5 milhão de armênios pelos turcos; e pelas máquinas de tortura, pavor e morte dos stalinistas e nazistas. Tanto o Estado –ora de esquerda, ora de direita- como grupos de todas as cores ideológicas serviram-se do terrorismo.
Mídia pró-terrorismo de Estado
Apesar de ficar evidente que Estado e grupos autônomos são capazes de usar as mesmas armas, os meios de comunicação mostram o terrorismo como se houvesse sido ‘fundado’ pelos muçulmanos. Ao mesmo tempo, legitimam a ação anti-terrorista de nações que violam leis e resoluções internacionais, invadem países, saqueiam bens materiais e culturais de outros povos. Tais Estados -que dizem agir em nome da Lei e da democracia (que funciona apenas dentro de seus países)- têm suas ações mascaradas pela imprensa, sem que sejam consideradas uma variável do mesmo terrorismo que dizem combater.
A morte de 650 mil civis no Iraque desperta menos indignação do que a morte de 3 mil pessoas nos EUA, no WTC. Pior: numa clara tentativa de manipulação da opinião pública e de endossamento do terrorismo de Estado, tenta-se mostrar o holocausto no Iraque como se fosse de responsabilidade direta dos próprios iraquianos, em razão das lutas de seitas religiosas. Omite-se que a invasão norte-americana lançou o país num caos profundo, assim como a participação de milhares de mercenários em atentados e ações terroristas, a soldo das grandes corporações e como força ‘auxiliar’ do exército ianque.
O que é terrorismo?
Especialistas afirmam que o terrorismo consiste em: a) provocar o terror junto à população civil, através de atentados e ações violentas e inesperadas; b) intimidar as autoridades legalmente constituídas; c) tripudiar a vida e todas as suas manifestações, como cultura e religião.
Se estas são as características do terrorismo, por que potências como EUA e Rússia, que renegam a ordem internacional e invadem nações (Iraque) ou províncias militarmente inferiorizadas (Chechênia), levando a morte e o terror a milhões de pessoas, recebem tratamento diferenciado da mídia? Por que a mídia internacional destaca o covarde atentado à escola infantil em Beslan, e se cala perante o genocídio a que vem sendo submetido o povo checheno? Ou por que Estados como Israel –que destruiu a infra-estrutura do Líbano, matou 2 mil pessoas em função do seqüestro de dois soldados em sua fronteira e confina diariamente mais de 1 milhão de seres humanos nos territórios descontinuados da Palestina- não recebem da mídia o mesmo nome que é dado àqueles que matam civis sem dó nem piedade?
Após o 11/09 nos EUA, contudo, a visão do terrorismo mudou. A prática passou a ser automaticamente associada à religião islâmica. Em pouco tempo, centenas de atentados ocorridos nos últimos 100 anos -perpetrados por grupos de ideologia e fé diferentes, sem qualquer relação entre si- cederam lugar à versão mais cômoda do fenômeno: é 'muçulmana’. Desde então, 1,4 bilhão de seres humanos vêm sendo alvo preferencial da mídia, classificados aberta ou potencialmente como terroristas. Professar o islamismo ou ter nome de origem árabe virou justificativa para a desconfiança, o preconceito ou o racismo explícito.
No entanto, o terrorismo acompanha o mundo desde que o ser humano se organiza em Estados e jamais foi privilégio de grupos ou células suicidas. O terrorismo de Estado pode ser identificado nas ações de imperadores dementes como Nero (que colocou fogo em Roma), Calígula (cuja máxima era “não importa que me odeiem, desde que me temam”) e Heliogábalo. As práticas dos conquistadores espanhóis, que mataram cerca de 1 milhão de indígenas no México, são uma clara ação de terrorismo de Estado; bem como as prisões e torturas da Inquisição promovidas pela Igreja Católica.
No século 20, o terrorismo de Estado ganhou estatura de genocídio, inaugurado com a chacina de mais de 1,5 milhão de armênios pelos turcos; e pelas máquinas de tortura, pavor e morte dos stalinistas e nazistas. Tanto o Estado –ora de esquerda, ora de direita- como grupos de todas as cores ideológicas serviram-se do terrorismo.
Mídia pró-terrorismo de Estado
Apesar de ficar evidente que Estado e grupos autônomos são capazes de usar as mesmas armas, os meios de comunicação mostram o terrorismo como se houvesse sido ‘fundado’ pelos muçulmanos. Ao mesmo tempo, legitimam a ação anti-terrorista de nações que violam leis e resoluções internacionais, invadem países, saqueiam bens materiais e culturais de outros povos. Tais Estados -que dizem agir em nome da Lei e da democracia (que funciona apenas dentro de seus países)- têm suas ações mascaradas pela imprensa, sem que sejam consideradas uma variável do mesmo terrorismo que dizem combater.
A morte de 650 mil civis no Iraque desperta menos indignação do que a morte de 3 mil pessoas nos EUA, no WTC. Pior: numa clara tentativa de manipulação da opinião pública e de endossamento do terrorismo de Estado, tenta-se mostrar o holocausto no Iraque como se fosse de responsabilidade direta dos próprios iraquianos, em razão das lutas de seitas religiosas. Omite-se que a invasão norte-americana lançou o país num caos profundo, assim como a participação de milhares de mercenários em atentados e ações terroristas, a soldo das grandes corporações e como força ‘auxiliar’ do exército ianque.
O que é terrorismo?
Especialistas afirmam que o terrorismo consiste em: a) provocar o terror junto à população civil, através de atentados e ações violentas e inesperadas; b) intimidar as autoridades legalmente constituídas; c) tripudiar a vida e todas as suas manifestações, como cultura e religião.
Se estas são as características do terrorismo, por que potências como EUA e Rússia, que renegam a ordem internacional e invadem nações (Iraque) ou províncias militarmente inferiorizadas (Chechênia), levando a morte e o terror a milhões de pessoas, recebem tratamento diferenciado da mídia? Por que a mídia internacional destaca o covarde atentado à escola infantil em Beslan, e se cala perante o genocídio a que vem sendo submetido o povo checheno? Ou por que Estados como Israel –que destruiu a infra-estrutura do Líbano, matou 2 mil pessoas em função do seqüestro de dois soldados em sua fronteira e confina diariamente mais de 1 milhão de seres humanos nos territórios descontinuados da Palestina- não recebem da mídia o mesmo nome que é dado àqueles que matam civis sem dó nem piedade?
Apêndice
Dostoiévsky, primeiro analista - Como ação de um grupo de pessoas determinadas a atingir objetivos políticos através do medo, o terrorismo foi analisado pela primeira vez pelo romancista russo Fiodor Dostoiévsky, em “Os Demônios”, em 1872. O livro aborda uma célula de terroristas (ou ‘niilistas’) ateus, que são tão devotados à sua causa como os mais fanáticos religiosos. “Os Demônios”, inspirado na vida do niilista Nechaiév, previu a violência na Rússia, bem como a morte do czar Alexandre II e a tomada do poder pelos bolcheviques, em 1917.
Livros
O Homem revoltado – Albert Camus, editora RCB
Dostoiévsky, primeiro analista - Como ação de um grupo de pessoas determinadas a atingir objetivos políticos através do medo, o terrorismo foi analisado pela primeira vez pelo romancista russo Fiodor Dostoiévsky, em “Os Demônios”, em 1872. O livro aborda uma célula de terroristas (ou ‘niilistas’) ateus, que são tão devotados à sua causa como os mais fanáticos religiosos. “Os Demônios”, inspirado na vida do niilista Nechaiév, previu a violência na Rússia, bem como a morte do czar Alexandre II e a tomada do poder pelos bolcheviques, em 1917.
Livros
O Homem revoltado – Albert Camus, editora RCB
As aventuras da dialética - Maurice Merleau-Ponty, Martins Fontes editora
Sites
Lista de sites contra o terrorismo de grupos - Anti-terrorism links
Centro de pesquisa do terrorismo - Terrorism Research Center
Informações sobre o Iraque ocupado - Uruknet
Informações sobre o Iraque ocupado - Uruknet
Guerra no Iraque e Estado de exceção global - Equipe Nizkor
Vítimas do terrorismo de Estado - Memória, Verdade e Justiça
Direitos humanos - Derechos Human Rights
A visão americana do terrorismo – @journalUSA
51 comentários:
Amigos e amigas,
o post está um pouco longo, mas não havia como não sê-lo, em função do assunto em si. Infelizmente, a estrutura do blog não permite deixar apenas um parágrafo, com um link para o restante do texto.
Jakob,
Sobre o ETA é interessante notar que o grupo surgiu como uma resposta ao terrorismo de estado utilizado pelo regime franquista. O IRA também tem origens semelhantes, sendo fruto da repressão da maioria protestante contra a população católica que vivia no Ulster.
São apenas alguns exemplos que ilustram bem como a falta de diálogo pode ser calamitosa a longo prazo.
Uma boa noite a todos!
Jakob,
Não sei se já comentei com você mas meu ex marido e o William Wack, estiveram como correspondentes de guerra no Iraque em 1990, foram dados como desaparecidos,juntamente com outros reporteres internacionais.
Eles haviam sido capturados e presos por milicias muçulmanas que só queriam o material fotografado e as maquinas,
Na prisão, com outros tantos, eram alimentados com tâmaras cedidas pelos guardas que foram de uma compaixão e respeito humano, como jamais poderiamos supor.
Não tinham o que comer o que vestir mas dividiam o que tinham com os prisioneiros.
Ele até hoje fala agradecido dos iraquianos.
Como um povo com essa índole tão boa pode ser considerado a desgraça do mundo, ser atacado pela midia , que nem os conhece, por predidentes que nem sabem dos preceitos de sua religião, e alegam falsos motivos para acabar com um povo, que com tiranos ou não,por sinal tiranos que eles haviam apertado as mãos, em nome da paz.
O curioso dessa história é que após 2 anos do acontecido, chegou ao Brasil por via diplomatica, o equipamento fotografico intacto, com a bolsa original e os filmes já clicados inclusive.
Eu diria que apesar de ser um povo sofredor, são profundamente honestos o que sem dúvida deve ter relação com suas crenças.
A midia e a arrogância americana são as grandes causadoras dessas tragédias da humanidade.
Boa noite a todos!
Renato,
parabéns pelos comentários. Me parece que o 'voto de Minerva' entre os dois terrorismos é, justamente, a grande mídia, que, subserviente e vendida a quem lhe paga melhor, trabalha no sentido de mostrar o terrorismo apenas de uma lado.
Regina,
maravilhoso seu depoimento. Na grande mídia, só ouvimos falar das dcapitações pelos terroristas, o que de fato é trágico e um aspecto do mal. Mas o que dizer de matérias que mostram gente como aquela soldado americana, que, quando da invasão do Iraque, foi salva por seus companheiros com a morte de 500 iraquianos, e considerada por isso uma 'heroína'? Heroína por quê? Por seu país ter invadido o Iraque, desprezando a comunidade internacional? Por terem morrido 500 iraquianos barbudos e sujos? Por estarem levando a 'democracia' e a maravilhosa sociedade secular norte-americana a um povo "bárbaro" que é o berço da própria civilização?
Esqueçamos os bons entendedores: a diferença entre terrorismo de grupos e terrorismo de Estado chama-se MÍDIA.
Abraços fraternos!
Bom dia a todos!
Acredito que mereça ser lembrada também a tentativa de limpeza étnica na Bósnia-Herzegovina levada a cabo pelos sérvios na década de 90. Muitos muçulmanos foram caçados e mortos impiedosamente com a conivência das autoridades sérvias. Ainda hoje são encontradas valas comuns com milhares de corpos.
Os massacres nos campos de refugiados palestinos em Sabra e Shatila são outro exemplo clássico de terrorismo de estado. Guerrilhas cristãs do partido Falange (que está entre os de maior representação na política libanesa), apoiadas pelo éxercito israelense (comandado na época por Ariel Sharon), promoveram uma verdadeira carnificina.
Bom dia a todos!
Assim como o ex-marido da Regina e o William Wack tiveram tratamentos dignos, sendo alimentados com tâmaras cedidas pelos guardas. Outros relatos, como no caso da embarcação inglesa capturada pela marinha do Irã, tornam-se verdadeiros manifestos de que aquele povo sofrido não tem esse principio covarde de matar umas 30 pessoas (incluso aqui crianças) para “pegar” um líder de resistência.
A visão do terrorismo mudou sim, Jakob, aqui em Goiânia é facilmente perceptível. As pessoas já não aceitam o “mídia-goela-abaixo”. Vejam vocês: aqui tem festival de rock com nome de “Talebandas” e “woodstosco”. As bandas que freqüentam estes encontros têm nomes como “Discípulo de Osama” “Sofá de Carne pro Jorge Busha” e “ET de Vagina”. O ET tocou sexta feira passada no lll Tattoo Rock Fest. Seu vocalista vocifera colericamente contra o terrorismo de Estado americano/israelense e é saudado com entusiasmo pela platéia.
A Mídia pró-terrorismo de Estado “baixou as calças” por um lado que lhe atrai com dinheiro de grupos interessados em demonizar os árabes e as suas culturas. O bom é "ver" vozes, cada vez mais, avolumando contra.
Bom dia, amigos e amigas
Renato,
podemos tentar fazer uma lista de países que praticam o terrorismo de Estado de alguma forma. À medida em que lembrarmos, podemos ir relacionando. Todos estes países -incluindo os 'paladinos' da liberdade, os EUA, fazem parte das nações citadas pela Anistia Internacional (a qual, segundo a extrema-direita terrorista, é "comunista" e virou inclusive bandido no seriado 24H).
Na América do Sul:
Paraguai
Colômbia
Venezuela
Bolívia
Suriname
Na América do Norte:
México
EUA
Na África:
Todos os países; nenhum se salva. Em todos se violam os direitos humanos; se aterrorizam as populações civis. O menos pior, talvez pelo excesso de visibilidade -o que ajuda a conter um pouco a fúria terrorista de Estado- é a África do Sul.
Destaques do terrorismo de Estado no continente: Nigéria, Etiópia, Sudão (com Darfur) e Uganda, onde vem sendo perpetrado outro genocídio, pouco comentado na mídia (com cerca de 1,5 mil mortes por semana).
Depois continuo...acrescente(m) outros países que for(em) lembrando, por favor...Se se lembrar de outros países na América Latina, acrescente(m), por favor.
Mohammad,
acho que o maior tiro no pé que o próprio sistema se deu foi a liberação da Internet. Com o avanço das tecnologias digitais, é possível estabelecer redes de comunicação alternativas, através das quais se pode prestar um serviço de informação eficiente. Com isso, começa a cessar a dependência que temos das agências de notícias e da grande imprensa.
Abraços fraternos!
Na mosca Jakob!
Agências de notícias e grande imprensa já estão vivendo as crises pela concorrência da Internet. A tendência é o "barateamento" da informação. Com a digitalização do sistema de TV no Brasil, logo poderemos transmitir vídeos por telefone e outros benefícios nos transportes de arquivos digitais. Iremos interagir com mais e mais suportes de estocagens e envios mais rápidos. Um forte abraço!
Aliás, Mohammad, o "barateamento" da informação promovido pela Internet não afeta só a mídia capitalista, mas também -e principalmente- as indústrias fonográfica e dos livros. Quem é artista, vai ter que se virar com shows; e escritores, com palestras, conferências etc. A Internet está afetando todas as relações de negócios conhecidas até aqui...Tempos estranhos estes nossos!
Abraços!
Bem, pessoal,bom dia a todos...
Como este tema tem o meu repudio total, não creio que possa acrescentar muita coisa, apenas que condeno veementemente qualquer tipo de terrorismo, tanto na WTC, que em minha opinião, foi uma covardia tremenda, como quaisquer formas de violencia envolvendo civis.
A lógica das bombas jamais vai resolver os problemas da sociedade humana, longe disso, vai gerando sempre mais e mais violencia.
Como uma bola de neve vai crescendo, e envolveendo mais e mais pessoas, até que este tipo de comportamento vai sendo aceito como uma forma natural de solucionar pendencias de relacionamento humano.
Enquanto a filosofia de Cristo,de responder com amor a uma ato de agressão, e que Mahatma Gandhi exemplificou em sua vida, não for aplicada, cada agressão será respondida com mais agressão,e assim correremos rápidamente para um caos geral.
Se a humamidade adota esta linha de comportamento e colhe os seus frutos, cabe a cada um optar, e construir a sua própria linha de ação na sua vivencia diaria, de forma a manifestar o amor ao próximo, independentemente de qual cultura, classe social e religião, em todas as oportunidades que se apresentam.
Jakob,
o terrorismo é uma das formas de resistência mais estúpidas que se pode conceber, quando empregada por grupos descontentes internos (e de proscritos) ou externos no combate a um (ou mais) Estado(s) que não os reconhece(m) ou respeita(m). Tais grupos conseguem, não apenas esvaziar de legitimidade suas mais justas reivindicações, como estigmatizar toda a coletividade de excluídos ou marginalizados à qual pertencem, pressionando-a, ao mesmo tempo, a lhes manifestar um apoio que só reforça essa pecha, e, por fim, fornecem ao(s) Estado(s) opressor(es) - e a todos os seus beneficiários - a rede de pretextos que lhe(s) permite, não apenas se justificar(em) e redimir(em) perante a opinião pública, como a seu próprio terrorismo (este de Estado), eufemisticamente referido (pelas EMPRESAS da comunicação que atendem pelo genérico de "mídia") como "direito de autodefesa" ou coisa do gênero.
Pelo mesmo princípio que se atribui ao Estado o monopólio da força, estende-se a essa prerrogativa o recurso da força em sua expressão final, a força bruta, o terrorismo. O odioso seriado "24 Horas" é a explicitação dessa mentalidade, seu endosso no seio da iniciativa privada, berço dos gigantes. No combate aos pequeninos, o Estado não deve ser tímido, pontificam os gigantes - eles, que sempre estão "de bem" com seu criado, o Estado. Não esqueço o estranho conto de Moacyr Scliar, "Nós, o pistoleiro, não deveríamos ter piedade"...
Parabéns pela qualidade deste nobre post! Isto sim, é resistência em estado puro, lúcida!
Calorosas saudações a todos!
Prezados amigos:
Com certeza a diferen�a est� na abrang�ncia e no alcance: enquanto o terrorismo de grupos age aqui e al� volta e meia, o terrorismo de estado age todos os dias no mundo inteiro.
Holofernes,
grato pelas palavras e parabéns pelos comentários. Sobre a estupidez do terrorismo de grupos, lembro que as Brigadas Vermelhas, na Itália, sucumbiram depois do covarde assassinato de Aldo Moro, um homem correto. Já não se pode dizer a mesma coisa da morte do tirano e assassino Anastácio 'Tachito' Somoza, literalmente "bazucado" pelos sandinistas, em pleno Paraguai. Sua morte foi comemorada como vitória em final de campeonato, na Nicarágua.
Apesar de achar que um tirano destes teve o fim que merecia, este tipo de ação tira a força de quem luta pela legalidade, sempre. Não se pode pagar o mal com o mal. O mal deve sempre ser combatido com a Justiça e através de instrumentos de legalidade. Por isso, todo e qualquer terrorismo são maus, seja os de grupos ou os de Estado. No entanto, a mídia tenta formam uma consciência pró-terrorismo de Estado, legitimando as ações covardes dos donos do poder, sejam estes ditos de esquerda -como o absurdo governo da Coréia do Norte-, de direita -como Colômbia, EUA, México, ou pseudo-religiosos, como Arábia Saudita, Nepal e Sri Lanka.
E "24 Horas" é fascismo puro, edulcorado pela grande capacidade midiática americana. A partir de enlatados como aquele, seus "criadores" procuram criar terreno fértil para a legitimação da tortura, manipulando as consciências mais frágeis, que só vêem o ponto de vista de quem comanda os meios de comunicação.
Cáspio,
prazer em vê-lo entre nós. Seja bem-vindo!
Abraços fraternos a todos!
Petrus,
apenas uma coisa: o objetivo deste post é denunciar a hipocrisia da mídia e dos (de)formadores de opinião, que tentam legitimar o assassinato de milhões de pessoas pelo Estado, qualquer que seja, democrático ou ditatorial.
Este é o ponto. Atacar Nova Iorque e matar 3 mil seres humanos é uma maldade inominável. Mas matar 650 mil pessoas, como os EUA fizeram até aqui no Iraque, é ainda pior. É importante deixar isso bem claro, para que não caibam dúvidas.
E a mídia tenta legitimar isso, mentindo sobre: número de mortos; responsabilidade nas mortes e, em último caso, tentando mostrar que estas mortes "são para um futuro melhor" para todos.
Abraços fraternos!
Petrus,
a propósito da linha de seu comentário, impressionante a percepção demonstrada por Gandhi ao estabelecer as diretrizes para seu movimento de resistência e emancipação. Ele teve o cuidado, o zelo escrupuloso, de não permitir que a revolta sanguínea, o fogo da violência, contaminasse a integridade de sua causa. Tornou nítida para a Inglaterra a vilania da usurpação que praticava, a incompatibilidade fundamental de tal proceder com os argumentos que levaram à declaração de guerra contra Hitler.
Faltou uma pessoa assim para conduzir os palestinos, por exemplo. Suas principais lideranças reagiram mecanimante a todas as provocações e estratégias dos sionistas. Resultado: amargam uma reputação de, no mínimo, co-responsáveis pela tragédia que os arruina. Uns punhados de insensatos encolerizados só têm feito perpetuar e se agravar aquela conjuntura de horrível assimetria na oposição de forças. Enfim, abastecem Israel com aquilo de que mais precisa: razões.
PS: Regina, obrigado pela importância de seu depoimento. É massacrante ver o que está sendo feito ao Iraque e a infinita má fé com que as forças ocidentais envolvidas têm se comportado.
Na minha última mensagem, na segunda frase do segundo parágrafo, onde se lê "mecanimante", leia-se "mecanicamente". Obrigado.
Holofernes,
concordo plenamente com você. Acho que a única saída para a Palestina é encontrar líderes a la Gandhi, que estejam dispostos a dar seu sangue por sua liberdade, sem retaliar seus opositores. Não há outra saída.
Lembremos que durante as marchas de resistência pacífica de Gandhi, milhares morreram sob as balas inglesas. Mais mortes ainda acontecerão. No entanto, se a não-violência fosse aplicada, em pouco tempo as forças israelenses não teriam mais o que fazer, pois Israel é (internamente) uma democracia, além do que sua imagem seria definitivamente trucidada no cenário internacional.
É por essas e por outras, Holofernes, que não tenho a menor dúvida que grande parte do terrorismo no mundo é plantado por agentes infiltrados das grandes potências nas células terroristas. Eles não querem a paz, de forma nenhuma.
Abraços fraternos
Jakob,
só não enxergam os crédulos: o terrorismo (de grupos) serve PRECISAMENTE a quem alega combater. Qualquer valentão de rua precisa de motivos para ter a oportunidade de se impor.
Esse vertiginoso horror em que está mergulhado o Iraque, essa voragem que consome todos os cérebros e perspectivas daquela gente, é simplesmente o cenário perfeito para que serviços de inteligência hostis atuem livremente. Ali não há controle algum, é uma cultura de pilhagem escancarada.
Mas, como para citar as siglas infames - CIA, MOSSAD et caterva - requer-se a comprovação apenas encontradiça nos arquivos das mesmas, segue o populacho ouvindo que tudo é fruto da demência islâmica.
Outra coisa muito interessante de se analisar também é a concepção hollywoodiana que permeia todo esse maniqueísmo repleto de violência.
Quem é, afinal, Osama Bin Laden, esse ex(?)-colaborador da CIA tão invencível, poderoso e perigoso?? Quem, senão um personagem perfeito para destacar ao mundo a perversidade dos árabes, seu fanatismo?
Assim como os superinimigos do Batman ou do 007, Osama é uma força insondável, enigmática. Reedição daquele surradíssimo "gênio do crime" tão peculiar aos universos de fantasia.
Uma coisa que está mais do que clara, infelizmente, é a falta de poder da ONU em mediar e solucionar crises. Tudo isto ocorre devido à sua própria estrutura. Por mais que de boa vontade os países membros do Conselho de Segurança condenem, por exemplo, ações unilaterais israelenses ou do governo sudanês, os cinco membros com poder de veto (EUA, Rússia, China, Inglaterra e França) usam de sua força para não ter seus interesses contrariados.
E se depender da postura unilateral dos EUA, dificilmente acontecerão mudanças democratizando a estrutura desta organização.
No caso de Israel, o mesmo conta com o respaldo norte-americano e dificilmente se vê as resoluções da ONU contra o mesmo surtirem qualquer efeito. Já o governo sudanês está apoiado pelos chineses, estes últimos sedentos por um recurso que o Sudão possui e que para eles é muito útil do ponto de vista econômico e estratégico: petróleo.
Uma boa tarde a todos!
Holofernes,
Bin Laden e a Al Qaeda são muito convenientes aos falcões ianques: nunca aparecem e estão em todos os países fracos, do Terceiro Mundo. São perfeitos para justificar intervenções e novas bases americanas. Não é curioso? Ah, claro...Como dizem alguns, isso é "teoria conspiratória";
Renato,
Israel já desobecedeu a 67 resoluções da ONU. Quando se diz isso, seus defensores dizem que a ONU é dos "países árabes". Não é curioso que esta pequena nação do Oriente Médio só reconheça e justifique a resolução de 1948, que deu origem a seu Estado? Aliás, por sinal, uma resolução muito, mas muito controversa. Bem aos moldes das manipulações típicas das grandes potências.
Abraços fraternos!
Jakob,
Embora argumentem que a ONU é "pró-arábe", fica a estranheza em se constatar que a instituição nem mesmo consultou antes algum país da região para efetuar a partilha da "Terra Santa".
Interessante notar também que a Inglaterra, responsável pela "administração" da região até 1948, sequer é lembrada por sua parcela de culpa em todo os desdobramentos que se seguiram.
Renato,
a partilha dos territórios palestinos foi decidida em 1916, no tratado secreto Sykes/Picot. Não tem nada que ver com "resolução da ONU". Este mesmo tratado, além de preparar o terreno para o caos vivido na região até hoje, também tem relação direta com a fragilidade política do Líbano. E veja bem: há mais de 90 anos!
Abraços fraternos!
Estimado Jakob, permita-me discordar, no questão da diferença entre americanos mortos o WTC e as vítimas no Iraque..
Em primeiro, no EUA, foi um ataque covarde, sem ainda haver um estado de guerra entre Iraque e EUA.
Já as vítimas no Iraque, deve-se levar em conta que o maior número, são atentados a bomba contra os próprios iraquianos civís, isso é que chamo ainda de maior covardia.
Que bomabardeiem os soldados, sei lá quem eles quiserem, mas atacar civis em áreas populosas, seja em Israel, Iraque, Líbano,Arabia Saudita, Nepal, India, isto é a maior demonstração de como terroristas são covardes.
Não estou com isso defendendo nemhum lado, apenas quero mostrar a diferença dos tipos de ações.pois um erro jamais justifica outro.
Caro Holofernes, é aí que reside a questão, enquanto responderem com bombas, atentados,crimes, mais e mais violencia estarão colocando mais lenha na fogueira.
lembro-me que não são poucos os que tentaram viver em paz com os inimigos, e forama assassinados pelos eus próprios compatriotas radicais, tanto no Iraque com os moderados, como em Israel, ou no Egito, ou India, entre outros.
A paz não interessa a radicais, apenas a guerra e a violencia, são combustiveis para alimentar seus ódiosos planos malignos de dominação, já que não conseguem por meios pacíficos.
Creio que um dia a humanidade vai acordar deste pesadelo, se não pela vontade dos povos, ou oelas mãos da própria natureza.
O nosso planeta é um ser vivo,e como tal as vibrações de ódio que circundam o mundo, causarão grandes catástrofes que aniquilarão grande parte desses louco varridos e os motivos nacinalistas que usam para justificar tais ações.
De repente em um futuro não muito distante, as mudanças geograficas , aprofundadas pela questão climática,serão tão profundas,em determinadas regiões, que não haverá mais a causa das terras para justificar, tudo já deverá ter virado uma mar só.
Isto se antes algum maluco não mandar uma bomba nuclear de presente para seus inimigos seculares.
Se não conseguiram ser irmãos em vida, o serão na morte.
Abraços a todos.
Holofernes, Gandhi tinha a grandeza de, ao perceber que suas diretrizes haviam sido desviadas para a violencia dos extremistas, ou percebia que estava sendo usado,imediatamente ele mesmo tomava frente das vítimas e ia de encontro a seu próprio povo, demonstrando assim a sua imparcialidade e apego a verdade.
Várias vezes ficou com os muçulmanos, quando estes eram atacados por Sikhs radicais, várias vezes se colocou entre turbas inflamadas, e desafiava o primeiro golpe contra ele mesmo.
Quer dizer, ele acreditava mil por cento na não violencia, como solução para as crises humanas, e colocava a sua vida como garantia, de outra forma prefereria morrer acreditando.
Creio que o mundo não assimilou nada do que ele vivenciou, continuamos a reagir comm mais violencia, mais crimes e mais ódio.
Mas creio que no final,o amor prevalecerá.
Pois apenas um ato de amor e compaixão, anula milhões de vibrações do mal.Por isto é tão importante que sempre estejamos atentos as nossas reações em todos os momentos, com os fatos que consideramos mais insignificantes,em não reagir com ódio, e sim com amor e compaixão, creio que apenas assim estaremnos contribuindo para um mundo mais pacífico.
Começando internamente, poderemos mudar os rumos externos, ou seja agir localmente,e pensar globalmente.
Petrus,
desculpe-me, mas seu comentário contém alguns equívocos.
1- O ataque ao WTC foi covarde, mas ele não tem relação alguma com a invasão ao Iraque. O Iraque não participou do ataque às torres gêmeas, como até a CIA declarou em relatório. Saddam nunca patrocinou os terroristas que atacaram os EUA.
2- Se o ataque ao WTC foi covarde, o ataque ao Iraque foi mentiroso e criminoso, com pretextos falsos e violando a ordem internacional.
3- Você comprova exatamente o que dizemos aqui: para a maior parte das pessoas, que recebem exclusivamente informações da mídia e órgãos semi-oficiais, os iraquianos estão se matando mutuamente. Não é bem isso que está acontecendo: há -agora- uma guerra de facções naquele país, mas esta guerra foi estimulada por mercenários a soldo do exército americano e das grandes corporações, interessadas em petróleo e na posição estratégica do Iraque, geopoliticamente falando. A intenção é bastante simples: dividir o Iraque em três partes, uma curda, outra sunita e outra xiita, para facilitar a manipulação de cada comunidade. O petróleo ficaria em território curdo, que é mais facilmente manipulável e está sob as botas turcas. Os curdos, vale lembrar, são 25 milhões de pessoas, e jamais tiveram uma pátria. São, portanto, o prato mais digerível no cardápio dos petrotraficantes na região.
Vale a pena que você saiba: 2 a 3 anos antes da guerra, os EUA já vendiam direitos de exploração de petróleo para companhias norte-americanas naquele país. O vice presidente americano chama-se Dick Cheney, e ainda é o verdadeiro manda-chuva numa das empresas mais ensanguentadas do planeta: a Halliburton. Mais: ao contrário do que alguns "jornalistas" tentam vender por aí, dizendo que o Oriente Médio é um "mau negócio", a Halliburton acabou de mudar-se, com malas e bagagens, para Oman, bem no Oriente Médio. Saíram completamente de sua base, os EUA. Por que será?
Os terroristas são covardes, mas por que os terroristas fardados, que invadem, violam a ordem internacional e estupram pessoas e culturas, também não são considerados o que são de fato?
Um abraço fraterno!
Petrus,
Como você e todos aqui sabem, sou inteiramente favorável á não-violência e mesmo a dar a outra face. Mas procuro sempre ver a realidade como ela é, de fato, e não como a mídia atual tenta nos fazer achar que é.
Abraços!
Caro Jakob, não citei em nenhum momento que havia uma relação entre as duas ações.
Condeno todas as formas de terrorismo, sejam de estado ou sem estado,
A ação dos Bin Laden da vida contra o WTC, foi motivada por outros motivos, e fazia parte de uma Jihad em andamento contra instalações americanas no mundo, como vc deve saber.
Continuo não percebendo nenhuma relação entre as duas ações, e foi isso que eu coloquei em minha msg, pois um erro não justifica outro.
O ataque as torres gemeas não foi o motivo da invasão do Iraque, e sim a posse de armas quimicas, se elas existirma ou não, se elas foram enviadas a Siria ou não, isto um dia talvês saibamos.
Creio que o ataque as torres gemeas e outros ataques terroristas contra alvos civís nunca poderão ser justificados, e digo novamente de nenhum dos lados em questão, seja Irã, israel,Iraque, China, Paquistão, EUA, Inglaterra,India, Venezuela,e demais, isto para ser mais claro no meu ponto de vista. jammais vou aceitar o fato de justificar um erro com outro.
Não pretendo entrar no mérito das versões sobre o ataque, apenas ao ato terrorista em sí, que creio ser o tema do post.
E é exatamente isto que condeno.
Olá, Petrus
desculpe-me, mas realmente havia entendido que você estabelecia uma relação entre as duas ações, o atentado ao WTC e a invasão ao Iraque.
Para mim, ambas as ações são igualmente terroristas e condenáveis. Não consigo aceitar, nem jamais aceitarei que se condene um terrorismo, sem se condenar outro. Mas a mídia não faz isso. E esta é a razão deste post. Quando crianças e mulheres são assassinadas, sempre é "um erro lamentável" ou porque "abrigam terroristas". Esta é a desculpa dos que defendem o terrorismo de Estado.
Sou contrário a qualquer ato terrorista. Nenhum se justifica, jamais. Posso até entender a atitude de uma pessoa que, ao perder todos os parentes assassinados por um exército invasor e opressor, bote uma bomba no corpo e vá se explodir contra seus inimigos. Mas entender é uma coisa; concordar e apoiar, outra. E isso eu jamais farei.
Abraços fraternos!
Jakob, concordo com suas afirmações sobre geopolitica petrolifera, mas não foi o que comentei em minha msg. Não estou insentando nenhuma parte, a ilegitimidade da invasão ao Iraque também é um ato de agressão.
mas também não houve nenhum movimento dos amigos da Russia, China, e outros países arabes para fazer frente contra a ação.
Todos queriam se ver livres do Sadam Hussein, apenas não poderiam se mostrar publicamente.
Nets ahistória do petroléo, China e Russi, tambem tem interesses envolvidos.
Creio que o maior erro do governo americano, ao completar a invasão, mesmo contra o bom senso da opinião mundial e da ONU, foi querer para sí, os louvores e bonos desta ação, pois me lembro que depois que Sadham foi preso, muitos países do mundo estavam disputando as obras de reconstrução, e sugeriam aos EUA entregarem o paÍs nas mãos da ONU.
Coisa que ele se recusava terminantemente. mas o que quero dizer mesmo, é que os vorazes apetites financeiros, de muitos países, dentre eles EUA, Russia,China, França, Inglaterra,entre outros, complicaram e muito, o que afinal não precisaria ter tomado o rumo que hoje vemos.
Estou apenas especulando, pois não me posiciono sobre ques está certo e quem está errado nesta questão.
Só sei que há uma guerra fraticida e milhares de pessoas inocentes, civís perdendo a vida, isto é o que realmente me incomoda. Numa guerra, não existem os donos da razão, a esta altura do campeonato, não dá pra enxergar razão nenhuma em nenhuma parte.
Fico com a opinião do Rogério, quando se coloca a respeito destes temas, não é a favor de nenhum exército, apesar de eu perceber que em certos assuntos eles devam, existir.
Mas não as guerras, e aos interresses excusos que levam os povos a se matarem.
CORREÇÃO;
Substituir;
Quando Sadham foi preso, (Quis dizer) "Quando Sadham foi deposto",porque ele só foi prêso muito tempo depois.
Desculpem a confusão.
Jakob,
Peço desculpas pela incorreção no meu último comentário.
Agora, pelo que me consta, este tratado foi um acordo entre franceses e ingleses, correto? Assim sendo, ambas as nações, embora isso não seja propagado pela grande mídia, também tem sua parcela de culpa no caos hoje instaurado naquela região. Foi isso que tentei explicar, embora de forma equivocada.
Sobre o Iraque, os norte-americanos e britânicos estão claramente empregando o velho princípio romano de "dividir para conquistar". Conforme você e outros citaram, tudo isso facilitará enormemente a ação das grandes empresas de energia na hora de alcançar concessões e assinar contratos com o que restar do Iraque.
Uma boa tarde a todos!
Verdade, Petrus. Após a invasão do Iraque, como aliás em todas as guerras, os invasores e outros 'cães' começaram a discutir o 'botim'. Só que o tiro saiu pela culatra. Os americanos acharam que os árabes seriam iguais aos japoneses. Só que deveriam ter estudado o fracasso russo e mesmo chinês, que jamais, em mais de 300 anos, consegui erradicar os muçulmanos de uma de suas províncias -aliás, uma das únicas intocadas pela Revolução Cultural da Mao Tse Tung.
Há uma coisa que pouca gente sabe, mas o Islã, embora seja uma religião de paz (o próprio nome Islã também significa paz) e que manda dar a outra face, permite que se vá à guerra contra a opressão e a tirania, quando não há outro recurso. É o exemplo do próprio profeta Muhammad.
Apenas insisto numa coisa: a mídia a serviço dos EUA e das corporações petrolíferas instaladas no OM, querem nos fazer crer que toda a resistência iraquiana é feita de terroristas. Não é. E este é o outro ponto.
E grande parte dos terroristas no Iraque não são iraquianos, nem mesmo muçulmanos, mas mercenários a soldo dos americanos e das multinacionais do petróleo.
Abraços fraternos!
Renato,
o acordo Sykes/Picot foi, exatamente, entre ingleses e franceses. Ficou decidido neste acordo a partilha do Líbano e parte da palestina, que seria entregue a judeus de todas as partes. Isso em 1916!
Depois, veio a Declaração Balfour. São muitas as sujeiras politicas que aconteceram naquela região, desde o fim do Império Turco.
É incrível como isso que chamamos de civilização possa engendrar tantos horrores, que nem mesmo as hienas mais traiçoeiras seriam capazes de fazer.
Abraço fraterno!
Na minha opinião o fator detonante de atos terroristas são as diferenças, sociais, economicas, religiosas e outras.
Mas essas diferenças, tem a idade do mundo,o que entra como combustível junto as tribos menos favorecidas,´são os interesses excusos das grandes potências leia-se Estados Unidos da America, com seu apetite insáciável pelo poder,
e o apoio irrestrito das midias, para maquiavélicamente, manipular as massas a favor de suas intervenções, iludindo-as com dias melhores.
É a grande mentira, não é teoria conspiratória, é a maior mistificação contra povos menos aquinhoados de armamentos e supérfluos, mas com o petroleo que Deus lhes deu nessa partilha.
Nunca foi a intenção desses povos, dominar o mundo,sómente viver em seus espaços naturais, como disse Maomé, se formos atacados aí então teremos o direito a revidar, mas nunca atacar em primeiro lugar.
O Estado, grupos isolados, sectários, ou não, todos movimentos nos quais não exista um minimo de senso de presevação, mas só de interesse politico e financeira deve ser considerado como terrorismo.
Estou sendo radical, mas vou mais longe;no Brasil hoje temos um terrorismo incipiente, ao qual pouca importancia está sendo dada, mas os morros contra a cidade, ou o exercito contra o morro, é o i nicio da divisão do povo em facções, e aqui o pior é que não conseguimos distinguir o certo do errado.
Mas o perigo é iminente, quem armou o morro, quem deu inicio ao tráfico,façamos o caminho ao inverso e com certeza teremos mais uma teoria conspiratória, que não é tão teoria assim.
E o grande vilão a Midia com seu poder de ilusionista, continua a sua função maniqueista sem avaliação honesta.
Oi Renato e pessoal do blog...
Realmente, todos tem uma parcela de culpa na questão do Oriente Médio, só que na hora de rever as suas parcelas de culpas, todos saem de lado, e acusam uns aos outros.
Tanto frança, como Russia, como China, como EUA, todos tem as suas participações.
Bem colocada a posição da China na questão de Darfur, creio que falar mal da China, é a anti-cult, pois fingimos que não vemos este aspecto das crises internacionais.
Principalmente, França e Inglaterra, dois grandes colonizadores do OM e da Asia.
Uma coisa eu não faço hoje é julgamento final, uma opinião formada a respeito destes fatos, pois aprendí que nem sempre estamos tendo a visão dos mesmos como eles são em verdade.As vezes um detalhe insignificante numa questão determina a razão deste ter tomado certos rumos inimaginaveis para a razão humana.
Todo mundo tem a sua responsabilidade nos desastres humanitarios que assistimos, mas ninguém quer assumir a sua parcela de culpa.
Todos batalharam pelos seus impériozinhos, os japoneses, os arabes,chineses, turcos,russos, persas, franceses, ingleses,e daí por diante.
Depois vema conta sangrenta do custo em vidas, e agora Jose?
Para cada Sadam cria-se um Bush, para cada Bush, cria-se um Laden, para cada pensamento sionista cria-se um homem bomba, e dái por diante.
Para cada pensamento anti-cristo, cria-se um muçulmano radical.
Para cada ação, uma reação. vamos esclarecer tudo pelo foco das relações internacionais, e não chegaremos a conclusão nenhuma, pois existem forças sendo manipuladas de ambos os lados, algumas iconscientemente, por ignorancia mesmo, e outros, já pré estudadas e orientadas, as reações sempre virão, de um modo ou de outro, é uma lei da física, não há como escapar das ações que se iniciam em pensamentos, até o ato físico em sí.
Sempre achei a India vítima da Inglaterra, no quesito da colonização até que tomei conhecimento da versão que os hindús foram dominados para resgatar as suas ações injustas para com os Drawdianos,e criando o injusto sistema de castas, quando da migração dos povos arianos para as margens do Indo, ou seja o Ganges.
Nunca havia visto este fato deste prisma, até que recebí esta versão dos fatos,e para mim esclareceu bastante.
Claro que os ingleses geraram outros problemas para eles nesta intervenção, mas enfim todos os povos europeus e colonizadores hoje colhem os frutos da colonização em suas próprias nações, se soubessem disso, jamais teriam saído de casa.
Então se observar-mos a visão OM com a percepçãp do que realmente está por detrás daquelas situações, veremos que não dá exatamente para afirmar ques está certo totalmente certo e quem está errado.
A cada bomba que se atira, uma vai cair em sua própria cabeça,é a lei não? Ação gera reação, semeia-se o bem , a compaixão , a aceitação do outro e colhe-se os frutos, semeia-se ódio,exclusão e colhe-se tambem.
Se não neutralizar-mos estas iniciativas funestas dentro de nós mesmos, como vamos espera um mundo melhor ?
Em outro blog, coloquei mum msg, perguntando a todos, que ao invés ficar-mos todos na mesinha em frente ao computador criticando o sistema injusto, a sociedade, e os outros, o que estávamos fazendo cada um de noś, para diminuirmos o sofrimento das pessoas que nos cercam?
Nos semáforos da vida, nas esquinas que evitamos, para não sermos incomodados em nossa omissão consciente, etc.
Com a excessão de alguem que respondeu de um forma muito agraessiva, pois deve ter-se sentido muitom incomodado,de que eu estava tentando impor o comportamento caritativo a todos, e que a culpa é do sistema ocidental dos governos, etc, etc,ninguem mais respondeu.
A idéia não era que colocassem o que cada um fazia para tentar diminuir o sofrimento dos outros, mas apenas se concordavam ou não com a idéia, mas foi silencio geral.
Então creio, que estas questões que estamos analizando,e condenando, são muito complexas, e exigem uma tomada de consciencia e comportamento em coisas pequenas que até então cremos serem insignificantes perante este drama mundial das mortes pelo terrorismo, mas creio que temos que, ao invés de ficarmos condenando o fato temos de começar a mudar a nós mesmos se acreditamos em um mundo melhor.Creio que eu não ser radical, e definitivo em meus pontos de vista já é um bom começo.
Apenas para ilustrar mais um pouco...
Em nenhuma religião de massas que eu conheça, vejo que se pratica o que está escrito, nem no Islã, nem no que se chama cristianisnmo, nem hinduismo, apenas no budismo,desconheço tal imperialismo expansionista.
Ou e nome de Allah, ou da igreja católica, ou dos hindús.
Então não existe religião que se alinhe, e pratique em essencia aquilo que seus profetas trouxeram ao mundo, apenas homens ignorantes, e fanáticos, seguindo dogmas e criando problemas em nome das suas religiões.
Claro que existem pessoas espirituais em todas elas, mas são um infima minoria.
O argumento de que esta ou aquela não prega, e os seguidores cumpreme o não-expansionismo religioso e dominação a outros povos e culturas, é insutentavel.
È só observar a história da nossa civilização humana.
Bem, meus caros por hoje, é só, peço desculpas se ecreví muita bobagem, estou pronto a reconsiderar, nada é defitivo.
Como dizia a musica do Caetano."Tudo é perigoso, tudo é divino, maravilhoso!"
É preciso estar atento e forte.
Não temos tempode temer a morte.
Abraços fraternos a todos, tenham um magnifico final de semana, com sól, caminhadas, pedaladas, remadas, nadadas, e um maravilhoso por do Sol a cada dia.
CORREÇÃO
Quis dizer Ou é em nome de Allah, ou é em nome da igreja católica, ou do hinduísmo.
Grato.
Regina e Petrus,
parabéns pelos comentários, como sempre elucidativos.
A você, querido amigo Petrus, só tenho a dizer o seguinte: concordo plenamente com suas palavras e que devemos, sempre, começar por nós mesmos. Esta é justamente a função deste blog: criar um espaço de diálogos que repercuta em cada um que participa dele e que ajude-o a refletir sobre si mesmo.
A questão do terrorismo foi colocada para questionar nosso senso de Justiça e de avaliação das distorções do mundo no qual nos encontramos. Também para nos lembrar a todos, que a mídia que nos abastece de informações faz parte desta grande 'matrix' na qual vivemos.
E não adianta acharmos que estamos alheios a tudo isso ou que 'tanto faz', pois isso não corresponde à realidade. Eu, que já convivi no seio de uma comunidade muçulmana, pude vivenciar o que é um violento choque de culturas; o que é ser discriminado; e, principalmente, pelo contraponto vivido, pude ver como nossa cultura -que presamos como tão aberta e 'melhor' que as outras- está desviando o ser humano cada vez mais de si mesmo.
Todo nosso trabalho neste blog, Petrus, não é mais do que soltar algumas faíscas que contribuam para a reflexão e o autoconhecimento.
Uma boa noite a você e um abraço fraterno a todos os amigos e amigas do nosso blog!
Regina e Petrus,
parabéns pelos comentários, como sempre elucidativos.
A você, querido amigo Petrus, só tenho a dizer o seguinte: concordo plenamente com suas palavras e que devemos, sempre, começar por nós mesmos. Esta é justamente a função deste blog: criar um espaço de diálogos que repercuta em cada um que participa dele e que ajude-o a refletir sobre si mesmo.
A questão do terrorismo foi colocada para questionar nosso senso de Justiça e de avaliação das distorções do mundo no qual nos encontramos. Também para nos lembrar a todos, que a mídia que nos abastece de informações faz parte desta grande 'matrix' na qual vivemos.
E não adianta acharmos que estamos alheios a tudo isso ou que 'tanto faz', pois isso não corresponde à realidade. Eu, que já convivi no seio de uma comunidade muçulmana, pude vivenciar o que é um violento choque de culturas; o que é ser discriminado; e, principalmente, pelo contraponto vivido, pude ver como nossa cultura -que presamos como tão aberta e 'melhor' que as outras- está desviando o ser humano cada vez mais de si mesmo.
Todo nosso trabalho neste blog, Petrus, não é mais do que soltar algumas faíscas que contribuam para a reflexão e o autoconhecimento.
Uma boa noite a você e um abraço fraterno a todos os amigos e amigas do nosso blog!
no post anterior, não é "presamos", mas "prezamos".
Em tempo, caro Jakob, quero que saibas que concordo com vc quanto a manipulação da midia tambem, e tambem quero deixar aqui os meus agradecimentos a vc como o responsavel direto pela qualidade e nivel elevado dos temas e dos debates, e a todos os participantes, sem excessão,com os quais muito me agrada estar em companhia virtual.
Um abraço fraterno a todos.
Petrus,
Uma coisa que você comentou me chamou muito a atenção, além do que sou obrigado a concordar com isto e mesmo reconhecer que é difícil às vezes lidarmos com esta questão: a maioria das pessoas critica o governo ou algum outro aspecto, mas poucos realmente agem no sentido de mudar, melhorar ou ainda enxergar uma possível culpa.
Como o Jakob havia dito no tópico anterior (sobre os Beatles), a geração atual de jovens (da qual faço parte inclusive) dificilmente questiona o que se vê de errado, ou se ainda o faz apenas se utiliza de demagogia, sem contudo agir efetivamente contra algo. Acho que a última vez que isso ocorreu no Brasil foi em 1992, quando as ruas das grandes capitais foram tomadas pelo movimento dos "caras pintadas" e vivíamos anos “colloridos”.
Se realmente buscamos algo melhor, o caminho inicial disto deve passar nós mesmos. Embora o Brasil tenha a maior parte de sua população cristã, é difícil acreditar que dentro desta grande maioria cada um de seus membros "ame seu próximo como a si mesmo". O próximo acaba sendo muitas vezes, então, apenas aquele que pode lhe oferecer uma vantagem futura.
Acredito ainda que isto que você disse não sirva apenas de postura para se portar diante dos mais diversos tipos de extremismos, mas seja uma importante recomendação para que ao menos tentemos mudar o pequeno pedaço do ambiente que está ao nosso redor.
Uma boa noite a todos!
Retomando o questionamento do título do post, e a julgar pelo exposto nos comentários, o que distingue os terrorismos (o marginal do institucionalizado) é tão somente a perspectiva de ânimos – que, aliás, concorrem para a mesma dialética de trogloditas, conveniente apenas aos fortes, detentores do poder. No primeiro caso, o da ação de "loucos", os fortes (os “sãos”) obtêm suas escusas. No segundo, da "reação" aos mesmos "loucos", justificam e consumam seus projetos arrogantes. O emprego da força bruta a serviço do que há de mais baixo nos homens fornece a tônica de todo o processo, amparando-se na expectativa, diria quase na convicção, de que improváveis figuras como Gandhi não se repitam.
Observe-se que essa dialética de trogloditas padece de cinismo essencial; é a curiosa oposição entre o que há de pior no forte e seu equivalente no fraco, como se um homem robusto e são passasse a discutir com um frágil demente nos termos deste último (eis que a opção pelos mesmos o apraz), e terminasse por espancá-lo. O maniqueísmo invocado é deliberadamente superficial, não mais do que um verniz de legitimação para a síntese a ser alcançada. Isso porque o único valor que se afirma, ao final das contas, é a força em si - quem sabe interpretada como desígnio divino. Uma compreensão psicopatológica do legado de Darwin traduz esse anelo supremacista para o plano material, emprestando-lhe acabamento científico - os fortes são bons, sempre; têm o certificado da natureza. A idéia é projetada para as massas, marretada à exaustão, seja no roteiro dos filmes de pancadaria, onde "mocinhos" sanguinários como Charles Bronson e Clint Eastwood promovem insólitas "faxinas" morais, seja em épicos grosseiros, rasteiríssimos, como "300". E essa irresistível fantasia de que os desafetos dos “bons” merecem a morte tem no terrorismo o seu reflexo e a sua apoteose.
Mas de onde diabos, de que viveiro de ressentimentos, saem os "loucos", esses entusiásticos vilões, tolos animalescos que alimentam o circuito desse confronto assimétrico? Terão eles condições de atinar com o fato de que servem visceralmente ao que imaginam combater? Ou a paixão os reduz à cegueira total? Os mais fracos dentre os fracos, são eles espécie de inocentes úteis criminosos, dramáticas variantes de seus confrades passivos, com os quais compartilham o repúdio à reflexão. Abandonam-se ao mal que os submete, combatendo, com o fogo do ódio, o gelo da malícia. Quando se dissipa todo o vapor que levantam, constata-se que aqueles que deveriam amar (se ainda o conseguissem) são exatamente os que mais escaldados ficaram.
Holofernes,
suas reflexões me levam a outras, dentre elas, que falta uma 'psicologia' do terrorismo, como aliás tentou propor Dostoiévsky em "Os Possessos".
Me parece claro que um dos sentimentos mais arraigados no terrorista de grupo é o ressentimento. E o que é o ressentimento senão a vontade de destruir o oponente, sabendo-se inferior a ele? Quando uma pessoa se reconhece inferior a outra, e odeia esta outra, passa a fantasiar e 'maquinar' internamente, até encontrar uma forma de vencer o inimigo.
Uma das armas de se extravasar este ódio é a auto-imolação. Como o terrorista de grupo sabe que não tem qualquer possibilidade de vencer seu oponente, resta-lhe matar e morrer, no mesmo ato.
Esta é a lógica que guiou os kamikazes japoneses, os niilistas russos etc.
E é dessas ações que transcendem a lógica e o senso comum que se alimentam os terroristas de Estado para legitimar suas aberrações e maldades. Para eles, é "covardia" alguém se explodir contra eles, que se mostram tão "éticos" e "limpos" em suas agressões. É exatamente este o discurso do Estado agressor que se coloca como auto-defensor.
Lembro-me também de outro grande estudioso do ressentimento, Nietzsche, que dizia que "o ressentimento era como a mordida de uma cão numa pedra: uma bobagem." Só que esta 'bobagem' se tornou a chave psíquica que dá forças aos terroristas (de grupo) para atacarem e matarem seus oponentes, a si mesmos e a inocentes.
Já no caso dos terroristas de Estado, não existe ressentimento, mas apenas vingança. Foi este o sentimento que -também- levou os americanos a bombardearem Hiroshima e Nagasaki; e que levou os americanos a, recentemente, invadirem o Iraque, sob falsos pretextos (depois de já terem arrasado com o Afeganistão).
A verdade é que a camarilha fascista-wasp americana está determinada a destruir a cultura islâmica ou a abri-la a fórceps. Isso não é delírio ou sonho. Nesta iniciativa, juntam-se desde desejos de vingança, a desejos de entrar naqueles mercados e a, até mesmo, imporem sua cultura sobre outra que, incompreendida, julgam inferior.
Não creio que os americanos vençam, não pelo poderio militar em si (que realmente é muito grande), mas pelas contradições intrínsecas de sua própria sociedade, que ao mesmo tempo que é aberta, devora a si mesma.
Já cheguei a ler um indivíduo propondo que para cada americano que morresse, se matassem 100 muçulmanos. Esta é a lógica desta gente. Por isso que 650 mil iraquianos são apenas carne destroçada diante das câmaras de TV americanas; e que as 3 mil pessoas mortas no WTC são dignas de filmes, psicólogos para suas famílias ou sessões espíritas onde as almas voltam para contar detalhes daquele dia (tudo o que estou escrevendo aqui é rigorosamente verdade, sem ironia).
A verdade é que os americanos e nossa civilização ocidental se consideram MESMO superiores, mais 'vivos', com mais direitos e até com mais 'alma' do que as outras culturas.
Evidente que este é o caminho para o ódio permanente. Mas começar a entender a psicologia de povos e grupos é uma das ferramentas para desarmar estas bombas-relógios espalhadas pelo mundo.
Abraços fraternos!
Jakob,
acredito que os fortes conhecem (e utilizam) bem a psicologia latente no terrorismo dos fracos. Como o inverso não ocorre, a "luta" desigual tem curso, perpetuando a injustiça e a incompreensão.
PS: não se trata de maniqueísmo contra o forte, apenas de constatação de um fenômeno da natureza humana.
Verdade, Holofernes.
Me parece que outra diferença entre os dois tipos de terrorismo é que no de grupos predominam o ressentimento e o ódio; e no de Estado, a indiferença (ou simples desprezo) e o desejo de vingança.
Veja a forma como os nazistas agiam, com total indiferença pela vida humana. Idem os opressores em geral. Em 2004, tive um funcionário (um rapaz judeu) que havia servido no exército israelense e que depois desertara. Sua história: ele foi para Israel e foi logo para o exército, onde foi enviado a um posto de serviço na fronteira. Um dia, palestinos atacaram o posto jogando pedras (palavras dele mesmo), e ele e os colegas começaram a disparar. Ele disse que só viu os palestinos caindo no chão e que, como seus colegas de turno também estavam atirando, não sabia se era ele ou os outros soldados que estavam matando. Em todo caso, como ele me disse, ele preferia pensar que eram os outros.
Uma semana depois, ele alegou um problema de família para retornar ao Brasil. E nunca mais voltou a Israel (foi considerado desertor). Ele me contou também que teve que fazer terapia durante anos, para se livrar dos pesadelos que o perseguiam todas as noites.
Resumo da ópera: se constróem exércitos e poderios militares insensibilizando os que os servem.
Abraços fraternos!
Jakob,
impressionante esse relato. Gostaria de saber como essas mortes entram para as estatísticas de Israel. Combatentes inimigos? E até quando os palestinos vão atirar pedras em soldados armados com metralhadoras? Parece uma forma de desespero suicida! E, como pedradas podem ferir muito (e até matar), Israel fica confortável com sua argumentação fundamental (autodefesa)...
Lembro de uma informação que li a respeito dos aborígenes da Tasmânia, raça de negróides única, inteiramente exterminada pelos colonos anglo-saxões. Segundo os relatos dos colonos, os primitivos tasmanianos, como que ensandecidos, pulavam sobre eles aos gritos. Detalhe: assim como na Austrália, expressivo contingente dos colonos era formado de criminosos e presidiários foragidos, geralmente muito violentos. Singela solução inglesa para o dilema colonial: matar os negros até o último - inclusive, por esporte...
A rigor, a última tasmaniana foi uma pobre anciã, a "Rainha" Truganini (falecida em 1876), que após ser submetida a ordálias atrozes a vida inteira, teve seu cadáver exposto como artigo de museu até o ano 1947! Apenas 29 anos depois, seu corpo foi finalmente cremado e restituído à dignidade, tendo por túmulo o mar.
Holofernes,
a Austrália foi colonizada com os degredados ingleses. Isso é mesmo um fato. Ladrões e ex-condenados à morte. Claro que a Inglaterra era tão pseudo-puritana e rígida, que muitos destes degredados e condenados à morte eram, por exemplo, mulheres adúltera e coisas assim.
Sobre o relato do rapaz, foi como ele me disse. Sinceramente, não acho que lançar pedras contra uma guarita de concreto vá matar ninguém. Mas vê-se que é uma política de tolerância zero.
A verdade, Holofernes, é que nossa civilização se sustenta exclusivamente em suas conquistas materiais e tecnológicas. Nada mais além disso.
É impressionante a mentalidade imperialista introjetada, mas para qualquer um que seja pró-americano, é normal que os EUA tenham bases em todo o mundo, como se suas fronteiras estivessem em todos os continentes. E isso acontece desde a Doutrina Monroe, que já é parte da cultura americana. Apenas para concluir, chega a ser engraçado ver a mídia ou algumas pessoas dizendo que a meta dos EUA no OM é levar a 'democracia' à região.
Basta entrar em qualquer site de think-tanks americanos, e saber que eles têm duas metas: petróleo e cercar a China, que é o próximo adversário dos EUA.
Aproveito para deixar um link de um jornal da grande imprensa argentina, "La Nación", com matérias sobre os 40 anos da Guerra dos Seis Dias, entre Israel e países árabes, mostrando de forma isenta os dois lados do conflito. Bem diferente de um diário da grande imprensa paulistana que só deu a versão do lado israelense, de forma parcial, contrariando regras básicas do jornalismo.
Segue o link para quem quiser ver:
http://www.lanacion.com.ar/exterior/destacado.asp?tema_id=24
Abraços fraternos!
Amigos, aqueles que se pronunciam contra os americanos sao hipocritas, os eua e um otimo paiz do mundo para se viver, e seu modo de vida traz prosperidade ao mundo, todos dependem deles tanto amigos como inimigos, ciencia , tecnologia, comercio, etc.
Tanto que se for a new york, vc ve todas as raças e crenças e muitos em suas mesquitas atacam os eua, mas nao querem sair de la e voltar para repressao dos seus paizes de origem. Os poucos mais abastados mandam seus filhos estudar na america, proque em seus paizes so enssinam o alcorao, para deixar o povo ignorante e continuarem com suas balelas sobre o mau da america, infelixmente e sempre uma minoria que domina maioria com suas estorias e ilusoes colocam medo no povo e os estorquem vivendo em paraisos em seus oasis enquanto a maioria passa fome e culpa a america
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